F1 Turistando na F-1 e mantendo a tradição de Ayrton - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F-1 e mantendo a tradição de Ayrton

A cara de Silverstone: o pato, por culpa do Ayrton

O melhor lugar para comer: Acho que o melhor é ficar nas ales mesmo

O que evitar: Aquele lugar que fica aberto até tarde da noite e vende ao mesmo tempo kebab e pizza.

 

Quem acompanha o Turistando desde o início já sabe a história do pato de Silverstone. Na verdade, o restaurante chinês Rice Bowl (nome original, não?) fica na cidadezinha de Towcester, perto do circuito, e é administrado por uma família, capitaneada por uma mãezona bastante ácida. Por isso, é melhor não titubear no pedido: vai no pato mesmo.

A ida ao Rice Bowl é uma tradição que já tem décadas e vem da época de Ayrton Senna. Não me pergunte por que, mas ele adorava aquele lugar, e inclusive sempre sentava na mesma mesa. E não era o único. As paredes são forradas com fotos de Schumacher e Rubens Barrichello. Eu, inclusive, já estive por lá com Rubinho e Felipe Massa, na época em que o contingente brasileiro era mais numeroso!

Hoje com o reforço dos alemães, que também têm a tradição de ir atrás do tal pato, possivelmente algo começado por Schumacher, continuamos as visitas anuais. E posso dizer que o roteiro é sempre parecido. Chegamos todos mortos de fome, acabamos nos enchendo de mandiopã até que chega o pato, umas mini panquecas, um vegetal que me parece ser aipo ou algum parente, e um molho meio doce, talvez de ameixa. Você vai montando as mini panquecas e comendo até perceber que tinha de ter parado uns 30 minutos antes, e sempre alguém vai dizer que “dessa vez o pato está seco”. Depois de alguns anos passando pelo mesmo processo, cheguei à conclusão que o pato é seco e ponto. Algo que foi confirmado para mim ao comer aquela tal perna de pato do El Trabuc, na Espanha, lembram? E dá-lhe biscoitinho da sorte.

Não que haja grandes opções na acanhada Towcester. Como toda cidadezinha inglesa, tem sempre o indiano, aberto quase 24h, assim como a loja de kebab, e por lá já vi também um restaurante do Nepal, mas não encontrei ninguém para me acompanhar.

A boa notícia gastronômica, contudo, é que quem vai ver o GP dificilmente consegue hospedagem em Towcester. O mais fácil é Milton Keynes – e também mais prático pela ligação direta com Londres de trem. É uma cidade mais nova e com muitos imigrantes, o que ajuda na variedade da comida. Lembro de ir em um ótimo tailandês por lá, chamado Banana Tree. Isso deve fazer uns três ou quatro anos, então se eu lembro é bom sinal!

Na via das dúvidas, já que estamos na Inglaterra, o mais seguro é ir para o pub, onde os pratos não são brilhantes, mas são generosos. E nada de fish and chips, por favor, as tortas são mais saborosas. E, claro, ir para o pub e não tomar uma cerveja – de preferência uma ale – não deveria ser permitido. Para completar o clima britânico, vá em um dia de pub quiz. Vai ser difícil ganhar porque as perguntas geralmente são para inglês ver, mas vale a experiência.

Falando em Inglaterra e experiência, por que não experimentar o English Full Breakfast? Nunca consegui encarar tudo, até porque tem um negócio (não tenho outra palavra para descrever) chamado black pudding que é feito de sangue de porco e não apetece muito. Mas dizem que o café da manhã britânico é um dos melhores rebatedores de ressaca que existe. Então, tá fechado: ales para o jantar, Full English de manhã.

O curioso é que, mesmo morando na Inglaterra, nunca comi o café da manhã deles por lá, mas vira e mexe vou na Williams às sextas-feiras de GP, quando eles oferecem o Full English à mídia britânica. Digo que acordei com uma vontade louca de comer feijão com molho adocicado, argumento que pago impostos na Inglaterra, e garanto minha refeição. Mas monto uma versão mais light: feijão (eu disse que estava com vontade, então tenho que comer), ovo mexido e cogumelos. E, quando a coragem está grande, encaro uma linguiça no café da manhã. É, pensando bem, se virar com comida na Inglaterra não é fácil…

3 Comments

  1. parece horrível….

    • Valeu Ju, grato pela dica!!

  2. Como assim ‘um negócio’? Morcela, uma delícia! E faz tempo que não faço feijão pro café da manhã, saudades…


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