F1 GP da Malásia por brasileiros, espanhóis e britânicos: “Eu não deixo passar, me ultrapassam” - Julianne Cerasoli Skip to content

GP da Malásia por brasileiros, espanhóis e britânicos: “Eu não deixo passar, me ultrapassam”

Motor Racing - Formula One World Championship - Malaysian Grand Prix - Race Day - Sepang, Malaysia

Será que Vettel conseguirá se colocar no meio da briga das Mercedes? Os pneus vão aguentar o calor malaio? E a chuva, será que vem? Quando as luzes se apagam e é dada a largada em Sepang, as peças começam a se encaixar. “Larga bem o Hamilton, veja que o Vettel pressiona. Vettel tenta por fora, pode ser um bom bote para a segunda curva, que é para o outro lado. Massa já ganhou três posições”, destaca Luis Roberto, na Globo. “É uma grande largada de Rosberg e Hamilton, e Vettel tentam cobri-lo. Ricciardo consegue uma ótima linha por dentro. Ele consegue superar a Ferrari? Consegue!”, vibra David Croft, na Sky Sports britânica. “Pilotagem bem agressiva de Ricciardo. E Massa está abrindo caminho”, observa o comentarista Martin Brundle.

Na Antena 3, da Espanha, o narrador Antonio Lobato vê “Alonso perseguindo Vettel e Raikkonen forte. Problemas para Fernando, que está no meio de Kimi e Ricciardo. Ricciardo passou até Vettel, multi 21 não existe no momento! Onde está Bottas? 12º? Não pode ser, ele largou em 18º!”

Multi 21 é uma analogia usada pelo espanhol para ordens de equipe, uma aposta da transmissão para o GP da Malásia, com direito a pesquisa de opinião com os telespectadores. A expectativa é que Mercedes ou Red Bull façam uso desta estratégia, principalmente agora que seus pilotos estão próximos – Hamilton e Rosberg em primeiro e segundo. Ricciardo e Vettel em terceiro e quarto. “É ruim que Rosberg tenha largado tão bem porque, no tráfego, o motor pode se superaquecer”, o comentarista Pedro de la Rosa não quer saber de dobradinha.

Na Globo, Luis Roberto comemora que “a Williams muito rápida, a velocidade final é muito forte. No seco é outra história.” Mas quem chama a atenção é Magnussen, em lance que é (parcialmente) pego ao vivo por Croft. “Magnussen quase toca em Raikkonen, mas consegue passar”, diz o narrador, enquanto Brundle vê uma “excelente pilotagem do jovem”. De fato, a asa dianteira da McLaren do dinamarquês furou o pneu da Ferrari do finlandês.

O incidente merece investigação dos comissários. “Pode ser interpretado como toque de corrida ou como o Magnussen tentando colocar o carro onde não devia e atrapalhando o Kimi”, avalia Luciano Burti, enquanto Reginaldo Leme se atrapalha e confunde o novato com Bottas. “Não parece que vale punição, mas vai saber. Vale lembrar que é um piloto que já foi punido, está em observação, já levou dois pontos. Numa eventual suspensão por uma corrida, seria o reserva Felipe Nasr que correria.”

É que, como diz Burti, “a situação está ficando quente na Williams porque a equipe está pedindo para o Bottas não atacar o Felipe para não prejudicar a corrida dos dois.” Primeiro, aparece um raivoso rádio de Massa, perguntando “vocês viram o que ele fez?”, o que, explicam os britânicos, refere-se a Magnussen. Depois, Bottas faz o pedido para ser liberado. “Foi curioso ouvir o tom das duas mensagens. Um empolgado e o outro com a tranquilidade escandinava”, diverte-se Brundle.

Luis Roberto dá razão à Williams. “Se Massa tiver de se defender, o ataque ao Magnussen fica prejudicado. A equipe está certa”, justifica. Jacobo Vega, da TV espanhola, tem outra visão. “Está certo o Bottas. Massa não está nem perto do Magnussen.”

É quando chega a primeira rodada de pit stops e De la Rosa e Brundle percebem o tamanho da vantagem de antecipar a parada. “Se você for o primeiro a entrar, pode andar até 3s mais rápido do que quem ficar. O primeiro a entrar vai obrigar os outros a fazer o mesmo”, diz o espanhol. “Como o piloto que está na pista tem muito mais energia armazenada do que quem está no box, o undercut se torna ainda mais efetivo”, completa o inglês.

