F1 GP do Japão em números: a coleção de Vettel e as caras novas do pódio - Julianne Cerasoli Skip to content

GP do Japão em números: a coleção de Vettel e as caras novas do pódio

Sebastian Vettel não apenas deu um passo decisivo em direção ao tricampeonato, como também viveu mais um final de semana de marcas importantes na carreira no GP do Japão. O alemão de 25 anos viu seu nome associado a dois gênios do esporte: superou o número de poles de Jim Clark e Alain Prost – tem 34, metade das conquistas por Michael Schumacher e o suficiente para ser o terceiro na história no quesito – e igualou-se em vitórias com Juan Manoel Fangio ao conquistar seu 24º triunfo.

Mais do que isso: o piloto da Red Bull alcançou seu segundo resultado perfeito da carreira, igualando o feito do GP da Índia de 2011: além de pole e vitória, fez a volta mais rápida e liderou todos os giros da prova. Apenas 22 pilotos na história obtiveram o feito, sendo que, entre os que estão na ativa, só Schumacher (cinco) e Alonso (um) estão na lista.

Para se ter uma ideia do quão raro é o grand chelem, ele foi conquistado em 52 dos 873 GPs da história da F-1. O campeão absoluto da lista é Clark, com oito – e estamos falando de um piloto com 72 largadas. Para se comparar, Vettel, apesar de muito jovem, já tem 96.

O alemão, aliás, mostrou que é absoluto em Suzuka. Apesar de ter dito que apenas em 2012 descobriu como fazer os esses, venceu lá em três oportunidades e fez simplesmente a pole em todas as quatro aparições no circuito! Com isso, tornou-se o primeiro piloto desde Schumacher, em Barcelona, entre 2000 e 2004, a marcar quatro poles seguidas em um mesmo traçado. A maior sequência da história, contudo, é de Ayrton Senna: sete poles em Imola entre 1985 e 1991.

Vettel foi ainda o primeiro piloto a vencer duas provas seguidas no ano, enquanto o sábado marcou a estreia de uma primeira fila fechada pela Red Bull na temporada. Isso também resultou na 100ª primeira fila 100% da Renault, mais do que qualquer outro fabricante de motores (a Ford Cosworth tem 79 e a Ferrari, 70). Mas o domínio japonês da Red Bull em nada lembra o do ano passado: após 15 etapas em 2011, Vettel tinha exatamente os mesmos 324 pontos que o time tem neste ano.

Pódio diferente

Falar em vitória de Vettel em Suzuka é repetitivo, mas o pódio teve novas caras. Felipe Massa demorou 36 provas para sentir o gosto do champanhe depois do GP da Coreia de 2010, completando quase dois anos sem troféus. Mas a seca em nada se compara com a de Alexander Wurz, que demorou 129 GPs para conquistar seu segundo pódio, entre 1997 e 2005.

Kamui Kobayashi, lucrando com a punição a Button, conquistou a melhor posição de largada de um japonês na prova local e reverteu o bom ritmo do sábado no primeiro pódio da carreira, emulando o feito de Aguri Suzuki em 1990. O último piloto do país a ficar entre os três primeiros, no entanto, foi Takuma Sato, no GP dos Estados Unidos de 2004. Apenas os três chegaram ao pódio pelo Japão.

A combinação incomum fez com que, pela primeira vez desde o GP da Alemanha de 2009 (Webber, Vettel, Massa), três pilotos de continentes diferentes dividissem o pódio. As novidades ainda aumentaram para 13 o número de pilotos que subiram ao pódio neste ano. Em 2011, foram sete, sendo que apenas cinco se revezaram entre os três primeiros nas 17 últimas etapas. A temporada de 1982 tem o recorde de maior número de pilotos diferentes no pódio: 18. Aliás, ainda que Vettel, Alonso ou Hamilton tenham chegado entre os três primeiros nas últimas 51 provas, eles nunca estouraram o champanhe juntos.

Depois de ser suspenso na Bélgica, Romain Grosjean sofreu outra punição incomum: o stop and go, inédito neste ano. Em um ano de comissários exigentes, apenas Fernando Alonso, Daniel Ricciardo e Timo Glock escaparam de punições na temporada até aqui.

Com o abandono de Rosberg, agora apenas Kimi Raikkonen completou todas as provas.

Mas minha estatística predileta é outra, ainda que seja difícil de confirmar: o GP do Japão, com o já célebre apelido “maluco da primeira volta”, marcou a primeira vez desde a própria prova japonesa, de 2007, em que Mark Webber atacou um novato por tê-lo tirado da prova. Quem não se lembra do “kids, they do good and they **** it all up”? E quem era o personagem daquela ocasião?

4 Comments

  1. Muito legal Ju. E olha q curioso: acho aquele GP da Alemanha de 2009 a última grande performance do Massa – o GP do ano seguinte não vale por tudo o q envolveu o lamentável momento do “Faster than you”.

  2. Bom, contando a história completa do GP do Japão 2007: O maluco da 41º volta, Alonso, patinou na possa de agua, bateu e saiu da corrida, entrou o safety-car e então os malucos da 45º volta entraram em cena. Hamilton quase ultrapassou o carro de segurança, Webber vinha atrás e teve que frear e Vettel lhe acertou em cheio. O australiano culpou os 2 pelo acidente.

  3. Vettel, ainda na Toro Rosso, até que estava indo bem naquele domingo chuvoso até causar o próprio abandono e do veterano língua preta.

  4. Oi, Julianne,

    Parabéns, mais uma vez, pela riqueza de detalhes que você sempre acrescenta nas estatísticas. Como esta do GP da Alemanha de 2009 a última, agora não mais, em que teve três pilotos de três continentes no pódio.

    Excelente!


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