F1 O abismo entre Vettel e Webber - Julianne Cerasoli Skip to content

O abismo entre Vettel e Webber

O quarto título de Sebastian Vettel é uma questão de tempo, ao mesmo tempo em que Mark Webber, seu companheiro desde 2009, não está nem perto de conquistar seu primeiro vice. Esse fato é repetidamente lembrado por quem quer destacar a parcela que o alemão tem no sucesso da Red Bull – de forma muitas vezes exagerada, como se fosse a prova de que seus carros não têm sido dominadores. Mas, afinal, de onde vem essa diferença entre os dois pilotos?

O abismo entre os companheiros foi aumentando com o tempo, à medida que Vettel se aperfeiçoou em diversas áreas e Webber foi ficando sem armas para lutar. Assim, as chances que o alemão dava ao australiano com alguns erros nos dois primeiros anos de Red Bull foram desaparecendo.

Uma destas brechas era na classificação, e isso é fundamental para entender o tipo de domínio – este, inegável – da Red Bull. Os atuais tricampeões do mundo nunca mostraram um ritmo assustador como as Ferrari de 2002 ou 2004, ou as Williams do começo da década de 1990 e as McLaren do final dos 1980. Seu tipo de vantagem é diferente e, por isso, muita gente acredita que não seja tão grande quanto os resultados mostram.

O modus operandi da Red Bull tem muito a ver com as características da F-1 atual, mais voltada à administração de recursos do que ao ritmo puro. Como Vettel costuma vencer? Classificando-se bem para garantir que vai acabar a primeira volta em primeiro – e com vantagem suficiente para fugir do DRS no terceiro giro. Isso por uma série de motivos: o ritmo em uma volta lançada da Red Bull é seu ponto forte, mas o carro é desenhado tão no limite para isso que não consegue manter o mesmo desempenho por toda uma corrida, daí os problemas de confiabilidade serem mais comuns do que nos rivais diretos. Então Vettel mostra seu ritmo cirurgicamente quando necessário, abre uma distância minimamente confortável e passa a administrar.

Por que Webber não consegue? Note que os problemas do australiano sempre aumentam quando a Red Bull encontra formas de driblar as restrições do regulamento e usa os gases do escapamento para melhorar a aerodinâmica (temporada 2011 e segundas metades de 2012 e 2013). O piloto não consegue se adaptar a um carro que se comporta de forma contraintuitiva, ao contrário de Vettel. É uma falha sua, claro, mas também é uma explicação para a diferença que temos visto.

Há também a questão psicológica. Cada vez mais confiante, Vettel se mostrou praticamente infalível nesta temporada, ao passo que Webber dá claros sinais de que já se encheu do ambiente da F-1, reclamando ora dos pneus, ora do peso. Esse, aliás, é outro fator: por ser mais de 10kg mais pesado, sofre para acertar o carro com menos lastro.

Webber, portanto, não se classifica tão bem quanto Vettel – foram só três primeiras filas nesta temporada – e, com isso, não consegue usar as qualidades do carro, como faz o alemão. Andando no meio do pelotão, entra em pauta o ritmo x conservação de pneus, quesito em que a Red Bull costuma ficar devendo em relação a Lotus e Ferrari (a não ser, claro, que você é Vettel e está lá na frente administrando o ritmo). Naturalmente mais duro com os pneus que o companheiro, Webber não consegue adotar as estratégias otimizadas, outro fator que aumenta a diferença entre os dois. Obrigado a forçar, sofre mais quebras e apagões no Kers.

Então podemos colocar parte da parcela pela diferença entre Webber e Vettel na conta do australiano, que falha em momentos-chave, e outra parte na conta do alemão, que aproveita as oportunidades. Agora, usar a falta de dobradinhas para duvidar do domínio de uma equipe que está próxima do tetra e é aquela que todos tentam copiar desde 2009 são outros quinhentos.

35 Comments

  1. Teria como recalcular todos campeonatos convertendo-os para pontuação atual?
    Será que seriam os mesmos campeões?
    Curto muito seu blog
    Um grande abraço

    • Dê uma olhada nesse site: http://esportshistory.com/f1/
      Com a pontuação atual, li que, nos últimos campeonatos, a única mudança seria Alonso superando Hamilton em 2007 por três pontos. Mas são contas que nunca parei para fazer!

