F1 Inconsistências - Julianne Cerasoli Skip to content

Inconsistências

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O GP da Hungria foi o palco de mais uma – esperada – vitória de Lewis Hamilton, que finalmente o alçou à liderança de um campeonato em que tem abusado dos erros mas, ainda assim, superado com frequência o companheiro Nico Rosberg. Para o alemão, restou a frustração de mais uma vez não ter conseguido bater o inglês em condições iguais.

E isso foi verdade tanto na corrida, quanto na classificação. A mesma FIA que prometeu reforçar a regra da bandeira amarela dupla, que obriga o piloto a diminuir “significativamente” a velocidade e estar pronto para parar, após culpar Jules Bianchi por ter sofrido o acidente que o vitimou justamente por não ter cumprido tal determinação, absolveu o alemão. Em sua defesa, Rosberg disse que os 20km/h que diminuiu ao frear 30m antes do normal são “um mundo diferente em um carro de F-1”. E justificou a perda de apenas 0s1 pelo fato de ter conseguido, justamente por estar mais lento, reacelerar antes na curva. “Estava mais rápido porque a pista estava mais rápida e eu estava forçando em todas as curvas. Então ficou muito claro para os comissários e foi por isso que eu não fui punido.”

Mas ninguém no paddock concordou. Rosberg se comportou como se houvesse uma bandeira amarela normal em uma situação na qual havia um carro na área de escape, perto da pista, no final de uma curva cega. E, em tempos nos quais se discute uma séria intervenção como o halo para aumentar a segurança, é difícil sustentar uma decisão como esta.

Depois de vencer ano passado e de prometer um desempenho muito melhor do que o de Silverstone, a Ferrari encarou a dura realidade em Budapeste: não apenas viu a Mercedes vencer com quase 30s de vantagem, como se viu superada, ainda que marginalmente, pela Red Bull. Isso, mesmo com o clima quente fazendo com que a Scuderia estivesse com seu melhor cenário no domingo.

A Red Bull, por sua vez, parece estar em franca evolução. Difícil saber até onde isso vai continuar, pois a tendência é que os esforços sejam colocados totalmente no carro do ano que vem, quando a equipe tem a chance real de voltar a dominar. O próprio Ricciardo reconhece que a chegada de Verstappen, que mais uma vez foi um dos nomes da corrida por sua agressividade – uma pouco exagerada, diga-se de passagem – colocou fogo na equipe e foi boa para ambos.

Enquanto isso, a Williams mais uma vez se viu perdida entre configurações, peças novas e velhas, acerto, compreensão dos pneus. O time somou apenas quatro pontos nas últimas três provas e já começa a incluir até a McLaren em suas ameaças reais para a segunda metade.

Bastante comentada neste final de semana devido à venda para os investidores suíços que, na verdade, têm outro endereço, a Sauber teve seu momento de glória na temporada com Felipe Nasr andando muito bem na chuva na classificação. A oportunidade, contudo, foi jogada no lixo com um erro de timing no Q2 e a saga de ser o único time sem pontos no ano até aqui continua.

6 Comments

  1. O pior é quando os comissários não são capazes nem de aplicar o que está escrito no livro de regras: http://es.motorsport.com/f1/news/107-regla-clasificacion-hungria-red-bull-force-india-bottas-801660/?s=1

    Não que no caso os pilotos envolvidos sejam impedidos de correr, mas ao menos poderiam receber a sanção de largar do fundo do grid.

    Fórmula-1, que acompanho há mais 25 anos, tem me cansado muito ultimamente. Já penso seriamente em não perder mais as manhãs de sol de domingo em troca disso.

    Pretendo ficar só com a Motogp que é melhor.

    • Aliás, só para comentar: Lewis Hamilton jogou uma casca de banana e induziu a Red Bull a cometer um erro com Ricciardo. Diminuindo o ritmo, fez acreditar que a Red Bull tinha um ritmo superior com os pneus macios. Assim que o australiano antecipou a parada (para aplicar o undercut), a Mercedes não reagiu à parada e Hamilton aumentou o ritmo. No fim, Ricciardo ficou muito mais vulnerável a Vettel e nem ameaçou as Mercedes.

      Rosberg será o primeiro a não conquistar o título após vencer as quatro primeiras provas. Não adianta: ele é bom, mas não nasceu para ser campeão.

  2. A “questão” éh que, este pessoal que fazem as regras e àqueles que estão na ponta pra executa-las, acham que nós os torcedores, somos um bando de ignorantes! Já comentei que não éh de hoje que estes kras da FIA fazem vista-grossa para algumas das infrações especialmente (desculpe aê os torcedores) as peripécias do Nico-Rosberg. Achei o cumulo do absurdo quando o Button por rádio advertiu a equipe que tava com o pedal do acelerador no assoalho fazendo com que logicamente, que o seu engenheiro o orientasse o que fazer pra não quebrar o equipamento. Daí foi obrigado, depois de uma decisão dos delegados, que teria que fazer um drive-thru… Decididamente há um grande “nonsense” nestas regras kducas e as decisões. Acho que a F1 esta tomando um rumo muito nocivo para o seu futuro que em um determinado momento, pode se tornar sem retorno ou cura.

  3. “O GP da Hungria foi o palco de mais uma – esperada – vitória de Lewis Hamilton, que finalmente o alçou à liderança de um campeonato em que tem abusado dos erros”
    Quais foram os erros???????
    O cara vem sendo prejudicado com problemas de confiabilidade em várias corridas.
    O companheiro de equipe vem sendo ajudado de todas as formas infringindo várias regras sem ser devidamente punido.
    E vem falar de erros de Hamilton
    Não entendi nada

    • Vejo erro do Hamilton talvez no GP da Espanha. De resto, ou ele teve problemas na sua Unidade-de-Potência ou foi “achado” por alguem na pista. Esta temporada creio que só terá o seu desfecho no ultimo GP.

    • Ué, em Baku o cara se perdeu sozinho tentando mudar o mapeamento do motor – além do erro no classificatório (faltou interesse , no mínimo, em tentar o melhor domínio possível de uma pista inédita).


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