F1 Coração de campeão - Julianne Cerasoli Skip to content

Coração de campeão

Motor Racing - Formula One World Championship - Abu Dhabi Grand Prix - Race Day - Abu Dhabi, UAE

Essa eu errei com gosto. Errei quando apostei em Nico Rosberg pelo título em nosso podcast do final da temporada passada. Errei porque imaginava uma luta igualada, mas uma temporada de difícil compreensão para Lewis Hamilton, piloto que sempre fora agressivo e levara o equipamento ao limite, algo que poderia jogar contra ele com o novo regulamento. Errei com gosto porque é pelo bem da Fórmula 1 que constatamos a evolução daquele que se tornou neste ano o britânico de maior sucesso da história do esporte.

Lewis dá uma dimensão humana a um esporte de mitos. De todos os pilotos do atual grid, é aquele que mais traz consigo a cada curva a montanha-russa de sua vida pessoal – tanto é verdade que chegou a pedir para que a família não o acompanhasse na corrida de Abu Dhabi, mas acabou aliviado com a visita surpresa que recebeu no domingo.

Não foi um caminho fácil desde aquele sofrido título de 2008. Tentando encontrar-se longe da pesada relação com o pai e um relacionamento tão turbulento quanto com uma celebridade, chegou até a usar uma carta que muitos achavam que sempre ficaria escondida dentro da manga: o racismo. Bom para Lewis que sua versão 2011, do “as coisas são piores para mim porque sou negro” ficaram para trás, dando lugar a uma auto-aceitação que abriu o caminho para sua melhor escolha na carreira.

O próprio Lewis reconhece que a grande decisão que fez na F-1 foi tomada com o coração. Mas, se era a libertação das amarras de Ron Dennis que buscava, acabou encontrando muito mais do que isso: um carro que vinha fazendo por merecer especialmente após a grande temporada que fez sem que muita gente percebesse em 2012 e uma nova dose de respeito por quem provou que também tem cabeça.

29 Comments

  1. Deu o que tinha que dar: Lewis Campeão 2014. Venceu o que mais acelera. Com confiança de guiar o carro #1 vai ser difícil segurar o Tri.

    Uma pergunta pra você JuCera. Em 2015 Lewis correrá com a Merça #1. E o #44? É dele também e fica reservado? O Nico continua com o #6?

    • O número 44 continua reservado para ele, mas ele pode escolher usá-lo ou utilizar o número 1. Todos os outros continuam com o mesmo número, a não ser Vettel, claro, que fica com o 5, que escolhera anteriormente.

  2. Eu quero começar meu insignificante (e longo rsrs) comentário prestando meu tributo e dando os parabéns para Rosberg e seus fãs, pois ele comprovou ter estofo e velocidade para ser campeão mundial. Desejo sinceramente que ele não encerre a carreira sem ganhar um título. Seria muito injusto para um piloto com o talento que demonstrou ter, por mim sempre reconhecido ao longo de todo o ano, embora eu o criticasse aqui e ali algumas por algumas poucas atitudes que não gostei nele, em meio ao seu processo de canonização que alguns ou muitos iniciaram aqui no blog e por aí também. Rosberg – sem favor nenhum – será sempre um perigoso (no bom sentido) competidor ao título, e, sobretudo, registro o seu notável estoicismo demonstrado nesta última batalha, digno de um grande campeão que cai de pé. E achei elogiável sua atitude, sua dignidade e sua esportividade cumprimentando Lewis depois da corrida. Rosberg conseguiu inclusive – com um carro igual – a façanha de bater em classificações o piloto que muitíssimos consideram como o mais rápido do grid. Não é pouca coisa. Nico Rosberg é com todos os méritos e verdadeiramente um dos Top 5, e a ordem fica ao gosto de cada um. Nico e Lewis formarão sem dúvida a dupla mais homogênea e mais forte do grid em 2015.

