F1 GP da Austrália por ingleses, brasileiros e espanhóis: estreia, trauma e diversão - Julianne Cerasoli Skip to content

GP da Austrália por ingleses, brasileiros e espanhóis: estreia, trauma e diversão

Tanto a BBC quanto a La Sexta trouxeram novidades para sua transmissão neste ano. A primeira, estreando uma dupla de ex-pilotos na narração e comentários: Martin Brundle e David Coulthard.  A segunda também tem agora seus ‘companheiros de equipe’: Pedro de la Rosa retorna aos comentários, junto de Marc Gené. Enquanto isso, a Globo segue na mesma toada, apostando nos “2 brasileiros e 5 campeões mundiais”.

Logo na primeira corrida, a relação dos ‘companheiros’ ingleses se mostrou harmoniosa, mas os pilotos de testes de McLaren e Ferrari, mesmo em clima de brincadeira, trocaram algunas farpas.

Antes da largada, as atenções se voltaram para os pneus, cada um a seu jeito. A corrida nem começou e os ingleses já foram informados de que a diferença esperada entre os compostos é de 1s e a queda de rendimento de 0s2 – algo que acaba não se conformando na corrida. Brundle chama a atenção para Schumacher, o primeiro do que têm à disposição pneus macios novos.

Na Globo também ficamos sabendo dos pneus usados, ou “cheios de sujeirinha”, como prefere o narrador Luis Roberto. Já na La Sexta destacam que quase todo o grid calçou os compostos macios e Jacobo Vega aposta que Vettel estará em apuros: a Red Bull, sem Kers, seria presa para Hamilton na largada ou na 3ª volta, quando poderão usar a DRS (drag reduction system ou asa traseira móvel). “Cara, se Vettel estiver liderando na 3ª volta, já terá sumido”, de la Rosa acaba com as esperanças do pobre comentarista, que passa o resto do GP calado.

A largada marcaria um início difícil para Luis Roberto. Perdido, por várias vezes, inclusive no replay, o narrador confunde Alonso, que havia se atrapalhado na 1ª curva, com Massa. Parece não acreditar que o brasileiro esteja na frente. Na La Sexta, o narrador Antonio Lobato acompanha muito bem a largada… de Alonso. Quando vê um carro saindo da pista (Barrichello), enxerga Perez.

Quem foi bem em sua primeira largada como narrador foi Brundle. Viu Hamilton largando mal, Button preso entre as Ferrari, destaca Massa, Di Resta e Heidfeld e ainda vê o pega entre as Toro Rosso. Tudo ao vivo.

Na transmissão espanhola, começa a aparecer o trauma que dá o tom da transmissão. “Não sei o que é pior, ter o Kobayashi na frente ou o Petrov. Acho que o Petrov”, diz Gené. Alonso passa fácil pelo japonês e o foco vai para Button e Massa. “Essa é a Ferrari mais larga que eu vi em algum tempo. Massa está defendendo como se sua vida dependesse disso”, observa Brundle. “Vai se divertindo o Felipe”, diz Luis Roberto pela primeira, mas não última vez. “Olhe como ele está lutando”, se impressiona Gené. Todos comentam como a DRS não está ajudando Button – ainda que Luis Roberto, na volta 11, se surpreendia por Massa, que ia à frente, não usar o dispositivo! Só na volta 25 ele observaria que  o gráfico aponta quando o piloto pode ativá-lo. Em tempo.

massa button australian gp 2011
Massa defendendo a posição "como se sua vida dependesse disso"

Reginaldo Leme se preocupa com uma possível punição.  “O Felipe não mudou de trajetória em nenhum momento”, enquanto Lobato também se preocupa, com Alonso. “Ele está muito mais rápido que o Massa. Quando chegar, a Ferrari vai ter que pedir para deixar passar, lembrando que as ordens de equipe estão liberadas.” E isso com Button ainda entre os dois. Os pilotos comentam sobre como Felipe não gostaria nada de ouvir isso e de la Rosa aproveita para alfinetar. “Se há uma equipe capaz de dar ordem de equipe na primeira prova, é a sua, Marc” e ouve que “é que na McLaren são mais ingleses, mais finos.” Enquanto isso, o repórter Ted Kravitz informa na BBC que o time de Woking estuda parar Button para tirá-lo do sanduíche de Ferrari.