Quem demora para parar é Bottas, criticado pelos brasileiros por lutar por posição com os ponteiros mesmo com pneus bem mais velhos. “Essa briga do Bottas, se defendendo com pneus desgastados, é boa para o Felipe. Ele está perdendo muito tempo”, vê Burti. Enquanto isso, Lobato vibra com manobra “incrível” de Alonso para passar Bottas com pneus usados.

Motor Racing - Formula One World Championship - Malaysian Grand Prix - Race Day - Sepang, MalaysiaO gráfico que mostra o consumo de combustível faz sua estreia e os comentaristas aproveitam para malhar a Red Bull, que anda peitando a FIA após a punição a Ricciardo na Austrália. “Gostamos muito deste novo gráfico, vai ser muito útil”, diz Croft. “Mas provavelmente a Red Bull vai dizer que não é preciso”, retruca Brundle.

Na Antena 3, Lobato informa que “Christian Horner acaba de dizer que o sensor do carro de Ricciardo parou de funcionar. Como isso é bom para eles, não?” E De la Rosa emenda. “Na porcentagem que vimos há pouco, estava funcionando, e era dos que mais gastavam… Essa questão dos sensores é bastante complicada.”

No miolo da prova, de nada adianta o pensamento positivo de Dela Rosa para que “Vettel chegue em Rosberg para vermos o que ele pode fazer e colocar essa Mercedes nas cordas em termos de confiabilidade.”

O top 4 só se altera quando Ricciardo é liberado de seu pit stop sem uma das rodas devidamente afixada. “Coitado”, exclama Burti. “Com isso, Massa ganhou uma posição. Quem diria a RedBull cometendo um erro desse”, surpreende-se Luis Roberto. “Acho que seu famoso sorriso vai desaparecer um pouco”, aposta Brundle.

Os problemas do australiano não param por aí. Sua asa dianteira se quebra aparentemente sem explicação. “Talvez alguém tenha batido no pit stop, mas a asa é muito resistente, não é fácil de quebrá-la. Acho que tinha outro problema. Tem mais de 1.000kg de pressão aerodinâmica em cima desse carro. A asa tem de ser resistente, não quebra à toa”, estranha Burti, enquanto De la Rosa primeiro se preocupa porque o piloto estava próximo de Alonso na pista e depois vê uma algum problema nos pilares de sustentação, o que “pode acontecer por um milhão de coisas”.

A parte final da prova se aproxima e duas lutas se desenham: Alonso vai à caça de Hulkenberg, que fez uma parada a menos e tem pneus desgastados, e Massa parte para o ataque em Button, trazendo seu companheiro Bottas logo atrás. “Está com o carro inteiraço e dá para ver que ele vai muito mais inteiro em cima do Button”, vê Reginaldo, que também destaca o pouco consumo de combustível da Williams em relação aos rivais. “A vantagem de ter um carro econômico é que eles podem forçar ao máximo nestas voltas finais. Obviamente, economizar muito às vezes não é bom porque esse combustível a mais também significa mais peso”, considera Burti.

Massa tenta a ultrapassagem em cima de Button, mas o inglês fecha a porta. “Button colocou muito bem seu carro ali, não deu chances para Massa. Se você quiser passar um carro, tem de fazer logo, senão corre o risco de superaquecer o carro ou degradar os pneus”, avisa Brundle.

Dito e feito. Massa já não consegue pressionar Button e a Williams decide Motor Racing - Formula One World Championship - Malaysian Grand Prix - Race Day - Sepang, Malaysiadar a chance a Bottas de fazê-lo. E o brasileiro ouve o “Bottas is faster than you”. Neste momento, a transmissão foca na ultrapassagem de Alonso sobre Hulkenberg. Luis Roberto não interrompe a narração empolgada da disputa, mas muda completamente o tom assim que o espanhol consegue a manobra e joga a bola para Burti. “A equipe está falando para o Felipe que o Bottas está mais rápido e que não é para segurá-lo. Eles não querem confusão entre eles. E muito bacana a briga do Alonso e do Hulkenberg. Jogando duro, mas com respeito”, diz o comentarista. “É uma conversa e a equipe pensa nos pontos dela”, emenda o narrador. “A equipe está pensando que o Bottas teria tempo de chegar no Button. Da mesma forma que a equipe falou no início da corrida que não era para o Bottas atacar porque não precisava, agora está pensando nos pontos dela”, concorda Burti.