    Como um velho (na idade e na paixão) aficionado por automobilismo, nunca desmereci o talento dos pilotos que o tem, muitos deles em dose superlativa. Embora torcendo por Hamilton – dadas algumas características de sua tocada que a meu ver ele tem em proporção maior que outros e que me agradam mais – passei quatro anos elogiando em TODAS as oportunidades a genialidade de Vettel e continuo reconhecendo-a intacta – eis que um mau ano não apaga de jeito algum o seu excepcional retrospecto – ao invés de muitos que sempre INJUSTAMENTE desmereciam SebVet cotidianamente, atribuindo seu sucesso somente ao carro que ele pilotava e ao seu projetista Newey. Quem realmente ama e conhece o automobilismo também sabe apreciar a maestria e a velocidade de um piloto ao lidar com sua máquina, ainda que ela seja claramente superior às demais. O prazer de assistir a uma corrida não está apenas em ver ultrapassagens, mas também em ver como um piloto extrai a velocidade e o TUDO e mais alguma coisa de sua máquina, e o maior exemplo disso é o reconhecimento geral ao talento de Alonso, ou à maneira como Vettel era preciso e incrivelmente sem erros em seus 4 anos maravilhosos que lhe contemplaram com 4 títulos incontestáveis, ou ainda à garra, arrojo e determinação com que Hamilton brindou a todos (mesmo aos seus detratores) desde que estreou na F 1 em 2007, pilotando sempre para além de todos os limites. Agora, como aconteceu e também acontece com Alonso e Vettel, certamente vão começar a Hamilton os apedrejamentos por parte dos inconformados ou daqueles que vêem o automobilismo apenas como paixão e não compreendem suas dificuldades, pois é um esporte onde os competidores dependem vitalmente do que têm em mãos. A esses todos, a melhor resposta é a que esses gênios dão nas pistas, maior e melhor do que qualquer comentário que qualquer um possa fazer.

    Quanto à Hamilton, nem preciso falar muito, é o início ou, melhor dizendo, a continuação de uma lenda, que ele ainda está construindo, e que será certamente brilhante, sempre lembrada através dos tempos. Hamilton não precisará de quadros estatísticos em anuários (embora ele já tenha números superlativos): ele será sempre lembrado em textos, corações e mentes, assim como seus contemporâneos Alonso e Vettel. Eu, que sou viciado em automobilismo desde 1954 e mais intensamente em F 1 desde 1957, sinto-me privilegiado por ver esses três ases excepcionais em ação. Nada devem aos seus pares do passado, pois cada época tem suas peculiaridades e comparações são impossíveis.

    A registrar, ainda, a épica, magnífica performance do SUPERMAN Ricciardo, mais uma vez, e a brilhantíssima e velocíssima tocada de Felipe Massa, o piloto mais desconcertante do grid após a infeliz molada, posto que até então, se não era propriamente um gênio, era um excelente e sempre velocissímo piloto. Celebro o renascimento da Williams de tantas glórias.

    Por último, fica a minha torcida para que em 2015 vejamos os TOP 5 em carros parelhos e altamente competitivos, para que não haja quaisquer reclamações dos maiores vencedores – que somos nós todos que amamos esse esporte emocionante, eletrizante e altamente viciante.

    • Correção:
      embora eu o criticasse aqui e ali algumas VEZES por algumas poucas atitudes que não gostei nele

    • Concordo Aucan o nico rosberg valorizou muito esse campeonato do Hamilton ganhar do Hamilton em classificação realmente não é pra qualquer um, mas Hamilton teve mais vitórias foi mais rápido em ritmo de corridas e foi justo ele ser o campeão, como torcedor de Hamilton fiquei muito contente especialmente porque ele venceu com todos os méritos. Meu top 5 é Hamilton, Vettel, Rosberg, Alonso e Ricciardo, a ordem fica por conta de cada um. estamos tendo o privilégio de ver nas pistas grandes talentos juntos algo realmente raro.

  3. Impecável corrida de Hamilton, da largada até a chegada. Hamilton de fato melhorou a partir de 2012, mas seu emocional parecia ainda acusar nos momentos decisivos, e acho que isso pode ter ficado definitivamente pra trás.
    Justo!!! Foi campeão um piloto de verdade e não o “Webber com grife” do Rosberg. Mas apesar disso, deu pena a forma como ele perdeu, sendo superado por meio grid, sem rendimento no carro, não adiantando nem torcer por um abandono de Hamilton. Mas se o título já estivesse decidido, como seria de se esperar numa disputa entre Hamilton e Rosberg, ele não passaria pos isso. O castigo por Monaco e Spa foi cruel.

