F1 Drops do GP dos EUA entre gatos e duelo de calças - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do GP dos EUA entre gatos e duelo de calças

A acomodação do GP dos Estados Unidos – um Airbnb, já que é uma das hospedagens mais caras do ano, junto de Mônaco e Austrália – tinha um quarto bem maior que no Japão. Mas um “visitante” pra lá de inesperado. Um gato embalsamado. É sério. Vi o gato parado numa estante como se estivesse dormindo, com um recado. “Ele dorme bastante, não o pegue, e queremos que ele fique por muito tempo aqui.” Suspeitei que não era exatamente um gato vivo, mas esperei algumas horas para ver se ele se mexia. E nada. Por cinco dias.

 

O fim de semana do GP dos Estados Unidos começou com uma batalha das calças no cercadinho na quinta-feira. De um lado, Daniel Ricciardo com uma calça preta super justa. De outro, Lewis Hamilton e uma calça larga, zíperes na parte da frente dos pés à cintura, e uma barra que imita calça de bombeiro, segundo ele. Ricciardo perguntou por que diabos ele usaria uma calça de bombeiro e Lewis disse que Calvin Klein.

 

Como vocês sabem, Hamilton tem uma coleção assinada na Tommy e fez propaganda indireta de outra marca. A Mercedes contornou a situação nas mídias sociais publicando as fotos que Hamilton e Ricciardo tiraram juntos e enfatizando o tênis laranja Puma – esse sim, parceiro da equipe. Ufa!

 

Estou tentando saber mais a respeito dos pilotos sobre os quais falei nos drops do Boteco F1. Depois de ter falado com Pierre no Japão, saí perguntando para os outros quem era o melhor antes da F-1. Charles ficou em cima do muro, e depois de terminada a entrevista eu o cutuquei dizendo que Pierre tinha dito que Max foi melhor que ele no kart. Ele não gostou muito, pensou um pouco, e disse que mantinha o que tinha afirmado na entrevista. É ou não é o bom moço da turma?

 

Cada vez descubro mais histórias interessantes sobre essa jovem geração. Acredita que Gasly queria ser jogador de futebol e foi Ocon quem o convenceu a seguir no kart?

 

Esteban, inclusive, não tem dúvida: seu velho rival vai chegar na Ferrari lutando pelo título já no ano que vem. O francês, inclusive, já fala como piloto Mercedes em 2020 – o que é mais um objetivo do que algo concreto no momento. Ele não quis a vaga de Russell na Williams porque não queria assinar por mais de um ano, justamente para estar livre caso Bottas não dê conta do recado ano que vem. Mas ainda tem chance de correr pelo time inglês, que percebeu a besteira que é dar preferência aos pagantes. Mas, no caso do francês, ele só pode ficar com a vaga se o time encontrar mais 10 a 15 milhões de euro de patrocínio de alguma outra fonte. Caso contrário a preferência é Kubica.

 

Russell chegou no simulador e foi mais rápido que Stroll e Sirotkin de cara. Antes, já tinha impressionado a chefe Claire Williams. Ela contou que eles se encontraram pela primeira vez na Alemanha e que, daí em diante, ele sempre veio conversar com ela, em todas as corridas. E com um bloquinho de anotações que a deixou bem curiosa. Ficou subentendido que o comportamento foi bem diferente da atual dupla.

 

As movimentações do mercado mostram o bom nível da F-2 neste ano. Russell e Norris estão confirmados, e Albon tem chances na Toro Rosso. Isso fez com que vagas para terceiros pilotos fossem abertas e Sette Camara aproveitou isso e a parceria com a Petrobras para cravar seu lugar.

 

Falando em futuro, o GP do Vietnã deve ser confirmado na primeira metade de novembro, para entrar no calendário em 2020. A corrida será num circuito meio permanente, meio de rua, em Hanói. Mas há quem diga que só faltam “detalhes” como ver a cor do dinheiro. Depois de todo o carnaval em cima de Miami, seria um desgaste muito grande anunciar outra prova sem algo 100% concreto.

 

Diferentemente do que foi reportado, o GP do Brasil paga, sim, taxa para receber a corrida. Mas é fato que está longe de ser um dos contratos mais lucrativos da temporada. Isso foi negociado por Bernie Ecclestone quando a Globo parou de investir no GP em si, e o motivo é bem claro.

5 Comments

  1. Ju, eu tenho uma enorme curiosidade. Sem a Globo, a organização do GP do Brasil tem que se virar com recursos próprios e fim?

  2. Caramba! Somente agora a direção da Williams percebeu a burrice que é um piloto pagante? Não bastou Maldanado para ensinar a eles, ainda precisaram de Sirotikin e Stroll para finalmente se darem conta do tamanho da besteira que é um piloto pagante.
    Uma curiosidade Julianne:
    Como que começou essa história do Vietnã? Um país sem a menor tradição no automobilismo e que só é conhecido mundialmente devido à guerra com os E.U.A, fora isso, nunca nem se havia ouvido falar em Vietnã.
    ah! e o melhor da nova geração é o Occon.
    Grande abraço a todos do Blog!

  3. só eu que acho o Ocon um piloto superestimado… ele não me enche os olhos.

  4. O gato de Austin é na verdade uma câmara para ver se vc não era uma terrorista cheia de bombas!

  5. Se me lembro certo do que li sobre Alain Prost, o tetracampeão – francês como o Gasly – também pretendia ser atleta do futebol em sua juventude, mas claro a vocação para o automobilismo foi mais forte.


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