Mesmo entendendo o pensamento, Luis Roberto defende que “Bottas que passe. Se for uma briga como a do Alonso e o Hulkenberg, não tem perigo.”

Com o passar das voltas, Massa não abre para o companheiro. “Vamos lembrar que, quando aconteceu aquele episódio da Ferrari, ele saiu da frente. Agora, está continuando no ritmo dele. Se o Bottas botar de lado, acredito eu que ele não vai forçar porque a equipe pediu. Mas tirar o pé, acho que ele não vai”, crê Burti.

Os outros ex-pilotos de F-1 apoiam a atitude do brasileiro. “Esse cara passou metade da carreira dele ouvindo que tinha de sair do caminho. A Williams está pensando que Bottas pode passar Button. Mas Massa não quer lhe dar essa vantagem psicológica. Vai ser um debrief tenso, mas eu faria o mesmo que ele”, diz Brundle. “Lembro de uma vez, em uma corrida de kart, em que me perguntaram por que não deixei meu companheiro passar e eu disse ‘eu na deixo passar, me ultrapassam. Se não me ultrapassarem, vão ficar atrás’”, conta De la Rosa.

No momento da ordem, Lobato, claro, está focado em Alonso, mas não deixa de comentar em tom sarcástico. “Há outra briga, da Williams, e Massa acaba de ouvir uma frase que conhece bem”. Como o brasileiro não cumpre a ordem, Vega acha que ele vai alegar que “o rádio não estava funcionando” e ganha o elogio de Dela Rosa. “Jacobo seria um dos melhores pilotos. Já sabe fazer tudo direitinho.”

O trenzinho de Button, Massa e Bottas continua junto até o final e Luis Roberto se irrita por a TV mostrar a disputa pelo 11º lugar. “E o cara fez a arte de tirar a chegada do Felipe. Fala sério!”

Na frente, “uma corrida impecável, largada perfeita, grande ritmo mesmo poupando equipamento, e principalmente merecida depois do que aconteceu na Austrália” para Hamilton, como frisa Burti. “É meu favorito para o campeonato, mas está atrás do Rosberg”, lembra Reginaldo.

Brundle também elogia a performance de um “feliz” Hamilton. “Foi perfeito. Ele cobriu todos desde a primeira curva.” Já De la Rosa valoriza a performance de Vettel. “Ele não tinha carro para estar aí. Percebemos isso porque estava sem fôlego ao falar.” Preocupado com a Red Bull, Lobato observa que “a tranquilidade da Mercedes não foi tão grande quanto na Austrália, talvez porque a aerodinâmica tenha jogado um pouco a favor da Red Bull.” Porém, o comentarista não deixa o narrador desconsiderar os alemães: “A diferença ainda é abismal.”

17 Comments

  1. PARABÉNS JU belíssima matéria como sempre sou seu FÃ um forte abraço e domingo tem mais

  2. “Inocentemente” a Williams conseguiu uma boa parcela das atenções, já que seu carro, apesar de tudo não conseguiu se impor.

    Infelizmente não existe a velha “pura corrida” em que vencia aquele que tinha condições de chegar na frente, agora tudo está rodeado de patrocínio, politicagem etc.

    Mas, querendo desafiar ou não, Massa deu um passo importantíssimo e mostrou que não é um suporte e sim um piloto com qualidade de campeão do mundo.

    • Já deu uma olhadinha nos contratos dos pilotos da década de 80? Aliás, dá uma olhada desde 76 em diante.

      Já deu uma olhadinha na temporada de 1989 ?

      Depois repense o “pura corrida” e principalmente,

      “agora tudo está rodeado de patrocínio, politicagem etc.”

      Nada mudou, nadinha, acontece que agora as equipes tem as comunicações liberadas para o público.

