Drops dos bastidores de (mais) um domingo maluco da F1 em 2021 - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops dos bastidores de (mais) um domingo maluco da F1 em 2021

(Photo by Mark Thompson/Getty Images)

Sei que há muita frustração no momento pela maneira confusa como a direção de prova conduziu os momentos finais mas, olhando além disso, a Fórmula 1 já tinha vencido o campeonato quando todos chegamos a Abu Dhabi. O desânimo das últimas viagens dos anos anteriores tinha se transformado na celebração de um campeonato de gigantes na pista, cuja rivalidade forçou ambos a pilotar em um outro patamar, e obrigou as equipes a se debruçarem em cada detalhe. 

Era impossível apontar um claro favorito até que as luzes se apagaram no domingo. E o conjunto que claramente foi melhor em Abu Dhabi acabou perdendo o campeonato, em um daqueles plot twists que só 2021 explica.

Antes da festa… (Photo by Clive Rose/Getty Images)

A vitória de Max significa que a Netflix vai ter que fazer um baita rebolado de storytelling porque, embora a Red Bull esteja de portas abertas para a série, o holandês torce o nariz para as licenças poéticas, digamos assim, do Drive to Survive. Vai ser interessante ver como eles solucionam essa.

Não foi um final de temporada fácil para ele. Desde que chegou na Arábia Saudita, ele voltou a ser o Max de antes, aquele que não tinha aparecido por toda a temporada: o Max das respostas curtas, sempre jabs, que é sua reação quando se sente acuado. Ou pelo menos essa sempre foi minha impressão, tendo trabalhado na cobertura in loco toda a sua carreira. Havia um rumor de que as coisas não andavam tão bem no seu entourage, mas todos pareceram estar em harmonia para a corrida final, inclusive com mãe e pai no mesmo ambiente, o que é raro. E, depois da pole, ele virou de novo a chavinha, e voltou à versão mais segura, que tinha adotado no restante de 2021.

E pensar que a final pareceu até meio solitária para Hamilton em determinado ponto da prova

Do lado do entourage de Lewis Hamilton, havia muita confiança de que, depois daquela pancada que levou com a desclassificação no Brasil, ele seria imbatível. Eles apostavam na maneira como ele cresce na adversidade, pois, antes dos milhões de dólares e de mais de uma centena de vitórias, aprendeu a viver assim. 

Mas o campeonato acabou em decepção para ele, que sequer foi à área de entrevistas, já que a Mercedes não queria que ele falasse antes de saber o resultado dos protestos. A equipe se sentiu roubada, entendendo que julgou suas decisões com base em regras que não foram respeitadas.

Eles não eram os únicos buscando respostas. Naquela última volta, o repórter holandês assistia lado a lado com a apresentadora inglesa, e eles só arregalavam os olhos e se entreolhavam, quase não acreditando no que havia acontecido. Se tinha alguém torcendo para um dos dois, não dava para saber. O clima no paddock é bem menos bélico que o das mídias sociais. 

Mas havia uma sensação geral de que o final apoteótico tinha sido um tanto forçado. Os pilotos saíram dos carros um pouco perdidos, para dizer o mínimo. Ao invés de conversarem uns com os outros no cercadinho, como costumam fazer, desta vez recorriam aos assessores de imprensa para tentar concatenar os fatos. Fernando Alonso nem escondia a felicidade com o resultado final, trocando as críticas a Masi do sábado pela observação de quão incrível era presenciar uma decisão como esta. Outros, como Ricciardo, se diziam “sem palavras”, e não de uma maneira positiva. “Foi um show para a TV”, disse Norris depois de entender o que rolou na relargada.

Eles eram maioria na arquibancada, e devem ter gostado do som que estava tocando depois da prova. Só fiquei imaginando se, a esta altura, tinham ideia da confusão que estava instaurada no paddock… (Photo by Bryn Lennon/Getty Images)

As horas de espera no paddock foram se passando e membros graúdos de outras equipes e ex-pilotos iam fazendo e desfazendo rodinhas. “Parece que tem muita interferência de cima na direção de prova, não?”, dizia um. “Não sei o que estamos fazendo aqui. Isso vai a Paris”, resmungava outro, referindo-se ao tribunal de apelação. Se a Mercedes realmente seguir adiante com o apelo, é lá que as coisas serão decididas.

Verstappen teve de esperar até que os dois protestos da Mercedes fossem deferidos para comemorar no domingo. Ao invés de participarem da foto da vitória, os chefes iam e voltavam ao prédio da direção de prova, enquanto ele e Hamilton ficavam nos escritórios das equipes. O grito de campeão só saiu lá pelas 23h, pouco antes de o inglês ir embora, ainda calado.