Tarde demais. Button ultrapassa Massa por fora da pista e todos identificam imediatamente a necessidade de devolver a posição. “A defesa dele é que na curva 11 já tinha passado”, de la Rosa tenta dar um desconto para o companheiro de equipe, mas vê o replay e volta atrás, enquanto Luciano Burti se surpreende “por um piloto tão experiente como o Button, numa McLaren, ainda não ter devolvido a posição” e Lobato acha que a Ferrari deu, sim, uma ordem para Alonso passar Massa “assim o Button tem que devolver duas posições”.

Seria bem pior que isso para Button, já que as Ferrari logo fizeram seu pitstop. Uma volta antes, na parada de Webber, Reginaldo já havia identificado que “é um sinal claro de que vão a 3 paradas” e de la Rosa torcia por Hamilton – “parece que eles vão a 3, e nós só a 2”. O problema na Globo e, em menor escala, na La Sexta, foi identificar o pneu. Mas com Brundle e Coulthard, até sabíamos se o pneu já era usado ou não. A dupla, aliás, se surpreende ao ver Vettel no box antes de Hamilton. “Agora têm que esperar a degradação, e não o aval da equipe, então voltam no meio do tráfego”, explica Brundle. “É por isso que achamos que vai haver mais disputas”, completa Couthard, que só erra nas contas de perda no pitstop: insiste que é cerca de 28s, quando os gráficos da TV mostram de 22 a 24s. “Ao contrário do ano passado, quem para antes tem vantagem”, é a explicação de Burti.

O escocês está impressionado com a falta de utilidade da asa traseira móvel. “Quando elas abrem, não acontece nada”. Brundle raciocina: “a última curva aqui é muito complicada, o piloto que vem atrás perde pressão aerodinâmica e não entra tão colado.” O comentário é o mesmo na La Sexta. “A última curva é muito rápida. Sigo pensando que colocaram a zona no lugar errado”, diz de la Rosa. Ninguém reclama do sistema. “Corríamos na F1 com o turbo, também era um botão. Não há problema em usar tecnologia”, avalia Coulthard.

Na TV brasileira, lembram-se de Barrichello apenas na 21ª volta. “É legal a gente ver o Rubinho se divertindo na F1”, Luis Roberto insiste que os brasileiros não estão lá para competir. Logo, o piloto da Williams se encontra com Nico Rosberg e tira o alemão da prova. “Rubinho se empolgou, estava muito longe, às vezes acontece”, analisa Burti. Brundle aproveita a ocasião para alfinetar Couthard, que fez uma manobra semelhante em Wurz em 2007. “Parece tão maluco dentro do carro quanto na TV?” O escocês não compra a briga: “uma manobra um pouco desesperada do piloto mais experiente da F1.”

Nesse meio tempo, os espanhóis não paravam de evocar seus fantasmas de Abu Dhabi: ora era o medo de parar e voltar no meio do tráfego, ora a simples cena de Schuamcher abandonando já trazia lembranças do Safety Car que embaralhou as estratégias na última prova do ano passado. De tanto chamar ‘coisa ruim’, Alonso emergiu bem atrás dele, Petrov, aquele que “amaldiçoou sua existência em Abu Dhabi. Se bem que o problema não foi Petrov, foi dentro de casa”, lembra Lobato. De qualquer forma, os ingleses também não perdoam. “Alonso tem experiência em seguir Petrov”, diz Coulthard. “Só não tem muita experiência em ultrapassá-lo”, completa Brundle.

2011 Australian Grand Prix - Sunday Albert Park, Melbourne, Australia 27th March 2011. Vitaly Petrov, Lotus Renault GP R31.
Ninguém acreditava que Petrov faria uma corrida perfeita

O russo, aliás, é um dos destaques da prova, mesmo que Lobato, após afirmar que o piloto “não erra”, salienta que o Renault “anda muito”. Para Burti, Petrov “não  acusou o golpe” de andar na frente.

Os ingleses estão mais impressionados com Perez. “Os pneus dele não se desgastaram tanto. Será que os outros erraram?” questiona Brundle. Kravitz interrompe: “tenho que lembrar que a traseira desse carro é uma Ferrari (motor, câmbio, transmissão, Kers e suspensão). E, ao menos hoje, está cuidando melhor dos pneus.” Já Lobato chama a façanha do mexicano de “fenômeno paranormal”, enquanto Gené admite que a Ferrari “nem chegou a imaginar” fazer apenas uma parada.