      Tira o áudio da TV e assista as corridas sem os rádios e informações visuais, assista no autódromo, ao-vivo, você vai achar tudo lindo, “pura corrida”, vai dizer, eu estava lá, que pega lindo…

      Tudo é questão de perspectiva…

      • Aonde eu assino??? A Ferrari teve um ano q nao me lembro que um piloto decidiu vencer ao inves de trabalhar para seu companheiro ser campeão (e diga se de passagem seria se seu companheiro o deixasse passar, nesta ultima corrida) Resultado a Ferrari nao foi campeão, e o piloto fez o que Massa fez! E a Ferrari prometeu que aquilo nunca mais aconteceria, botando uma clausula vitalicia em todos os pilotos da equipe daquele ano em diante que sempre no final do campeonato trabalhariam para seus companheiros que estivesse ainda na briga!!!Mas este ano ela mudou sua logica contratando Kimi Raikkonen, mas nada mudou pq no final apenas um estara disputando o titulo, o incrivel seria se ambos estivessem disputando ai sim eu queria ver o que aconteceria!!!

      • Já assisti no autódromo, ao vivo.

        Não estava me referindo a uma época específica, bem como não citei alguma temporada em que não houve jogo de equipe. Apenas mencionei algo que o próprio Senna já mencionara: não existe “pura corrida”.

        Talvez eu tenha cometido erro na conjugação dos verbos, dando a entender que em tempos outros a tal “pura corrida” era constante na F1.

        Mas tudo é uma questão de perspectiva.

  3. Eu lamentei muito a enxurrada de punições do Ricciardo, tá louco! Mas são as regras. Não lembro bem, mas outra parte meio interessante da corrida foi uma hora que o Sutil abandonou bem no inicio da reta principal. Como tinha bandeira amarela, não se podia ultrapassar. Mas se não me engano isso favoreceu alguém, acho que o Alonso ou o Button, pois eles estavam sofrendo pressão. Ou era outro piloto, enfim.

    Gostei do Vettel e o RBR está ótimo. Será que além das melhorias do software melhoraram a refrigeração com “furos” na carroceria?

    E do Massa, se na reunião pós corrida eles não estiverem realmente entendidos quanto as falhas de interesses no final da corrida (já que o equívoco maior no meu ponto de vista foi do engenheiro, depois o Massa e menos culpado Bottas), pode começar aquela polarização dentro da equipe. E o Massa tem que lembrar de que quem paga o salário dele é a Williams, e não os jornalistas nem simpatizantes de pilotos-heróis. Então antes de a gente trata-lo como capacho, ele e seu engenheiro precisam melhorar a comunicação.

    • As informações dão conta de que quem paga o salário do massa é a petrobras.
      Além do mais, piloto não é bancário, desobedecer uma ordem direta é não só possível como esperado em alguns casos. Vide a primeira vitória do barrichello. Não havia radio liberado, mas os relatos são de que ele disse que não ia parar pra tocar pneu, a equipe preocupada com a segurança dele e do carro brigou é o mandou parar. Ele passou reto pelos bodes e ganhou a prova.

  4. Oi, Ju,

    Parabéns por mais este belo texto. É uma delicia de ler.

    Sem querer denigrir o Luis Roberto, eu acho que a Globo poderia escalar o Sergio Mauricio para as corridas em que o Galvão não faz a transmissão. Se ele narra a Stock na Globo, porque não narrar a Fórmula 1?

    Vou deixar o Galvão de fora porque sei que gera muita polêmica. Mas na minha opinião os melhores narradores de automobilismo na TV (no Brasil, claro) são dois: Sergio Mauricio e Octávio Muniz.

    No treino de sábado não foram poucas as vezes que o Luis Roberto interrompeu explicações técnicas do Burti e comentários do Reginaldo para falar de ex-jogadores todas as vezes que apareciam na tela. Irrita.

    Abraço.

    • Concordo plenamente, é um erro locutores de futebol na transmissão. Tive que baixar o volume da Tv. Infelizmente a Cbn não transmitiu ao vivo dessa vez.
      Tem um outro Cleber(..) que é pior ainda, como a globo não enxerga isso?

    • Um que se daria bem no lugar do Reginaldo seria o Lito Cavalcante, hoje em dia o Reginaldo vai muito na onda de torcida do Galvão. Na Sportv o narrador queria partir pro mesmo lado que o Galvão partiu na Globo, no episódio do Koba com o Massa, mas o Lito discordou dele, analisou as imagens que mostravam o Koba com as rodas traseiras travadas e as da frente soltas e ja falou que o problemas seriam do Brake By Wire já na hora muito antes do comunicado da FIA.

  5. Eu lembro que eu via F1 nos anos 90 e 2000, e me lembro de perseguições por voltas e voltas. Agora, toda vez que o cara está perseguindo, tem que passar logo ou desistir, porque senão superaquece o carro e degrada os pneus.