  4. Ju, eu erraria com gosto também. Mas como respeito e admiro tempestades e essas forças da natureza, inclusive humana, fiquei só mesmo na expectativa. Torci como quem espera o travão se afastar, sem argumentos.
    Não acho que o campeão usou esta ou aquela carta na manga. Acho (talvez ingenuamente) que ele aceita se fazer, se refazer, ao longo do caminho.
    Mas não sei analisar. Foi um grande campeonato. Nem me lembro de quanto tempo faz que não vibrava corrida a corrida desse modo. E o olhe que o primeiro título que me lembro é, salvo melhor juízo, o do pai do Nico…

  5. Muito feliz aqui, não tenho palavras, título merecidíssimo do inglês.

    Lewis na minha opinião já está entre os melhores de todos os tempos. Foi uma temporada de auto-afirmação (estranho falar isso de um piloto que está na sua oitava temporada) Lewis cresceu muito como piloto.

    O GP Abu Dhabi foi um resumo de como o inglês evoluiu, não que ele tenha deixado de ser um “racer”, negativo, a corrida de hoje desmente essa afirmação, mas o inglês agregou qualidades ao seu já excepcional talento.

    Já na largada Lewis demonstrou que não se abateu pelo “trash talk” do seu companheiro, e muito menos deixou que a pressão atrapalhasse seu rendimento, foi impetuoso e passou Nico na largada, quando teve que acelerar pisou fundo, poupou equipamento quando tinha que poupar, não cometeu erros foi perfeito.

    Mas pra mim a cereja no bolo foi quando, mais uma vez, Lewis demonstrou o quanto evoluiu em leitura de corrida. Quando seu engenheiro pediu pra acelerar quando o Massa estava mais rápido, Lewis recusou dizendo que não estava correndo contra o Felipe. Ora meus amigos se isso não é sinal de que estamos diante de um piloto em clara evolução, não sei mais o que ele pode fazer para convencer seus “haters”.

    Enfim, parabéns Lewis, Mercedes e Nico (perdeu com dignidade) pelo belíssimo campeonato, e venha 2015.

    • É verdade, MP4-23, permita-me algumas considerações adicionais: a força mental de Hamilton começou a ser demonstrada logo na abertura da temporada, em Melbourne, quando se viu diante do monumental trabalho de Sísifo que teria necessariamente de desenvolver ao longo de toda a temporada. Ver seu carro bichado já na volta de apresentação após ter voado para a pole e precisar vencer 4 vezes seguidas para superar um Rosberg que nunca tinha problemas requereu grande determinação. Daí para a frente, toda vez que ele conseguia chegar ao topo, algo acontecia fazendo-o escorregar para o fundo novamente, mas Lewis nunca se abateu, respondendo sempre com velocidade e arrojo na pista e, curiosamente, para todos os que sempre o criticaram acusando-o de estabanado e inconsequente, Lewis respondia-lhes transformando-se num piloto extremamente poupador, em todos os aspectos, desde o consumo de combustível até ao consumo de pneus, conforme incontestavelmente demonstravam os gráficos exibidos na TV ao longo das corridas. No fin das contas, conseguiu fixar duplamente a pedra NO ALTO, no pódio e na obtenção do título.

      Hamilton reafirmou sua já conhecida genialidade tanto em pista seca como em pista molhada, e provou poder ser campeão por mais de uma equipe, além de ter comprovado sua fácil adaptação a qualquer tipo de carro, já que os carros sob este novo regulamento apresentam características de pilotagem e peculiaridades operacionais bem diferentes dos que estava habituado a pilotar, como não a existência dos difusores soprados, a questão dos freios “brake by wire” que causou insegurança a vários outros pilotos e a transferência brusca e imediata de torque – característica dessas PU híbridas. Em suma, Hamilton provou mais uma vez que É UM PILOTO COMPLETO, na plenitude de sua habilidade, e seu título premiou uma decisão arrojada tomada extrapista, criticada por muita gente, Jackie Stewart inclusive, quando, abandonando sua zona de conforto, transferiu-se para uma Mercedes que era ainda uma incógnita, tendo a liderá-la na área de projeto um Aldo Costa defenestrado da Ferrari por seu suposto conservadorismo – Costa deve estar rindo muito e com toda a razão, depois de ter liderado esse projeto do W05, que se revelou um carro de outro planeta. Grande Aldo Costa!

