F1 Maiores vencedores da história Ferrari penaram após saída da equipe - Julianne Cerasoli Skip to content

Maiores vencedores da história Ferrari penaram após saída da equipe

As 11 vitórias em oito temporadas pela Ferrari colocam Felipe Massa dividindo o quarto lugar com Fernando Alonso na lista dos pilotos mais vencedores da história da Scuderia. Porém, como outros que brilharam como macacão vermelho, o brasileiro terá de seguir em frente a partir da próxima temporada, com a Williams.

Mas será que há vida após Ferrari? O retrospecto dos outros cinco pilotos que mais venceram pelo time italiano mostra um caminho um tanto tortuoso: apenas Niki Lauda conseguiu ser campeão após despedir-se de Maranello, escrita que Kimi Raikkonen e o próprio Massa tentam igualar.

Michael Schumacher: 5 títulos, 180 GPs, 72 vitórias pela Ferrari

Schumacher foi um caso raro que chegou e saiu da Ferrari por cima. Chegou como salvador da pátria ao apostar, já bicampeão, em um time que não vencia fazia 16 temporadas. Saiu dez anos depois, sem o que seria seu sexto título pela Ferrari, em 2006, mas como ídolo, com direito a aposentadoria anunciada em pleno GP da Itália. O alemão seguiu ligado à equipe após o fim da carreira, atuando como consultor e atuando diretamente no desenvolvimento do carro. Schumi chegou a ser cotado para substituir Felipe Massa após o acidente do brasileiro em 2009, mas só retornou a correr em 2010, com a Mercedes. Foram três temporadas com apenas um pódio após a aposentadoria definitiva, no final de 2012.

Niki Lauda: 2 títulos, 57 GPs, 15 vitórias pela Ferrari

Uma das grandes estrelas da história da Ferrari sentiu de perto a proximidade do amor e do ódio na Scuderia, indo de ídolo após a conquista do título de 1975 e o retorno impressionante após o acidente em Nurburgring a persona non grata em Maranello ao final da temporada de 1977. A desistência no GP do Japão de 1976 e a consequente perda do título para James Hunt começaram a azedar a relação com Enzo Ferrari, que piorou mesmo com o bicampeonato. Lauda acabou deixando o time a duas etapas do fim do ano. Foi para a Brabham como estrela e por um salário alto na época, de 1 milhão de dólares, mas amargou dois anos difíceis com um carro que andava bem, mas quebrava demais. Após 11 abandonos em 13 provas em 1979, decidiu se aposentar antes mesmo do fim da temporada. Voltaria três anos depois e chegaria ao terceiro título, com a McLaren.

Alberto Ascari: 2 títulos, 27GPs, 13 vitórias pela Ferrari

Ascari viveu uma lua de mel com a Ferrari entre 1950 e 1953, com dois títulos e um vice, até que a falta de acordo salarial o tirou da Scuderia. O italiano assinou com a Lancia para 1954, mas o carro não ficou pronto a tempo e seu chefe permitiu que corresse eventualmente com a Maserati e a própria Ferrari, no GP da Itália, em Monza, circuito em que morreria no ano seguinte em um teste – a bordo de um esportivo da marca italiana, a Ferrari 750 Monza. O acidente ocorreu na antiga Curva del Vialone, rebatizada como Variante Ascari.

Rubens Barrichello: 102 GPs, 9 vitórias pela Ferrari

Barrichello fez parte da época mais vitoriosa da Ferrari, no início dos anos 2000, e ficou seis temporadas no time. Descontente com o tratamento de segundo piloto, à sombra de Michael Schumacher, anunciou que trocaria o time italiano pela Honda em agosto de 2005. Depois de uma primeira temporada promissora na estreia da montadora japonesa como dona de um time na Fórmula 1, Barrichello sofreu com um carro ruim no ano seguinte e ficou zerado nos pontos. A Honda acabou retirando seu apoio ao time ao final de 2008, mas Barrichello ainda teria a chance de vencer novamente na F-1 com o espólio do time, renomeado Brawn. O brasileiro ainda teve uma passagem de dois anos na Williams antes de se ver sem assento para 2012 e encerrar a carreira aos 39 anos.

Kimi Raikkonen: um título, 52 GPs, nove vitórias pela Ferrari

Raikkonen foi contratado pela Ferrari em 2007 como substituto de Michael Schumacher, tendo sido um dos principais rivais do alemão quando estava na McLaren. Foi campeão em seu primeiro ano na Scuderia, mas foi superado pelo companheiro Felipe Massa nas duas temporadas seguintes e seu comprometimento com a Fórmula 1 passou a ser questionado. Com a relação desgastada em Maranello, foi demitido para dar lugar a Fernando Alonso, ao final de 2009, mesmo tendo contrato para o ano seguinte. Kimi chegou a ser ligado a McLaren, Mercedes e Toyota, mas decidiu disputar o Mundial de Rali. Dois anos depois, voltou de maneira surpreendente com a Lotus, venceu corridas e se prepara para retornar à Ferrari em 2014.

11 Comments

  1. Está matéria está incorreta, pois Nigel Mansell e Alain Prost foram campeões depois de deixarem a Ferrari.

    • Hugo, ambos os citados não estão entre os maiores vencedores da Ferrari.

      • Felipe Massa teve 11 vitórias na Ferrari entre 2006 e 2008 e ele saiu da equipe. NÃO É MENCIONADO. Matéria fraca.

  2. Na F1 não da pra fazer milagre,se não tiver uma equipe competitiva o piloto vai ter dificuldades. Lauda teve um grande carro em 84 e por isso foi campeão,até então sua volta era muito discreta. Rubinho teve essa chance mas ´´conseguiu ´´ perder pro Button. Ja no caso do Massa acho que o carro não pode ser só bom,tem que ser o melhor. O Massa só andou bem na F1 quando o carro era bom,entre 2006 e 2008 a Ferrari era um dos melhores ou ate em alguns momentos o melhor carro do grid. Na Sauber e na propria Ferrari de 2009 pra cá o Felipe Massa nunca fez nada de muito notável

  3. Julianne, então se poderia concluir, entre outras coisas, que a Ferrari permanece maior que seus pilotos campeões (apesar do talento deles e a despeito das instabilidades da scuderia)?

    • Luca di Montezemolo adoraria pensar que sim, mas nenhum deles chegou muito jovem à Ferrari, então talvez tenham passado seus melhores anos por lá.

  4. uma dúvida,a foto em que aparece Niki Lauda estão ao lado Enzo Ferrari e LUCA DE MONTEZELMOLO??

    • Ele mesmo.

  5. Julianne parabéns pelo blog excelente matéria, gostaria de saber qual posição seu blog ocupa em relação aos blogs brasileiros de f1 mais acessados e quantas visitas diárias recebe.

    • Obrigado, Marcelo. Mas essa informação vou ficar devendo.


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