13 Comments

  1. Parabéns pelo ótimo trabalho ao longo de todo o ano Julianne!
    Não acredito em reviravolta mas entendo que Michael Masi não pode continuar como diretor de provas da F1. O cara é um trapalhão, muito complacente pra não dizer incompetente!
    Boas festas!!!

  2. Ju, o campeonato foi fenomenal , os dois pilotos fenomenais, mas o Michael Masi foi o palhaco do ano…uma pena…nao tiro o merito da RedBull e do Max Verstappen mas a forma como o Masi decidiu o campeonato foi algo Hollywoodiano com sentido para mas os Redbull sao mais Cinamatografico que a Mercedes…enfim parabens para o Verstappen .

  3. Se a Fia não quisesse interferir e preservar as posições conquistadas em pista ela tinha duas opções:

    Bandeira vermelha, todos trocavam pneu, tirava os retardatários e que os dois se decidissem na última volta com igualdade de equipamentos.

    Ou

    Deixasse os retardatários atrás do jeito que estava.

    O cenário na última volta não poderia ficar mais perfeita para o Max com pneus macios e novos X Hamilton pneus duros de mais de 40 voltas, presa fácil para qualquer um que estivesse atrás.

  4. Eu ainda sinto raiva pelo que aconteceu ontem por causa da péssima gestão de Michael Masi neste ano. Na minha cabeça, a temporada de 2022 começou ontem logo após a bandeirada: internamente, a Mercedes já declarou guerra contra a RedBull e a FIA, e o inverso teria acontecido para os taurinos se o resultado tivesse sido diferente.

    Pior ainda: é termos testemunhado a ascensão da torcida do Verstappen que é mais tóxica e raivosa do que a do Senna e do Piquet juntas! É dessa gente que tenho mais raiva. Nenhum piloto merece ser apoiado por “gente” assim. E essa é (pra mim) a grande razão para Vettel não ter redes sociais.

    Dá uma respirada, fique longe de grupos pelos próximos dias, porque a coisa só vai piorar.

  5. Apesar de estar na torcida pelo Max, lamento muito pelo Lewis. Ninguém merece perder um campeonato dessa forma.

    Na hora quando vi o acidente do Latifi lembrei do Azerbaijão, quando deram red flag faltando algumas voltas para o final com a batida do Max. Achei que fariam isso – apesar de ser extremamente contrário! Mas não…

    Por isso, prefiro como era antigamente. Bateu faltando menos de 5 voltas, “fine gara”. Mas enfim… não mando em nada.

    Parabéns ao Max pelo título e pela ousadia, que sempre o marcou, na manobra final!

  6. O choro é livre!!! E aqui venho “cholar mais”, em cima de fatos!!! Do alto da minha insignificância, sem retirar uma vírgula sequer de tudo quanto tenho dito (inclusive pioneiramente neste Blog) sobre a genialidade de MAX VERSTAPPEN, eu lamento a maneira APEQUENADA como MAX obteve seu primeiro título. Diria mais, não foi digna da grandeza excepcional dele. Eu não queria e nem esperava que fosse assim, com tantas controvérsias. Quero e tenho certeza que o holandês ainda vai ganhar muitos títulos, quero que ele ainda tenha essa mesma “grinta” (como dizem os italianos) quando tiver 37 anos como HAMILTON, e tenho certeza de que vai reinar absoluto QUANDO HAMILTON SE RETIRAR,  caso tenha sempre um carro competitivo nas mãos, até porque nenhum – mas NENHUM MESMO – de seus atuais adversários neste grid que está aí é páreo para o desmedido talento dele, MAS MAX este ano ABUSOU de conduta ANTIESPORTIVA.

    Agressividade e ousadia são muito benvindas, são ESSENCIAIS a meu ver, mas dentro da ética do esporte. VERSTAPPEN várias vezes pleonasticamente serpenteou como um ofídio para não ser ultrapassado (precisava fazê-lo na reta de pneus vermelhos novinhos nesta última prova?) e aperfeiçoou uma técnica – diferente de espalhar –  de se lançar loucamente (por dentro) em velocidade incompatível para uma curva, com o OBJETIVO DE NÃO FAZÊ-LA e também não deixar seu adversário fazê-la ou completá-la. MAX também usou e abusou da técnica ANTIESPORTIVA de SENNA de se colocar em posição de deixar ao adversário a decisão de bater ou não, descrita primeiramente por MARTIN BRUNDLE. A Fórmula 1 não pode ser uma luta de Vale Tudo, não pode ser um derby de demolição. Várias vezes este ano HAMILTON teve que levantar o pé. MAX pode vencer sem recorrer a isso, sem apequenar seus feitos, já deu inúmeras mostras de que é possível, inclusive em cima de LEWIS, com ousadia e precisão cirúrgica.