      Mas arrojo e determinação são as principais marcas de Hamilton, que até na hora de cozinhar o galo em banho-maria, como o fez em Abu Dhabi, não deixou de botar logo muita pimenta na panela, fazendo uma largada fulminante, preparando o “galináceo” na frente de todo mundo e colocando sal de acordo com a necessidade, hahahaha, ou seja, até na culinária de galos Lewis sabe prepará-los com muito molho. . .

      • como A NÃO existência dos difusores soprados, a questão dos freios “brake by wire”

        • Caro aucam tudo bem? Acredito que sim, depois deste maravilhoso domingo que culminou com o titulo mais do que merecido deste espetacular piloto inglês.

          Uma coisa que eu nunca entendi foi o fato que, toda vez que há algum tipo de mudança de regulamento, toda a comunidade da formula 1 especialmente os detratores do piloto inglês correm para apontar que o mesmo será bastante afetado.

          Lembra quando proibiram o controle de tração em 2008? Os haters do inglês sedentos de sangue, foram unânimes em dizer que o piloto inglês perderia eficiência, mas para surpresa de todos (não a minha e acredito que nem a sua) Lewis manteve sua performance e ganhou o título naquele ano.

          O que dizer então quando FIA teve a “brilhante” ideia de introduzir pneus de menor durabilidade para dar uma apimentada nas corridas? É claro que o piloto inglês destruidor de carros e comedor de borracha não teria a mínima chance no novo regulamento, era o que se lia em todos o blogs sobre f1, pelo quatro cantos da internet. Mas o inglês se manteve competitivo e se adaptou ao novo regulamento.

          Mas, nada se comparou ao início deste ano, nesta nova formula 1 de carros altamente complexos, era comum ouvir que apenas pilotos de condução “macia”, inteligentes, capazes de lidar e entender o funcionamento dessas novas máquinas iriam sobreviver e pilotos como Lewis que só sabem “acelerar” iriam sucumbir a esta nova “seleção natural” imposta pela formula 1. Mas, para surpresa de muitos Lewis se adaptou e esta nova realidade e novamente se tornou campeão.

          Sou relativamente novo no mundo da formula 1, completei 20 anos em 2014 (tenho 31 anos, comecei em 94, aliás péssima temporada para um brasileiro se tornar um fã da categoria) chorei com a morte do Senna, torci pro Damon Hill em 94, acompanhei o jack villeneuve, vibrei muito com o colombiano Montoya, tive muitas frustrações e alegrias com o Rubens, mais confesso que nunca vi um piloto que desperta-se tanta “má vontade” nas pessoas como o Lewis, é o tipo de piloto que você ama ou odeia.

          Mas para mim que sempre gostei de piloto arrojados, que partem pra cima não foi difícil me tornar fã do inglês, espero que ele continue a nos brindar com mais domingos como este. E viva a Formula 1!

          Abraços.

          • “confesso que nunca vi um piloto que desperta-se tanta “má vontade” nas pessoas como o Lewis, é o tipo de piloto que você ama ou odeia”.

            Ja tive antipatia a Hamilton (o chamava de Rã-Milton, pra quem tem boa memória), hoje ele tem meu respeito. Ele também teve minha torcida nesse campeonato de pilotos de 2014. A minha antipatia vinha de coisas como a tal biografia que dizia que ele tinha sido campeão antes da temporada acabar; A mentira que foi induzido a falar pelos chefes da McLaren (Whitmarsh or Dennis, não recordo) na Australia… Coisas de que esta claramente mal orientado. Mas nesse ano ele lavou a alma! Sim! ficou um sujinho ali em Monaco 😉 mas amadurece com o tempo… Afinal, se não tiver como melhorar, amadurecer, acaba estragando! 😉

          • Caro MP4-23, sim, claro, como apreciador do bom automobilismo, fico feliz sobretudo pelo fato de o resultado do campeonato de 2014 espelhar a realidade incontestável: Lewis Hamilton é hoje – sob todos os aspectos – o melhor e mais arrebatador piloto do atual grid, não importa o que pensam os seus sempre enfurecidos e irascíveis detratores, que sempre comentam com o fígado e não com a razão, produzindo biliosos comentários sempre desconstruindo-o na linha do “delenda est Hamilton”. Do mesmíssimo jeito que os anti-Vettel faziam cotidiana e injustamente com o alemão, sempre desmerecendo seus feitos. Lamento muitíssimo que pessoas assim não tenham percepção histórica sobre o automobilismo, deixando inclusive, por isso, de apreciar os grandes nomes e grandes momentos desse emocionante esporte.