Falando em estratégias, de la Rosa revela que os simuladores da McLaren apontavam “que o melhor era fazer 3 paradas, mas tudo tinha que sair perfeito”, enquanto Gené admite que, “se não fosse os problemas de Fernando na largada, provavelmente faríamos 2.”

A performance de Perez é uma decepção para Luis Roberto, que esperava “que os pneus derretessem”. Mesmo na volta 50, o narrador pergunta ao ar “todo mundo vai ter que parar de novo, né?”, ainda que Burti alertara, 13 voltas antes, que pilotos como Hamilton e Vettel não parariam mais.  “Só a degradação pode mudar alguma coisa nessa 10 voltas”, afirma de la Rosa, que emenda. “O imporante é que os pneus de Petrov acabem.”

Ter o piloto de testes da McLaren e da Ferrari comentando juntos, aliás, é uma experiência interessante. Gené via Alonso e Webber brigando pelo pódio, mas de la Rosa preferia enxergar Button brigando com ambos e o pódio definido. Eles também não entravam em acordo em relação à vantagem de se ter o Kers – e o quanto a Red Bull vai ganhar quando se livrar de seus problemas com ele: para o ferrarista, 0s6; para o funcionário da McLaren, 0s4.

Enquanto isso, Webber e Massa são os alvos prediletos. “Que corridinha do Massa”, despreza Lobato. “Foi uma das poucas vezes no final de semana que vemos Massa freando tarde sem bloquear os pneus”, observa Brundle quando o brasileiro ultrapassa Buemi.

Para de la Rosa, o mais impressionante (negativamente) “é o ritmo de Webber”. Segundo Reginaldo, “mais uma vez ele vai mal em casa. Ano passado foi a pior corrida do ano”.

Em dado momento, Lobato pergunta em quantos km/h é feita determinada curva. “Uns 245 se você tiver uma Red Bull e uns 220 para o resto”, responde de la Rosa. Não tinha mesmo como tirar a vitória de Vettel, ainda que o narrador tentasse ver o lado positivo  – “a boa notícia é que temos ritmo, só temos um ‘pequeno’ problema aos sábados, que é parar este senhor”. Os ingleses concordam, ao menos que o alemão soe como um senhor no rádio. “Parece um comandante quando, na verdade, só tem 23 anos. É uma das coisas que o faz especial”, observa Coulthard. “Como éramos com 23?”, pergunta seu ‘companheiro de equipe’ de transmissão Brundle. “Nem tinha começado meu primeiro GP!”, exclama o escocês.

Para quem chegou ao Faster neste ano e está curioso para saber como foram as transmissões do ano passado, os textos estão na categoria transmissões e nas tags abaixo.

36 Comments

  1. Ju, nossa transmissão foi muito ruin…e vendo essa ótima análise que você fez, fica comprovado que estamos de mal a pior com a Vênus Prateada. BBC rules!

  2. Julianne, essa sua ideia de comentar as transmissões e esmiuçar uma comparação apurada é uma excelente maneira de cativar seus leitores. Não só podemos saber muito mais a respeito de “outros olhares” sobre o “mesmo”, como ficamos ao fim com uma grande vontade de ter aqui no Brasil uma mudança realmente significativa nas coberturas da F1 pela TV. Ficamos com vontade até de “mais humor” e “menos sujeirinha” nas narrações. Obrigada pelo “quarto olhar” sobre a prova!

  3. Parabens, Juliana. Ficou excelente este post.
    Como a grande maioria dos aficionados, não consigo acreditar nos narradores brasileiros, que erram demais em seus comentários (como q vc acabou de mostrar), não sabendo nem mesmo identificar qual a posiçao dos brasileiros na corrida e, além disso, só repararam no Petrov já perto do final do GP.
    Então, fica interessantíssimo comparar a narrativa nacional com outras narrativas internacionais, que, pelo seu relato, foram muito mais precisas.
    A Globo deve estar treinando o Luiz Roberto para substituir o Galvão – que se aposentará depois da próxima Copa do Mundo – mas não acredito em seu sucesso, pois me parece que ele, o Luiz, é muito fraco.
    Fico na expectativa de, a cada corrida, novos posts deste tipo.
    Mais uma vez, meus parabens.
    Abraços,
    Ricardo

  4. Hehe, devido ao trauma galvanesco, me diverti domingo com Luis Roberto. Tudo bem, ele errou mt, mas a transmissão foi mt mais light, com Reginaldo e Burti tendo mais espaço. Espero que efetivem Luis, pois a soberba do nº 1 chateia. O ponto negativo, fica para a superficialidade, ou até mesmo inexistência de esclarecimento das táticas das equipes. Espero que melhorem, mas “sujeirinhas”, hehe, morri de rir!

