F1 Turistando na F1 e os sabores de Abu Dhabi - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F1 e os sabores de Abu Dhabi

Hummus pra que te quero é o lema de Abu Dhabi, não muito diferente do Bahrein. A pasta de grão de bico e a carne de cordeiro são os carros-chefes – e a mistura dos dois, na foto, foi a melhor versão de hummus que já comi. E olha que foram vários nas minhas andanças pelo Oriente Médio…

Tenho que admitir, contudo, que não experimentei ainda nenhum dos pratos típicos de Abu Dhabi. Na verdade, é um pouco difícil escolher lugares para comer por lá. Na cidade, diferentemente das proximidades da pista, os estabelecimentos são muitas vezes tão simples que você fica meio sem saber se arrisca ou não, e não é raro acabarmos comendo em hotéis ou na pista mesmo, onde ganhamos um voucher diário para pegar um prato de comida (então minha tática é pegar uma salada ou sanduíche na sala de imprensa para comer à noite e almoçar na Mercedes, como forma de economizar também).

Aliás, falando em economizar, o melhor mesmo em Abu Dhabi é ficar no chá: como em todo país muçulmano, não é em todo restaurante que se encontra álcool e, nos Emirados, quando encontrar a bebida certamente terá preços proibitivos. Lembro de ter visto cerveja sendo vendida a 16 euros nas proximidades do circuito. Um copo, tá?

Feito o parênteses, tudo isso então significa que eu não experimentei pratos que tive de consultar o Google para conhecer. Aí está o top 5 da culinária local: harees, outra pasta, feita de trigo, frango e sal; machboos, arroz com carne temperado com especiarias como açafrão; safrona, uma sopa de carne com legumes, e madrooba, um tipo de peixe. Comer peixes e frutos do mar em Abu Dhabi – como também na vizinha Dubai – é uma ótima pedida sempre. Mar é o que não falta ao redor!

Todas essas comidas são bastante simples, mas o que marca a culinária árabe são os temperos: cominho, noz-moscada, açafrão, cardamomo, são todos temperos muito densos e que deixam a comida com um tom meio de terra, talvez para combinar com o cenário desértico ao redor. E sempre, claro, as refeições são acompanhadas de pão árabe, delicioso.

A exemplo do Japão, também gosto de ir no supermercado em Abu Dhabi para me perder nos temperos de lá – e nos pistaches também! Mas tenho que focar para ficar longe das sobremesas, divinas, apesar de extremamente doces. Há uns dois anos comprei halva no supermercado, pensando em levar para minha família no Brasil experimentar. Mas cometi o erro de abrir. E até hoje estão esperando a tal halva lá em casa.

Trata-se de um doce – muuuuito doce – com base de mel e gergelim, que pode ter vários acompanhamentos – no caso, comprei com pistache, um dos meus sabores preferidos na face da terra, e os culpo por ter acabado com um doce que não era pequeno em cinco dias (talvez quatro) sozinha. Falando em doce, além da clássica baklava, lokma é outra gordice boa de se comer naquela região, uma massinha doce frita, sobre a qual eu já falei no Turistando de Marrakesh no começo do ano. Era de lokma o cheiro que senti na rua e automaticamente associei à Jordânia, onde tinha conhecido a sobremesa.

Doces e hummus à parte, acaba não sendo uma etapa gastronômica para acabar a temporada até porque as atividades de pista começam mais tarde por lá e saímos quando a cidade está querendo mais é dormir.

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