  2. Ju,o que o chefe da da Ferrari quis dizer ao falar sobre isso:”O dirigente italiano ainda comentou que a falta de rendimento de Massa “deveu-se principalmente a uma grande sensibilidade a um carro muito instável na traseira”.”

    • De certa forma, entramos no mesmo ponto do Webber: Massa tem menos adaptabilidade a comportamentos diferentes do carro que Alonso. E pode ter certeza que esse comportamento da Ferrari – na verdade, pelo que observo, é um carro dianteiro mas, para corrigir isso com o acerto, eles travam a dianteira e isso acaba refletindo na traseira – nunca foi algo para minar as chances do Felipe. O que toda equipe e todo piloto quer é um carro neutro, mas a Ferrari não tem conseguido isso.

      • Ju,no caso do carro fosse neutro a historia do Felipe poderia ser outra ?,teoricamente esse estilo do caro da Ferrari é uma consequência de um carro projetado com o estilo de pilotagem do Alonso que prefere um carro Dianteiro,o Felipe tem preferencia por um carro mais traseiro e mesmo assim o Felipe é muito veloz,na sua opinião até que ponto esse carro mais dianteiro interfere no desempenho do Felipe ?

        • O Alonso não prefere um carro dianteiro, ele é um dos poucos pilotos que conseguem “se virar” com um carro dianteiro, assim como também o faz com um traseiro. Certamente ele e o Felipe – e a Ferrari – prefeririam um neutro.

  3. Pois é, Vettel adaptou-se perfeitamente. Por tudo que já vimos dá pra dizer que ele foi o piloto certo, no carro certo, na hora certa.
    Agora Julianne, vc acredita numa certa preferência por Vettel em detrimento de Weber dentro da equipe?
    O alemão tem todos os predicados pra ser a imagem, o “garoto propaganda” do produto que eles vendem, enquanto o australiano não.
    Até que ponto isso influencia na performance e no desempenho de um piloto?

    • Assistindo ao documentário 1 (one), – que aliás é imperdível – Jacky Ickx, entre outras coisas, diz que a diferença entre um campeão e um piloto bom é a quantidade de vontade de vencer.
      E isso Vettel já mostrou que tem muito mais do que Weber.

    • Tem uma frase do Webber no pódio da Malásia neste ano que responde sua pergunta: “Seb tomou sua própria decisão e terá a proteção de sempre. É assim que funciona”.

      Dá para questionar isso? Se a Red Bull dá o ambiente perfeito para Vettel e ele responde com títulos, por que mudar? Imagino que seja o mesmo em uma banda quando um membro se destaca. Os interesses dele acabam sendo preservados para evitar que todos percam com uma carreira solo, não? Seja por questões comerciais ou esportivas, o melhor para a equipe é agradar Vettel.

      • Hahaha! A analogia com uma banda é muito boa.
        Eu no lugar de Horner, Makro e Mateschitz também não mudaria nada.

        Lembro no ano do primeiro título de Vettel, quando ele ainda carregava o apelido de “crash kid” e estava muitos pontos atrás de Weber, já havia essa proteção à que este se refere.
        Dietrich disse que estava tudo aberto, não daria a vantagem ao australiano e no final o moleque virou o jogo e venceu.
        Meu ponto é: já havia uma intenção de fazer de Vettel o super campeão que ele é. E isso têm certamente uma influência muito grande no seu desempenho, motivação etc…

        • Concordo com você, Dé. Se isso pudesse ser personificado, o Vettel é a justificativa de todo um investimento em vários pilotos e na mega estrutura de duas equipes. Isso sempre deu a ele o benefício da dúvida.

          E tendo isso como pano de fundo, é interessante o papel político de Horner para manter Webber sob controle, ainda que a tensão sempre tenha sido clara. O dirigente conseguiu manobrar de maneira que isso não desviasse o time das vitórias. E o erro do então líder Webber em um momento decisivo na Coreia, enquanto o companheiro estava em ascensão, só comprovou que eles estavam apostando no cara certo.