    • Também prefiro o Luis Roberto justamente por isso: ele dá espaço aos comentaristas e não faz tantos juízos de valor. Mas é um caso de “menos pior”, claro.

  5. Deu até uma saudade do Galvão no meio da corrida….. :s

  6. Julianne,

    Parabéns novamente pelo seu post!

    Imagino o trabalho que te dá assistir a uma mesma corrida 3 vezes, sendo 2 em línguas estrangeiras, sem legendas e não perder os detalhes. Difícil ver um profissionalismo como o seu, em terras tupiniquins…

    No Brasil, infelizmente ainda não temos verdadeiros narradores de CORRIDAS que entendam a dinâmica do que ocorre dentro das pistas, a maioria são oriundos do FUTEBOL que acabam tapando buracos na F1, volleyball, natação, tênis etc. Veremos barbaridades quando chegar as Olimpíadas…

    Brundle, De La Rosa, Coulthard, Gené são todos pilotos que veem as coisas sobre o espectro de quem já esteve dentro do cockpit. Como a F1 é um produto consolidado na Globo, eles deveriam preparar alguém do ramo, talvez o Burti, Di Grassi e tantos outros pilotos. Já imaginou termos corridas com comentários sinceros do Piquet Pai, seria fantástico!

    Que bom, que hoje existe a internet para democratizar o acesso à informação!

    • Isso sobre os narradores atuarem em vários esportes é verdade, mas não e exclusivo daqui e é por isso que existem os comentaristas (quando os narradores os deixam falar, é claro!)

      Agora, nesse 1º GP sem “narrador oficial! da BBC, só com Brundle e Coulthard, muita gente reclamou que o público em geral ficou boiando. Realmente foi uma transmissão para iniciados, um problema numa estreia de campeonato com mudanças de regras complicadas (tanto, que nosso narrador demorou a entendê-las)

      Piquet comentando, só se a F1 for pra Record em 2014, mas imagino que o Barrichello faria um bom papel (novamente, se o deixarem falar!)

  7. “É legal a gente ver o Rubinho se divertindo na F1”

    Hilário, ninguém percebeu as pixotadas do piloto da Williams? Rubinho só fez besteiras no final de semana, errou feio no treino, depois na corrida saiu reto na curva na primeira volta(erro dele, Rubinho tenta por fora passar dois carros de uma vez na entrada da curva, já vinha com rodas na grama, quando meteu o pé no freio, passou reto! Cara de pau jogar a culpa no Perez, em nenhum momento o mexicano joga o carro em cima dele). Rubens fez uma boa recuperação, mas o Rubinho EXTREME GAMES voltou atacar, dessa vez a vítima foi o Rosberg!

    Foto do Rubens com as rodas na grama:
    http://autosport.aeiou.pt/users/0/51/78e042f0.jpeg

    Chega né Rubinho…

  8. Sensacional! Me diverti muito lendo esse post Julianne!
    A Globo devia contratar você pra ser comentarista, juro que eu vou dar essa pilha nos meus amigos diretores!
    Sujeirinha?!?! hhahahahahaha!!

  9. o melhor da transmissão ainda foi antes de começar junto com o tandi os caras vendados lutando boxe…

    é complicado….e triste de ver isso.

    • Pois é, Marcelo.

      Ao invés de ficarem duas, três horas estudando o GP de Melbourne, ficam lutando com um pedaço de borracha, ou gelatina balística, ou sei lá o quê. Triste!

      Abraços.

  10. Como novato no blog estou impressionado…

    Haja paciência para ver 03 vezes um corrida meio monótona como foi o GP da Austrália, isso é que é paixão pelo jornalismo.

    Nós agradecemos.

  11. Ótimo post, Julianne.

    Pra complementar, eu assisti a corrida pela Globo no mudo e ouvindo pela rádio Band, mas me decepcionei também. Salvo o Ico (teu colega de TotalRace), o resto da turma lá é muito fraquinha e cometem muitos erros.