    Sinceramente, sinto falta daquela F1 pé embaixo o tempo todo.

    • Eric, pior que superaquecimentos e degradação de pneus são os comissários chatos e o regulamento surrealista. Hoje em dia, para se ultrapassar, é preciso antes entrar com um requerimento em papel timbrado, com firma reconhecida e aguardar o deferimento. Imagine se veríamos HOJE NA F 1 coisas como Rossi x Stoner, Márquez x Rossi (como se vê na Moto GP) e Alex Zanardi x Brian Herta no Sacarrolhas em Laguna Seca! Ou Peter Gethin botando duas rodas na grama um pouco antes da Parabólica para ultrapassar o lendário Peterson e vencer o GP de Monza de 1971 diante de 4 carros por uma diferença mínima, com apenas 0,61 segundos separando CINCO carros, na chegada mais apertada até hoje na história dos 64 anos da F 1! Foi á única vitória da carreira dele, mas memorável.

      Curiosamente, a então já improvável BRM protagonizou outra vitória épica, nas mãos de Jean Pierre Beltoise em Mônaco em 1972, debaixo de um dilúvio, onde não poucas vezes Beltoise recuperou entortadas de 90º nos cotovelos encharcados do Principado, sem sequer deixar o carro entrar em pêndulo. O francês tinha um estilo forte de tocada e também foi a sua única vitória na F 1. Vitórias para serem lembradas por toda a vida. Em ambas, isso é ir pra cima! Isso é correr, é adrenalina entregue no ato, não é esperar pelo infortúnio dos que vão na frente! Isso é a essência da F 1, uma explosão de velocidade!

      Não sei se você tem idade para ter visto pessoalmente essa turma aí correr, mas deixe que lhe diga que o BRM tinha o som GRAVE mais poderoso do grid, num perfeito contraponto ao AGUDO altíssimo mas MELODIOSO da Matra V-12. Era uma verdadeira sinfonia, e esses sons ainda reverberam até hoje em minha memória auditiva, pode crer. Inesquecíveis. O Youtube, infelizmente, nem chega perto de reproduzir os sons que se ouvia AO VIVO, pessoalmente.

      https://www.youtube.com/watch?v=tx-lopdB9bU Aí não tinha DRS nem KERS, somente balls, braço e garra.

      Abs.

      Julianne, como sempre, parabéns por mais um raio X em 3-D de uma corrida (ou ressonância magnética, para ser mais atual).

  6. Excelente matéria!

  7. Ha mais de 20 anos que assisto a Formula 1. Confesso que e mais emocionante ler GP da … por brasileiros, espanhois e britanicos do que de fato assistir pela TV. Talvez ainda esteja cedo para as mudancas surtirem efeito, mas que ta chato ta. Alem disso ainda nao me acostumei ao novo barulho. Parece corrida de caminhao, especialmente quando eles tiram o pe para entrar numa curva.

  8. Massa revela pedido de desculpas da Williams após ordem em Sepang e diz: “Acho que não vai se repetir”

    Ok, mas tem um detalhe…

    Bottas foi pra cima de Massa no início e fim de corrida na Malásia, no início o brasileiro fez mimimi pelo rádios para o companheiro não atacar. A desculpa foi a mesma de Barrichello naquele chuvoso GP da Malásia 2001. “Um briga em início de prova colocaria o time em risco”. Schumacher não quis nem saber, era 11º na chuva, passou ‘trator’ em todo mundo e venceu de forma fantástica. Rubinho pra variar fez o maior CARNAVAL se fazendo de vítima na mídia. Tomou puxão de orelha e depois voltou atrás, o alemão tinha ultrapassado Barrichello em plena reta, onde teve risco pra equipe? Schumacher passou 10 carros na pista, se ninguém jogar carro em cima, o risco praticamente é zero de colisão.

    Disputa deve ser aberta em todas as equipe, mas não tenho dúvidas que a Williams deve ter deixado bem claro: “Disputa vai ser franca na pista, mas sem jogar carro em cima do companheiro pra defender a posição. Se fizer, vai ter esporro porque colocou os dois carros em risco”. Bom lembrar, quando Massa disparou “você viu o que ele fez?”, era em relação a Magnussen e não Bottas.