          • Lembro que ouvi uma entrevista de Weber contando que quebrou a costela num acidente de bicicleta mas não disse nada à equipe. Daí sua performance ter sido tão seriamente abalada na Coréia.

            Em tempo, Weber só deu a notícia que estava de saída da equipe à Horner uma hora antes da coletiva. Isso depois de Mark ter se encontrado com Mateschitz pra formalizar o patrocínio da RedBull pra sua nova equipe.
            Não deve ter sido muito agradável o clima ali naqueles dias.

      • Só há uma ressalva aí: Webber tomou sua própria decisão em Silverstone 2011 (a equipe implorou pelo rádio para ele não atacar Vettel) e também foi protegido. E no final ainda disse que estava ali para correr.

        Qual a diferença? Bem, ele não conseguiu ultrapassar.

        • Eric Musashi,

          Não diga isso, cara. Não estrague a figura “bom moço” de Webber. Temos de acreditar no mesmo e dizer que somente Vettel é que se rebelou contra as ordens recebidas.

          • Exato e não esqueçam das escrotices que o Webber aprontou para cima do Antonio Pizzonia na Jaguar.

            Quem não viu aquela época acha o Webber grande coisa, eu acho grande porcaria, aposto que o Ricciardo vai evoluir e conseguir ser mais constante que o Webber.

          • É verdade, não podemos deixar a máscara de Webber cair.

            O Vettel já tem talento demais, “merece”, ao menos, o defeito de ser um menino rebelde. Por favor…

            Abs

  4. A RBR é o melhor carro do grid, disso não tenho dúvida nenhuma. Dai comparar aos carros mais dominadores como os citados pela Julianne também são outros 500. Que Webber tem sido infeliz na tarefa de fazer as dobradinhas é algo facilmente perceptível, mas não se trata de um “perfeito nó cego” dormindo nas corridas. Simplesmente o carro não é TÃO superior que o faça chegar a frente de pilotos melhores que ele, como Hamilton e Alonso.
    O carro da RBR é muito bom, o melhor do grid. Foguete é o que fazia Patrese chegar na frente de Senna e Schumacher ou Barrichello chegar na frente de Alonso e Raikkonen. Foguete é isso, o carro que compensa as limitações de seu piloto e os faz chegar a frente de pilotos muito superiores.

    Por isso que eu digo que, superioridade da RBR a parte, Vettel tem extraido do carro o melhor que ele pode dar. O resto é malabarismo intelectual pra justificar inverdades.

    • E ano passado foi o carro mais rápido em menos corridas que a McLaren. Só que a McLaren era de açúcar… -_-

  5. Juliana o dominio existe, mas não é de facto. É apenas uma consequencia de Bom Manejo de uma Equipe, Excelencia no Trato, Inventiva e Capacidade de Adaptação e Solucionar problemas, tudo isso aunado à presença do melhor piloto do momento. Vamos culpar a quem?. Oras, culpemos o pipoqueiro… ou não será melhor ver que acontece na competencia.
    Acho que foi Sutil quem disse nestes dias: “Não vamos ficar chorando porque Vettel leva tudo. Se ele é o melhor fazer o que”.

  6. Olas. Concordo com tudo que foi escrito e adiciono mais o seguinte:

    Lembrar que: Diferenca de idade entre ambos. Webber tem bem menos testosterona hoje que Vettel. Atencao garotada, isso da uma mega diferenca em tudo que fazemos/pensamos na vida. So ver outros ”esportes” que exijam estamina/testosterona.

    2. Motivacao: Um de saida e o outro nem atingiu metade da carreira. Ja dito aqui, mas vale reforcar. Nao tem como ter o mesmo fogo nos olhos apos tanto tempo. A historia se repete em todos os lugares….

    3. Motivacao b: Webber tentou de tudo para desestabilizar Vettel, como ja fizera com outros. Mas com alguem tao superior nao ha mind games que resista. O cara desiste. Quem ja praticou esportes na vida sabe disso. Hoje voces que estao em escritorios tambem percebem isso. Alguns sao tao bons que nao adianta nem dar para o chefe. O cara vai ser promovido e voce nao.