    Só pra exemplificar: quando Button ultrapassou Massa pela segunda vez o locutor não sei da onde viu Webber ultrapassando Alonso, e o Ico lá dá Austrália teve de corrigir. Realmente o Webber naquele momento estava atrás do Alonso, mas nem tão próximo pra ultrapassar e, até onde sei, Red Bull e Mclaren tem carros bem diferentes.

    Ainda, mesmo com o delay que havia entre a rádio e a tv, eu conseguia “cantar” o que estava acontecendo na corrida muito antes do pessoal da rádio comentar alguma coisa.

    Outra coisa que tenho notado muito nos últimos tempos é que o narradores tupiniquins não se prestam nem a decorar a cor do capacete dos pilotos, pois devido ao minúsculo tamanho do número dos carros esta é a única maneira de saber facilmente se se trata de piloto A ou B.

    Por fim, como tu faz pra assistir as tramissões da inglaterra e espanha? Baixa elas de algum lugar?

    Abraços

    • A maneira mais fácil de identificar, na verdade, é pela cor da câmera. Nem dá pra usar a desculpa que não sabia que era o Vettel porque ele muda de capacete toda hora!
      A Globo eu faço na hora, depois eu baixo as outras.

    • Samuel,

      Faço minhas as suas palavras. Desde o ano passado também desligo o som da TV e escuto a Band, mas nessa última transmissão realmente me incomodei com o Odilon histérico com o Massa ser segundo piloto a ponto de perder quase metade da corrida voltando ao assunto.

      Para quem abriu os olhos as 2 da matina para ver corrida, ficar escutando gente indignada é o fim da picada.

      E Julianne, excepcional como sempre. Também me impressiona a capacidade do Brundle em perceber tudo ao mesmo tempo agora. Não punha fé no Coulthard como comentarista, não gostava muito das entradas dele no ano passado, mas ele também mandou bem durante a corrida. A BBC me salva e me mantém interessado no esporte.

  12. Deixei de ser um pouco chato em relação à transmissão de F1 aqui no Brasil, pois os narradores da Globo, apesar de serem ruins, são os melhores (aqui, Brasil).
    Assistam a Formula Indy com o Luciano Do Valle. (Pelo amor de Cristo…!!!)

    Mas enfim, parece que o Luiz Roberto foi chamado de última hora pra narrar a corrida, mas tudo bem… O pior foi ficar uma hora e meia tentando abrir o Live Timing da F1. Maldito JAVA, não funcionou por aqui. Triste!

    Ah, nem irei comentar sobre o Massa/Webber/Button/Schumacher, como fiz no ano passado… Não vale a pena. A ‘Mãe Dinah’ aqui, Rafael, acertou.

    OBS: Achei que a ultrapassagem do Alonso em cima do Massa iria render nos comentários…

    • O JAVA do Live Timing não funcionou em lugar nenhum. Pelo menos eu tinha o app da F1 no iPhone que funcionou perfeitamente.

      • O meu funcionou a corrida toda, só no sábado que estava uma porcaria.

      • Sério? Pô tentei com três computadores e nada!

  13. Eu simplesmente não acreditei naquele quadro com o Xande! O que foi aquilo?!? Não peguei do começo mas não entendi o motivo de estarem espancando um boneco!

    A cobertura da Globo foi pior que lamentável, nível baixíssimo de informação e conhecimento. Parecia cobertura do carnaval no sambódromo. Rubens era o “destaque” da Williams.

    Vi a cobertura da BBC e apesar dos comentários excessivamente técnicos, da pouca experiência de Coulthard e Brundle em entreter os espectadores e achar o Brundle um mala sem alça, foi (obviamente) infinitamente superior à da Globo.

    O bom seria um meio termo entre uma cobertura técnica e um pouco de entretenimento para o público menos familiarizado com a categoria.

    A espanhola eu passo.

    • Pois eu fiquei curioso sobre a transmissão de La Sexta. Deve ser interessante ver puxarem a sardinha para cada lado e as cutucadas entre La Rosa e Gené.

      Ainda mais que agora que Julianne faz propaganda do site por lá 🙂

  14. Excelente post Julianne. Talvez se eles abrissem espaço para “twits”, para uma transmissão mais interativa. Quando não tem muito o que falar poderiam interagir com os espectadores.