    Quanto a HAMILTON, ele demonstrou que MAX – não obstante a genialidade – ainda tem um caminho a percorrer para alcançá-lo. Em ABU DHABI, HAMILTON, aos quase 37 anos, DOMINOU amplamente MAX DESDE A LARGADA, saindo com um pneu DESFAVORÁVEL e despachando-o, a despeito do pneu mais rápido que o holandês tinha. HAMILTON impôs o ritmo de corrida desde a largada, mesmo com pneu desfavorável. Por favor não se venha creditar isso ao carro MERCEDES, só HAMILTON em uma MERCEDES seria capaz disso. Aos quase 37 anos foi mais rápido nos reflexos na partida do que MAX, de 24 anos, isso é incrível, negar isso é negar o óbvio, seria desmerecer quem merece.  HAMILTON todo este ano foi superior à sua equipe, que cometeu várias pixotadas e ainda assim terminou campeã e ele não.

    BOTTAS deveria ter sido substituído por RUSSEL no meio da temporada. E SÉRGIO PÉREZ já está aculturado na FILOSOFIA da RED BULL, haja vista o que fez diminuindo o passo no meio da curva para prejudicar HAMILTON, mas é de se ressaltar que ele teve lampejos dignos de VERSTAPPEN. Quem imaginaria seu maior adversário na carreira – HULKENBERG – duelando “in extremis” em várias ocasiões com HAMILTON como ele (PÉREZ) fez mais de uma vez este ano? PÉREZ é melhor do que muita gente acha.

    A meu ver, MASI tem que ser substituído na função para o bem da Fórmula 1. E os comissários têm que ser melhor qualificados e treinados, inclusive quanto a regras, não importa se foram pilotos. E as atuais regras têm muitos conflitos, buracos e lacunas, que prejudicam o esporte. Tivemos um campeonato toldado pelas controvérsias, até em seu desfecho.  Francamente, horrível!!! A decisão sobre a corrida de SPA foi no mínimo discutível, pois autorizaram a largada sabendo que não ia ser possível realizá-la.

    Campeões e multicampeões teriam que ter JIM CLARK por padrão de excelência em TODOS os aspectos, na humilde opinião deste velho que aqui escreve e que está na janela desde os tempos de FANGIO, MOSS, LUIGI MUSSO, do “dentista” TONY BROOKS, de PETER COLLINS, FROILAN GONZALEZ, HARRY SCHELL  e do extravagante MARQUÊS DE PORTAGO, entre muitos outros.

    Por último, LATIFI, MAZEPIN e MICK SCHUMACHER não têm nível técnico para estar na Fórmula 1 (e não se culpe as deficiências da HAAS e da WILLIAMS). Foram proeminentes na F 2, mas ali era definitivamente seu limite. Eles prejudicam o espetáculo na Fórmula 1, provocam anticlimaxes (ou anticlímaces, em Português). Fórmula 1 é lugar de bamba!!!

    • PERFEITO.

  7. Impressionante como as Lewisetes demonstram seus desapontamentos, Max liderou mais que o dobro de voltas que Hamilton, fez mais poles, ganhou mais corridas, teve um pneu furado quando liderava com folga em Baku, teve o strike do Bottas e o absurdo da panca em Silverstone, enfim, o cara com um carro inferior (pouco) venceu uma equipe que vence desde 2014, óbvio que tirar o mérito do Max é choro de perdedor.

    • Prezado amigo AUCAM , tinha ctz que vc apareceria no final , me lembro qdo argumentei com vc que Max não era tudo isso pois não vinha acompanhando Ricciardo , vc me pediu pra esperar mais um pouco , creio que na corrida seguinte as coisas já começaram a ficar claras
      Parabéns amigo vc tinha razão
      Sobre o campeonato qualquer um que vencesse seria justo , Max teve muito azar durante a temporada mais vale lembrar que Lewis teve as trapalhadas costumazes de sua própria equipe tbm no mínimo em 4 GPs , se prestarmos atenção vamos perceber nitidamente que Lewis é o único piloto do Grid que não confia de jeito nenhum em sua equipe, em todos os GPs ele está lá contestando as decisões, dizendo que tinham que ter tomado outro caminho e etc
      E Hamilton não tem essa desconfiança atoa , se puxarmos pela memória até em Mônaco eles já entregaram uma corrida do inglês o parando desnecessariamente
      Foram dezenas de corridas absolutamente na mão do inglês que a equipe jogou no lixo , isso fora as que ele conseguiu se recuperar e vencer apesar da incompetência da equipe em tomar decisões estratégicas
      Pra encerrar gostaria de saber o palpite do amigo pra questão interna da Mercedes ano que vem, eu creio que Hamilton é o melhor piloto ainda da F1 em situação de corrida
      E infelizmente vou discordar do amigo sobre o filho de Schummy , pois até agora o garoto foi campeão na F3 na F2 e simplesmente massacrou seu companheiro de equipe no seu ano de estreia, lembremos que Lance Stroll que sempre foi muito criticado, hj vive uma disputa extremamente equilibrada com Sebastian Vettel

      • Grande HERMES LEANDRO,                                                 
        Sinta-se à vontade para discordar de mim. Aliás, é nas discordâncias que nos damos conta de coisas e aspectos que nos passam despercebidos muitas vezes. E permito-me continuar discordando de você quanto ao talento de MICK SCHUMACHER.