    • “3. Motivacao b: Webber tentou de tudo para desestabilizar Vettel, como ja fizera com outros. Mas com alguem tao superior nao ha mind games que resista. O cara desiste. Quem ja praticou esportes na vida sabe disso. Hoje voces que estao em escritorios tambem percebem isso. Alguns sao tao bons que nao adianta nem dar para o chefe. O cara vai ser promovido e voce nao.”

      Não teve como não pensar em minha situação. Todos que tentaram me queimar aqui no hospital em que trabalho estão queimadíssimos com todo mundo. E o pior é que nunca falei nada, nem mesmo deixei de falar com eles. Respondi com eficiência sempre.

      Talvez o meu dar de ombros tenha pesado a meu favor, também.

  7. Há muito a considerar além do que foi falado. Será que o desenvolvimento do carro não foi feito para ajudar ao piloto que melhor vende a marca da equipe? Qual será o tamanho do investimento em patrocínios diversos que os pilotos atraem para a equipe? Como se dá o trato interno com os mecânicos, projetistas, engenheiros, diretores, etc, etc, etc e os pilotos?

    O fator motivacional também conta, como mencionado acima. Afinal, entrar na equipe e ser vice e depois 4 vezes campeão em cima de um cara que é, senão sujo, no mínimo exacerbadamente duro, dentro e fora das pistas, e que tinha muito mais experiência destruiu a mente desse cara. O Webber sempre foi conhecido como leão de treino. Nem mesmo no treino que era seu forte ele bate o Vettel e isso psicologicamente é destruidor.

    Mas o mais importante, como citado, seja por ser feito para ele ou por ele ser muito bom em adaptações (o que é normal para um piá), Vettel soube se adaptar rapidamente em todas as mudanças significativas da F1 dos últimos anos, seja grandes mudanças ou pequenas aparas para tentar igualar as equipes. Com isso, não há muito o que fazer a respeito do resultado. Ele fatalmente aparece.

  8. pra mim essa explicação é totalmente furada, webber foi melhor do que o vettel na temporada de 2010, e naquele acidente que acontceu em stambul todo mundo na equipe jogou a culpa nele, sendo que a culpa foi claramente do vettel, tbm no gp de abu dabi (não sei como se escreve) daquele mesmo ano, o webber era o vice lider do mundial e era quem tinha mais chance de superar o Alonso, porém a droga da equipe usou ele de isca para tapear a ferrari e dar o titulo ao vettel que pra mim nunca mereceu ser capeão

    weber correu essas ultimas 3 temporadas apenas para ganhar dinheiro, ele não quer ajudar uma equipe que nunca deu condições de igualdade para ele

    • hoje vettel é o melhor piloto do grid, na minha opinião já é uma lenda eu fico muito feliz quando surge grandes no esporte quando shummy aposentou-se fiquei pensando acabou não vai aparecer ninquem como ele ai surge o vettel uma lenda com 26 anos. isso competindo com feras como Hamilton Kimi Alonso etc.

    • E se a Ferrari não tivesse mordido a “isca”? E se o Alonso tivesse conseguido passar o Petrov? E se o carro do Vettel tivesse algum problema? E se alguém que estava entre eles tivesse problemas?

      Será que a RBR arriscaria entregar o campeonato para a Ferrari só para sacanear o “pobre coitado” do Weber e privilegiar o seu menino prodígio?

      • E se eu tivesse ganho na mega sena quarta passada?

        • Se você não entendeu o que eu quis dizer no meu comentário então leia o comentário do Roberto Tramarin (baixo), quem sabe você entenda.

    • Brasileiro tem memória fraca mesmo, hein. Beleza, vamos falar de 2010. Vettel teve culpa na rodada de Webber na Coréia? Teve culpa do amarelão em Abu Dhabi?

      Na hora de decidir, nas 4 corridas finais do ano, Vettel venceu 3, saiu em uma por problemas. Webber rodou em uma, chegou atrás de Vettel em outras 2 e em 8º na última. Decisão de campeonato se ganha começando pela outra garagem.

      E pra terminar. Melhor é quem chega na frente. Com mesmo carro, na mesma equipe e me dizer que o Webber foi melhor? Tenha paciência. Em confronto direto foi show pro Vettel que de 4 dobradinhas da RBR naquele ano esteve a frente de 3. E mesmo fazendo trapalhada na Turquia, faturou o campeonato.