    Sabe se essas emissoras mandaram os narradores e comentaristas a Austrália?

    • Claro, não só mandam narradores e comentaristas como uma equipe inteira, que faz um programa de abertura de 1h, no caso dos ingleses – na classificação e na corrida – , e 2h (!) dos espanhois – isso na corrida, enquanto na classificação é “só” 30min. Na Itália tb tem um programa de cerca de 40min antes, com uma equipe lá, assim como na Alemanha. Imagino que outros países façam o mesmo.

      • E no caso da Globo? Lembro de algumas vezes que eles transmitiram do estúdio no Brasil.

        • Sim, várias vezes transmitiram do Brasil e, em algumas ocasiões, com, por exemplo, Galvão na corrida e Reginaldo no Brasil.
          Me pareceu q pra essa corrida da austrália eles estavam aqui, mas é só uma impressão, não sei dizer.

  15. Parabéns pela ideia de comparar transmissões, ficou ótimo.

    Mas são muitas as navalhadas na transmissão da RGT, só não desligo o som porque gosto do barulho dos motores. =p

  16. Pódio das transmissões:

    1o. BBC
    2o. Globo
    3o. La Sexta

    Foi difícil escolher entre o 2o. e o 3o., mas o La Sexta consegue ser mais naciocêntrico que qualquer ufanista. Quando a isso, a Globo é, muitas vezes, risível, mas o La Sexta consegue ser insuportável.
    Com suas qualidades e defeitos, a BBC está em outro nível.

    • É por isso que procuro não assistir à transmissão espanhola.
      De nacionalismo basta o chato do Galvão, embora os ingleses não fiquem atrás nesse quesito.

  17. fantático, parebéns pelo texto, deve ter dado um baita trabalho pra escreve-lo mas foi muito interessante ouvir 3 transmissões da mesma corrida simultaneamente.
    Só me dá pena da TV Globo não conseguir aumentar o nível da narração sem perder um monte de público que só assiste pra torçer por um brasileiro sem querer saber das outras equipes… o povo só vê pra alimentar sua eterna necessidade de gritar “é gool!”… se não temos representantes em jogo, ai não interessa né? =/

    • Já discutimos isso várias vezes por aqui. Não vejo motivo porque uma transmissão com mais dados – estamos falando de um mínimo aqui, nada mirabolante – não atraia público. Até porque ela seria menos confusa. Mas ninguém sai da pasmaceira sem estímulo.

  18. Muito bom esse quadro aqui!

    Deu pra ver como estamos anos luz atrás da transmissão da BBC. Ter que ficar aguentando o Luis Roberto é ruim de mais. Sempre pensamentos rasos, bairrismos e falta de domínio do assunto. Não gosta de F1, ñ narra, oras. Narrar mal, às 3 da manhã e uma abertura de mundial é… sei lá, tudo menos bom.

    Embora comente pouco, creio que este blog se tornou passagem obrigatória a qualquer um que minimamente diga que gosta (de verdade) de F1. Parabéns!

    Tenho uma pergunta pra vc Julianne, já que manja bastante da parte técnica. A telemetria box-carro é terminantemente proibida, ou há limitações apenas? Estive discutindo isso outro dia e me veio essa dúvida, já q pelo q me lembro era proibida, mas vi no ano passado o pessoal da Renault por rádio dizendo para o Petrov durante o GP da Alemanha (na verdade foi o q o Burti traduziu) q reduziria os giros do motor dele caso ele ñ trocasse para a sétima marcha antes. Outro episódio que me deu dúvidas a esse respeito foi o problema q teve o Vettel em Monza, q me pareceu ter sido corrigido do box.

    Ah, e que site me recomendaria para saber mais da parte técnica da F1?

    É isso aí, se puder responder agradeceria!
    Bjs, continue com o grande trabalho!

    • Obrigado, Gabriel!
      O http://www.racecar-engineering.com/ é uma boa dica. Em português, estamos com um projeto bem legal no TotalRace (www.totalrace.com.br): os engenheiros brasileiros da F1 vão explicar questões técnicas ao longo do ano, na sessão Credenciados. Acompanhe lá!

  19. O que dizer dos seus textos sobre as transmissões ? Fantastico…analisa muito bem e mostra claramente a diferença que temos para as transmissões aqui.

  20. Essa idéia de comparar as transmissões é ótima e divertidíssima de ler.

    Parabéns!


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