            Ótimas todas as suas observações, com as quais concordo plenamente. Aliás, parabéns pelos seus excelentes comentários, sempre bem embasados com fortes argumentos. Gosto de lê-los.

            Como tenho bem mais que o dobro de sua idade, apaixonado que sempre fui e sou por automobilismo, vivenciei contemporaneamente quase toda a História da Fórmula 1 e posso assegurar-lhe que Lewis Hamilton é um dos mais empolgantes pilotos de toda a já longa existência da categoria, que começou como campeonato estruturado desde 1950, como você CERTAMENTE sabe. Lewis faz parte daquela estirpe de pilotos que eu sempre apreciei e que chamo “dos meus”, gente que corre com o CORAÇÃO, que gera adrenalina e entrega a mais básica essência do esporte motor: a EMOÇÃO acima de tudo, expressa na extrema velocidade e no domínio do homem sobre a máquina contra as Leis da Física. Para citar apenas alguns mais famosos: Alberto Ascari, Moss, Brabham, Surtees, Clark, Gurney, Rindt, Beltoise, Stewart, Amon, Peterson, Lauda, Hunt, Piquet, Senna, Pace, Bellof, Mansell, Gilles Villeneuve, Arnoux e, mais atualmente, Alonso, Vettel e Ricciardo. Na Era pré-Fórmula 1 Moderna, o mais espetacular de todos: Tazio Nuvolari. Em tempos imemoriais, no início do século passado, como nos relata Robert Daley em seu livro Cars at Speed, George Boillot, lendário e ousado aviador de combate na Primeira Guerra Mundial e piloto de automóveis. No Rally, Aaltonen, Rohrl, Vatanen, Markku Alen, Toivonen, Kankunnen, Makinen, McRae e Loeb. No Brasil, Bird Clemente – o inigualável mestre das Berlinetas Interlagos (virava-as pelo avesso, inclusive na neblina noturna), e Camilo Cristófaro, o Lobo do Canindé, mago das inacreditáveis carreteras (com esse tipo de carro havia também vários bons gaúchos, como os Andreatta e o Bertuol). Aí nessas minhas listas não há cozinheiros de galos, só gente que pilotava com o coração na disputa de cada centímetro de pista, como faz Hamilton, sempre dentro daquela filosofia do “Maximum Attack” do Markku Allen ou do Walter Rohrl, para quem apenas vencer não era suficiente, e sim vencer com a máxima distância possível para o segundo colocado. São pilotos assim que levantam arquibancadas, que produzem as mais fortes emoções, que vão pra cima, e, da mesma maneira que para você, aqueles que realmente me empolgam. Nada de ramerrames cerebrais enfadonhos, de pilotos de espera, que só produzem tédio e sonolência.

            Forte abraço.

            PS: Lívio Oricchio agora está (acho que provisoriamente, pelo menos) no blog do Fábio Seixas, você

          • PS: Lívio Oricchio agora está (acho que provisoriamente, pelo menos) no blog do Fábio Seixas, você já sabia?