    • Isca???
      Webber parou na volta 11 porque na volta 8 ele mesmo danificou o pneu traseiro direito batendo no muro de proteção.
      Pra se ter uma idéia, no momento da batida ele estava a exato 1s do Alonso e na volta 10 a diferença era superior a 2s e já estava sendo ameaçado pelo Massa.

      Esse papo de “isca” foi invenção de torcedor fanático pra tentar justificar o fracasso de seu querido devido a “sujeira da RBR”.
      Na época até colou com algumas pessoas razoavelmente esclarecidas, infelizmente. Hoje só fanático ainda acredita no “conto da isca”.

      Mas é necessário vir aqui e explicar tecnicamente(batida na volta 8, parada na volta 11 e diferenças de tempo neste período) pra que nenhum incauto que está começando a ver F-1 agora caia nesta tolice.

  9. Quem é bom mesmo anda com qualquer carro: dianteiro, traseiro, neutro. E também se adapta as regras. O resto é choro.
    Sobre o Webber, acho mais fraco que o Massa. Pelo menos até 2009 ele andava junto dos melhores. Só que errava mais. Já o Webber teve chance de ser campeão em 2010 por que o Vettel era um pouco insconstante.
    Sobre privilégios, o melhor sempre terá preferência porque ele vai decidir.

  10. a isso chama-se supervalorização de mark webber, que nunca fez nada na carreira, parece que vcs jornalistas esportivos tem memória bem seletiva.

  11. Sem contar os pontos dos companheiros de equipe, obviamente, temos:

    – Prost*, 1988, 105 pontos. 2.56 vezes a mais que o terceiro colocado.
    – Prost, 1989, 81 pontos. 2.02 vezes a mais que o terceiro colocado.
    – Schumacher, 2002, 144 pontos. 2.88 vezes a mais que o terceiro colocado.
    – Vettel, 2011, 392 pontos. 1.45 vez a mais que Button, o vice-campeão.

    A RBR, nem em seu melhor ano (na pontuação), conseguiu ser tão dominante quanto McLaren/Ferrari. Por isso, vejo apenas a Red Bull como sendo a melhor equipe. Dominante é forte demais.

    * Foi vice-campeão, mas marcou mais pontos que Senna, seu companheiro.

    • Também teve Mansell que em 1992 fez 108 a 53(2,03 mais) no terceiro, que era ninguém menos que Schumacher.

    • Mas, em 88, era uma F1 diferente, afinal existia liberdade de motores(RPM), motores turbo e aspirados, os carros quebravam mais, curiosamente, a confiabilidade dos Mclaren era absurda; o projeto de 89 da Mclaren, foi disparado o melhor carro, com os companheiros de equipe (dupla de gênios) dominando o campeonato; em 2002, além de algumas ajudinhas da FIA, corpo técnico diferenciado, a Ferrari era das poucas equipes com pista particular e testes ilimitados para resolver seus problemas de projeto; em 1992, a Willians era a única equipe com suspensão ativa integral e perfeita! Bem, onde quero chegar? Em campeonatos com carros que não quebram, motores e câmbios padronizados e com tanta fiscalização e restrições, o domínio da RBR, mesmo que não tão avassalador numericamente falando, é sim visível e inquestionável, afinal nesses quatro anos, nenhuma equipe foi páreo para os taurinos. Enfim, dominar com disparidades é normal, mas com tantas restrições, merece aplauso e admiração.

      • Cada um tem uma visão. Nada contra a sua ou a de qualquer outro usuário, mas ainda mantenho a minha. Por ora, não vejo sentido em alcunhar “domínio” a RBR.

        Se a mesma fosse “dominante”, não teria sofrido em 2010/2012. Sobrou, sim, em 2011 e está sobrando este ano, mas nem tanto quanto as que, realmente (em minha opinião, claro), dominaram a F1.

        O problema não é reconhecer ou não a superioridade da RBR nos últimos anos (afinal, é evidente), mas sim, quanto ao verbo “dominar”.

        Mas enfim, não vou dizer que você está errado e eu certo ou vice-versa. Tal enredo é uma linha tênue, podemos passar de um lado para o outro facilmente.

        Tenha um bom dia. Abraços.


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