    Gente, pelo amor de Deus, quantas vezes vimos Vettel x Webber disputando posição e quantas vezes eles se enroscaram? Que me lembro só aconteceu uma única vez, GP da Turquia 2010, mas o time também tem que avaliar que é uma disputa e tudo pode acontecer. Manobra no GP da Turquia foi mais pra acidente de corrida que má intenção. Piloto pode até não deixar espaço, mas jogar o carro em cima é bem diferente, basta lembrar de Prost em 89, Senna em 90 e Schumacher em 94. Vettel e Ricciardo disputaram posição nesse GP da Malásia, não teve ordens pelo rádio e tudo ficou bem. Ricciardo passou Vettel, depois o alemão tomou a posição de volta, se houvesse uma ordem pra não passa Vettel, Ricciardo ia se manter atrás desde a largada.

    Em disputa franca, o da frente também não vai poder pedir ajuda pelo rádio, Felipe fez isso, Bottas recebeu duas ordens e acatou todas, Massa recebeu uma e ignorou. Felipe pode ser o primeiro piloto, mas fora do carro(parte de desenvolvimento), dentro da pista ficou bem claro, a Williams defende SEUS INTERESSES…não tem primeiro ou segundo piloto. Tanto Bottas como Massa receberam ordens nesse GP.

    Massa diz que Williams admitiu erro, ri de ordem, mas chefão faz alerta, os pilotos correm para a equipe:

    “Tudo o que falamos sobre ordens de equipe vira uma guerra na imprensa. Não quero comentar. Apenas repito o que sempre falei. Os pilotos competem pela equipe e não para eles próprios.” Mesmo discurso da Ferrari!!!

    http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2014/04/03/massa-diz-que-williams-admitiu-erro-espero-que-nao-volte-a-acontecer.htm

    Melhor coisa é deixar os pilotos disputarem na pista, os engenheiros estão controlando muito os carros pelo rádio, ainda querem controlar as disputas, assim fica difícil…

    Acabem com a informática nos carros e boxes, desde que isso chegou ao mundial em 1984(era moderna da F-1), mais atrapalhou que ajudou a vida dos pilotos! Outra coisa que já encheu o saco, comunicação via rádio só serve pra atrapalhar.
    Cortando informática e rádio, os custos vão cair drasticamente, projetar carros só na base do lápis e papel, 100 pessoas na equipe é mais que o suficiente. Com isso, o piloto voltar a ter 50%¨de valor no desenvolvimento e acerto do carro. A formula é a mesma da temporada 1983, nos carros, somente parte elétrica, mecânica e hidráulica. Sem essa maldita “caixa preta”, sem essa droga de telemetria.

    Alonso vê F1 menos física e diz que nem ingeriu líquido durante corrida na Malásia: “Às vezes nem suo” .

    Vamos fazer a coisa direito, a cartolagem só quer saber de enriquecer…e a informática na F-1 deu um belo empurrão, quantos patrocinadores de peso apareceram com essa tecnologia avançada? Patrocinadores tradicionais como Malrboro com o tempo sumiu. Não tenho esperança que isso mude, para as fábricas quanto mais tecnologia melhor para desenvolver carros de rua, e sem informática grandes patrocinadores vão sumir, isso a cartolagem não quer, seria centenas de milhões a menos no bolso…

  9. Ponto positivo para Total Race…foi buscar os “podres” da Williams no passado!

    Ordens de equipe não são novidade na história da Williams:
    http://totalrace.com.br/site/noticia/2014/04/historico-de-ordens-de-equipe-nao-sao-novidade-na-williams

    Vários pilotos europeus fizeram jogo de equipe, nunca deu confusão, e o Rubinho querendo se fazer de única vítima naquele maldito GP da Áustria 02…

    Um episódio curioso marcou o GP Europa – 85, primeira vitória de Mansell na F-1. Rosberg era o segundo nas voltas iniciais atrás da Lotus de Senna. Na volta seis, tentou uma ultrapassagem em cima de Ayrton, que acabou o fechando e o fazendo rodar. Sem culpa, Piquet acabou batendo no carro do finlandês e furando o pneu da Williams. Com Piquet fora, Keke foi aos pits trocar o esquerdo traseiro. Em um pit stop que demorou estranhamente mais do que o normal (19.75 segundos), Rosberg voltou exatamente à frente de Senna. O piloto reduziu o ritmo e trancou o brasileiro, que ficou à mercê do ataque de Mansell, que acabou o passando para vencer.