  6. Francamente, Ju, achei quase desleal a citação q fez a respeito do racismo em 2011. Da forma que colocou, quem n conhece o episódio de 2011 e seu contexto, a leitura é q ele de fato se valeu disso.
    Sabemos que n passou de uma piada q, se dita por uma pessoa branca, ninguém teria dúvida de q foi uma piada. Em especial os telespectadores da Tv inglesa. Imagine a mesma frase sendo dita pelo inglês Button naquele contexto e todo mundo teria caído na gargalhada.
    Bem, pra quem n conhece o episódio, após o desastroso GP de Mônaco em 2011, onde Lewis se tocou com o Massa pela enésima vez naquele ano, forçando o brasileiro a abandonar, o q levou o inglês a ser punido pelos comissários, Ham foi pro cercadinho de entrevistas.
    Puto da vida com a decisão dos comissários, ele foi abordado pela TV inglesa. A reporter o perguntou pq os comissários vinham o punindo persistentemente.
    Diante da pergunta idiota, ele poderia simplesmente responder: Não sei, pergunte para eles.
    Ao invés disso, ele sarcasticamente disse, “talvez pq sou preto, como diz Ali G”.
    Ali G é um comediante britânico branco que faz um papel onde ele se caracteriza de negro e culpa os céus e a terra pelos seus infortúnios, sempre usando seu jargão “é pq eu sou preto”.
    Enfim, Lewis estava ironizando a pergunta idiota da reporter com uma piada bastante conhecida entre os ingleses.
    Claro, a imprensa precisa causar e desconsiderou totalmente a frase no contexto, em especial a parte “That’s what Ali G says”. E pro mundo a manchete foi “Hamilton diz q é perseguido pelos comissários pq é negro.”
    Bem o vídeo da entrevista segue abaixo. Quem sabe um pouco de inglês que tire suas próprias conclusões.
    https://www.youtube.com/watch?v=VBPBrJ74C8I
    Acho q vc, Ju, deveria ao citar o episódio, linkar o trecho do texto para as matérias sérias com todo o contexto da frase para q os leitores possam ter um entendimento imparcial do episódio.
    No mais, parabéns ao cara do carro 44 e seus torcedores.
    abc

    • Bem, pensando bem, Ju, as aspas que vc colocou no seu texto pode n se referir ao episódio que eu descrevi. O q colocou “as coisas são piores para mim porque sou negro” não tem nada a ver com o vídeo q o coloquei.
      Deve ser outra ocasião em 2011. Mas, procurei na internet e n achei.

    • Hamilton também estava brincando quando:

      – Insinuou sabotagem por parte da Mercedes?
      – Insinuou “jogo sujo” por parte de Rosberg?
      – Mentiu aos comissários (2009)?

      Então, ok. Vamos rir com o Inglês. Ótimo piadista!

      • Amigão,
        Pelo seu nick dá pra deduzir o time pelo qual torce e assim fica plenamente justificado o seu grande apreço pela história do Hamilton.
        Não vou aqui estragar o post em comemoração ao bicampeonato entrando numa discussão inócua contigo.
        Se tivesse contestado o que eu disse, talvez valeria a pena lhe responder.
        Mas, como eu disse, cada um q tire sua conclusão sobre o q ele disse em 2011. Apenas pedi q autora do post pelo menos contextualizasse.
        A propósito, sua lista de canalhices do Hamilton está bem incompleta.
        Beijo na sua alma ferrarista e fique bem.

        • – Insinuou “jogo sujo” por parte de Rosberg?

          Parece até que Rosberg de fato, não se utilizou de jogo sujo kkkkkkk’ O cara admitiu que deixou a batida de SPA acontecer para ‘provar seu ponto’ Mas que ponto?
          Isso para não falar de Mônaco…

          • Jogar sujo foi o que Rosberg mais fez. Ao inves de se procupar em como melhorar em pista, ficou com os seus joguinhos emocionais…ahahah. No final tudo que ele desejava pro Lewis aconteceu com ele. Tudo que ele previu q. seria o Lewis, caiu em cima do colo dele. Quem sabe na próxima vez ele repense as atitudes…que ser Dick Vigarista nao vale a pena.

          • Alesi,

            Erros acontecem. Prove que Rosberg jogou sujo na Bélgica/Mônaco!

            Bélgica > Rosberg quis apenas provar que, a partir daquela corrida, não tiraria mais o pé numa disputa com Hamilton. A batida não foi intencional, mas sim, uma triste consequência.
            Ademais, o Alemão foi inocentado tanto pelos fiscais quanto pela Mercedes.

            Mônaco > Hamilton nunca errou em classificação?! Rosberg é o “senhor perfeito que nunca erra”?! Acorde pra realidade, cara! (já imaginou se eu começasse a ver ‘teoria da conspiração’ em TODOS os erros do Hamilton?! Aff!)

          • JL

            1º – Por favor, não seja unilateral! Todos nós (da internet, claro) sabemos que ambos fizeram “joguinhos emocionais”.

            2º – Você realmente acredita que Hamilton não desejou que Rosberg tivesse problemas durante o campeonato??? Faça-me o favor, né. 🙂
            (veja bem, sem os tais infortúnios, o chorão Inglês não teria levantado a taça)

        • LM

          1º – Tenho meus motivos para detestar a ‘lontra no cio’ do Hamilton. E torcer pra Ferrari, acredite, não é um deles (se fosse, detestaria Jenson Button e adoraria Fernando Alonso).

