F1 Drops dos bastidores do GP da Itália - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops dos bastidores do GP da Itália

Estava movimentado o paddock em Monza, com vários patrocinadores e VIPs tendo um gostinho do que é estar na Fórmula 1 dentro do autoproclamado templo da velocidade, mas me chamou a atenção um trio de orientais. A mulher não me era estranha, e depois lembrei que ela trabalhava em Suzuka, o que tornou mais fácil entender de onde eles eram. É uma empresa japonesa de investimento chamada Buzz, que tem parceria com a McLaren e também teria relações com um certo piloto choinês que está tentando entrar no grid. 

A maior chance de  Guanyu Zhou é com a Alfa Romeo. Fred Vasseur está conversando com vários pilotos, mas tem atenção especial no que está acontecendo na F2, e por isso, a decisão deve ser tomada mais para frente, pois ele quer avaliar o chinês e Theo Pourchaire, que faz parte do programa de jovens da Sauber, pelo menos até o GP da Rússia. 

Já aquela história de Nyck De Vries está sendo interpretada como uma estratégia de Toto Wolff de tentar atrapalhar as negociações de Alex Albon com a Williams. Como ele não teve sucesso, as chances do holandês também ficaram pelo caminho. Ele ganhou uma fama de piloto de difícil convívio, o que acabou travando sua carreira da mesma forma que outro piloto que acabou indo para a Fórmula E, Pascal Wehrlein. 

Albon, aliás, estava dando entrevista “escoltado” por uma assessora da Red Bull e dois da Williams. Segundo Wolff, é um contrato blindado contra espionagem, mas esse tipo de coisa é difícil de controlar. Na verdade, o que tem se falado é que a ida de Albon para a Williams é só o começo de uma parceria mais forte entre o time inglês e a Red Bull, que agora está se transformando em uma equipe-fornecedora no futuro próximo.

Emerson Fittipaldi também estava pelo paddock, de volta ao palco de seu primeiro título mundial, 49 anos depois, ao lado do filho Emmo. Vi gente estranhando que o bicampeão não cita os netos nas entrevistas, mas realmente é como se fossem duas famílias diferentes. 

Eles não eram os únicos brasileiros no paddock: Felipe Massa foi anunciado como embaixador da Fórmula 1, e Alan Adler, promotor do GP de São Paulo, estava por Monza também. E quem está animado para ir ao GP é Sebastian Vettel, e vocês vão se surpreender ao saber o motivo. Ele quer visitar a Fazenda da Toca, do Pedro Paulo Diniz, de produtos orgânicos. Para quem não sabe, o ex-piloto de F1 nem gosta muito de falar de seu passado, e mudou sua vida radicalmente, focando em sustentabilidade. Será esse o futuro do tetracampeão?

No domingo, houve mais uma rodada de negociações a respeito do motor que a F1 passará a usar em 2026 (ou 2025, já que este é um dos pontos ainda em aberto). Mercedes e Renault cederam na questão do MGU-H, que deve ser abandonado, contando que quem for entrar (Porsche ou Audi) se comprometa no longo prazo. O restante segue na mesma linha que estava sendo discutida anteriormente, com o uso de um combustível sustentável e uma unidade de potência com mais energia elétrica disponível.

Mas há um entrave: a FIA tinha proposto que a Red Bull fosse considerada uma fornecedora de motores nova, já que este será o primeiro motor que eles mesmos vão fazer. Mas as outras três (Mercedes, Renault e Ferrari) se opõem a essa decisão, que daria regalias, como a possibilidade de fazer mais testes, por exemplo. A próxima reunião está marcada para daqui a quatro semanas, mas eles precisam se entender rápido, para haja a chance de a F1 atrair novas montadoras. Aliás, a Honda tem sentado na mesa de negociações mais como observadora, para entender qual o futuro da F1.

Ah, e para quem ficou surpreso com o ótimo desempenho de Daniel Ricciardo neste fim de semana, ele tinha uma explicação bem técnica: “Eu fico mais rápido quando como pizza, e aqui na Itália é pizza todo dia.”

Na McLaren, também há outra explicação. Já faz algumas corridas que um dos profissionais envolvidos na produção dos episódios da Netflix me contou que a McLaren é uma das equipes que gostam quando são escolhidas por eles para serem acompanhadas durante o fim de semana, por acreditar que eles dão sorte. Outras, sabemos quem, acham o contrário. Depois da dobradinha em Monza, se depender de Zak e companhia, só vai dar laranja na Netflix.

2 Comments

  1. À guisa de curiosidade, já conseguiu entrevistar/falar com o Pedro Diniz alguma vez, Ju?

    Realmente, ele só aparece na mídia para falar da fazenda dele que é referência e tal.

    A última vez que vi ele falar algo sobre automobilismo foi no início dos anos 2000 quando era dirigente da Formula Renault, salvo engano.

    • Não, ele não gosta de falar sobre o passado. Até por isso seria interessante se o Vettel conseguisse fazer esse encontro acontecer


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