    Senna joga carro em cima de Keke e leva troco – GP Europa – 85
    http://www.youtube.com/watch?v=a5g27PZt8gI

    Airton também não tinha nada de “santo”, no vídeo abaixo jogou sujo pra ficar com a pole no GP de Mônaco – 85. Sinceramente, lembrando destas coisas eu fico pasmo de ver como é que alguém pode considerar Senna como modelo de bom comportamento. Enfim, a mídia é capaz de tudo.
    http://www.youtube.com/watch?v=FStK3JlFa8w

    D.Hill entrega liderança a Prost GP Canada – 93
    http://www.youtube.com/watch?v=2HSAm0pZS04

    D.Hill entrega liderança a Prost GP França – 93
    http://www.youtube.com/watch?v=sAP9Smmix3U&feature=youtu.be

    Comentários aos 10 min sobre favorecimento a Prost – Itália 93
    http://www.youtube.com/watch?v=4PsIAE2NfVA

    Se o novato D.Hill vence no Canadá e França, ia botar enorme pressão em Prost no início de temporada, a equipe inglesa não permitiu que seu piloto inglês fosse pra briga com Prost.

    Leme: “Williams admitiu ordem para Prost ser campeão em 93.
    http://www.youtube.com/watch?v=64nMDgrzkMo&feature=youtu.be

    Coulthard entrega liderança a D.Hill – GP Portugal – 1994
    http://www.youtube.com/watch?v=yqY9_JSa5BU&feature=youtu.be
    *O escocês foi até na parte suja da pista para facilitar para Hill.

    A Williams fez até “jogo de equipes” na Formula 1, Villeneuve abriu mão da vitória e deixou Hakkinen e Coulthard passar.
    F1 1997 European GP: Hakkinen pass Coulthard and Villeneuve
    http://www.youtube.com/watch?v=3RMX9NiBZd0
    Observem que houve ordens também dentro da Mclaren, era para Coulthard vencer, estava a frente de Mikka na corrida! Abaixo a conversa pelo rádio:

    _Mikka P3 perto, Coulthard abra para Mikka na reta dos boxes.

    “Repita por favor”

    _Abra para Mika nos boxes, OK?

    “Desculpe não entendi…interferência”

    Nesse momento, furioso Ron Dennis pega o rádio e dispara:

    _COULTHARD, AQUI É RON DENNIS!!! SE VOCÊ NÃO DEIXAR MIKKA PASSAR NESSA VOLTA, VOCÊ SERÁ DEMITIDO, ENTENDEU?

    Na corrida seguinte já em 98, David nem questionou…baixou a cueca sem reclamar!

    David Coulthard allows Mika Hakkinen – AUS 98
    http://www.youtube.com/watch?v=aHd8n1D4wkM
    Era a primeira corrida do ano, que papelão Mclaren…

    Bizarro é os teleguiados da Globo ir pelo Galvão e satanizar Ferrari e Schumacher, ordens sempre existiu em várias equipes…

  10. A Williams fez até “jogo de equipes” na Formula 1, Villeneuve abriu mão da vitória e deixou Hakkinen e Coulthard passar.

    F1 1997 European GP: Hakkinen pass Coulthard and Villeneuve
    http://www.youtube.com/watch?v=3RMX9NiBZd0

    *Observem que houve ordens também dentro da Mclaren, era para Coulthard vencer, estava a frente de Mikka na corrida! Abaixo a conversa pelo rádio:

    _Mikka P3 perto, Coulthard abra para Mikka na reta dos boxes.

    “Repita por favor”

    _Abra para Mika nos boxes, OK?

    “Desculpe não entendi…interferência”

    Nesse momento, furioso Ron Dennis pega o rádio e dispara:

    _COULTHARD, AQUI É RON DENNIS!!! SE VOCÊ NÃO DEIXAR MIKKA PASSAR NESSA VOLTA, VOCÊ SERÁ DEMITIDO, ENTENDEU?

    Na corrida seguinte já em 98, David nem questionou…baixou a cueca sem reclamar!

    David Coulthard allows Mika Hakkinen – AUS 98
    http://www.youtube.com/watch?v=aHd8n1D4wkM
    Era a primeira corrida do ano, que papelão Mclaren…

    Bizarro é os teleguiados da Globo ir pelo Galvão e satanizar Ferrari e Schumacher, ordens sempre existiu em várias equipes…


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