          2º – Ao contrário do que expôs, JÁ ENTROU na discussão.

          3º – Contestei, sim, o que você disse (citando outras “piadas” de Hamilton).

          4º – Por favor, ajude-me a completar a “lista de canalhices”. 🙂

  7. Hamilton mereceu o bi de forma brilhante
    Sabotaram o carro errado hahaha ainda bem
    Melhor piloto melhor carro 11 vitorias e umas 3 de forma brilhante coroam esse belo trabalho da mercedes
    Esporo q 2015 a mclarem com alonso, ferrari com vettel e willians com bottas reajam a ponto de equilibrar os carros …pq a red bull dominou parte ou segunda metade do campeonato,,,mas as mercedes dominaram todas sem excessao so perdeu quando tiverem problemas ,,,,espero q 2015 seja equilibrado pro bem da F1u

  8. Aguardo ansiosamente e nessa ordem os seguintes acontecimentos:

    Credencial de fechamento da temporada com Ico, Julianne Cerasoli e Gabriel Lima (que anda sumido do credencial…)

    Definição “oficial” dos pilotos da McLaren

    Credencial da pre-temporada de 2015

    Abertura do campeonato!

    Pessoal do Total Race, sem pressão! 😉

    Abraços e muitíssimo obrigado pelas informações ao longo do ano!

  9. Julianne, vou repetir porque o sistema não está captando: o quanto de importância podemos atribuir a Pat Symmonds nesse extraordinário reerguimento da Williams? Pode ser matéria para a entressafra.
    Abraços.

    • Só mais uma variável pra equação…
      Sou anti-teorias da conspiração, mas quando vc considera que Toto Wolff tem um pé na Mercedes e outro na Williams (sua esposa, inclusive, é piloto de testes em Grove) fica fácil, pra mim, suspeitar desse grande avanço repentino da Williams de 2013 para 2014.
      Quando vc considera tb q a McLaren, em princípio, deveria estar ocupando o lugar da Williams nesse ano, em função de sua estrutura e do tamanho de seu cofre, mas ao mesmo tempo lembra q a parceria Brackley-Woking está sendo desfeita nesse ano, surge mais uma pulga atrás da orelha.
      Em suma, Toto tem motivos demais pra deixar passar para a Williams alguns dados “especiais” das unidades de força e nenhum motivo especial para ajudar McLaren e FI. Ao contrário, os ingleses poderiam se valer de tais informações especiais para passar para os japoneses nesse ano de transição e os indianos vivem ameaçando não pagar a fatura dos motores.
      É possível q no segundo semestre, assutados com a surpreendente recuperação dos (dados como mortos nos testes da pré-temporada) rubro-taurinos nas primeiras corridas, fez com q o fluxo de informações de Brixworth para Grove tenha aumentado bastante. O q justificaria a repentina melhora de performance do time de Massa mesmo em pistas com alta carga aerodinâmica como na corrida de ontem. Essa melhora se deu sem grandes mudanças nos aspectos aerodinâmico do carro. Basta comparar as fotos da Austrália e de Abu Dhabi.
      Enfim, para mim, seguindo essa teoria tola, não foram aspectos técnicos q ajudaram a Williams a voltar a ser uma equipe “grande”, mas, sim, aspectos políticos.
      http://cdn-.motorsport.com/static/img/mgl/1600000/1670000/1672000/1672200/1672219/s8/f1-australian-gp-2014-toto-wolff-mercedes-amg-f1-shareholder-and-executive-director-with-c.jpg
      http://www.auto123.com/ArtImages/154625/f1-bottas-wolff-inline.jpg

    • Diz ele que só corrigiu conceitos aerodinâmicos básicos e delimitou melhor a função de cada um, mas analisar o crescimento da williams está nos planos para nosso “tenebroso inverno”

  10. Aucam brigado pelos comentários, posso afirmar que ler os seus comentários aqui neste espaço é um dos meus “highlights” nos finais de semana que temos corrida,

    Agora respondendo sua pergunta acima, vi sim, acho que o Lívio está no globo.com agora. Mas não sei dizer se ele entrou na equipe ou se é apenas um especial para a última corrida do ano.

    Abraços…


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