        Tanta paixão por Automobilismo e a idade me propiciaram vivenciar CONTEMPORANEAMENTE praticamente toda a História da Fórmula 1. Sempre fui rato de autódromo, até de pistas que não existem mais. Com o tempo, desenvolve-se um  feeling, uma percepção natural para se avaliar tocadas e pilotos. Um dos principais critérios que uso para avaliação é o famoso “chegar chegando” quando há troca de categoria, e que tem como clímax a Fórmula 1. Quem é BOM DE VERDADE não chega “PATINANDO” em uma categoria superior, mais pesada, mais veloz e com competidores mais qualificados, salvo raríssimas exceções, como foi o caso de NIKI LAUDA, que não teve INICIALMENTE um carro à altura de seu talento, mas que já tinha deixado boquiaberto ROBIN HERD, da MARCH, ao testar o carro com o qual PETERSON foi vice-campeão mundial e simplesmente decretar peremptoriamente que ele era INGUIÁVEL (isso dá a exata dimensão do fantástico Sueco Voador).

        MICK SCHUMACHER nunca “chegou chegando” em categoria alguma, observe seu histórico. DNA não se transfere apenas com sobrenome, vide os nossos grandes e indiscutíveis campeões brasileiros e suas proles. Na Fórmula 1, não obstante dirija uma deficiente HAAS, na minha INSIGNIFICANTE opinião MICK SCHUMACHER nunca empolgou, nunca demonstrou algo fora do comum, algo especial, roda e erra bisonha e demasiadamente, só não perde para MAIS SPIN, que é um horror.  Ser campeão de Fórmula 2 não é garantia de excelência: tivemos campeões que depois se revelaram excepcionais, como o próprio LEWIS,  mas também tivemos campeões que demonstraram que aquele era o seu limite, como HULKENBERG, por exemplo (aliás HULK ganhou tudo em todas as categorias de base, mas na F 1, ah, a F 1; ele foi o Rei dos Quartos e Quintos Lugares, hipnotizou a mídia e as massas)!!! E também pode parecer um paradoxo, mas tivemos nomes que não foram campeões mas nos quais avultava fácil o talento, estão aí LANDO NORRIS e mesmo SÉRGIO PÉREZ como exemplos. Como compreender e aceitar que um OSCAR PIASTRI ou mesmo um combativo NICK DE VRIES estejam fora do grid da F 1 e MICK SCHUMACHER dentro?   Ouso dizer que MICK está longe, muito longe de um STROLL, que já provou ser bom em piso molhado e liderou com autoridade e SEM ERROS boa parte de uma corrida em cima de todos os cobras atuais. Há milionários e milionários, que vão de um esquecido HÉCTOR REBAQUE até um ótimo PETER REVSON, herdeiro da REVLON. STROLL tem seu lugar na Fórmula 1, a meu ver por capacidade, embora não tenha potencial para campeão.

        Quanto a HAMILTON, concordamos em que principalmente este ano ele foi melhor que a sua equipe. Sobre 2022, acredito firmemente que RUSSEL não vai PREVALECER sobre HAMILTON. Mas pode ganhar corridas, aqui, ali e acolá, bem como poles, afinal BOTTAS também ganhou. NÃO EXISTEM PILOTOS INVENCÍVEIS. RUSSEL é fortíssimo, mas não tem a chama da genialidade como LEWIS HAMILTON e MAX VERSTAPPEN têm.  Forte abraço!!!

  8. Impressionante como as Lewisetes demonstram seus desapontamentos, Max liderou mais que o dobro de voltas que Hamilton, fez mais poles, ganhou mais corridas, teve um pneu furado quando liderava com folga em Baku, teve o strike do Bottas e o absurdo da panca em Silverstone, enfim, o cara com um carro inferior (pouco) venceu uma equipe que vence desde 2014, óbvio que tirar o mérito do Max é choro de perdedor.

  9. Deixo aqui um texto da autoria do João Carlos Costa, comentador de desporto motorizado nos canais Eurosport Portugal e ElevenSports Portugal.

    “Nesta 72.ª temporada do Mundial, como não ficar em êxtase com as incríveis batalhas em pista, ao volante, dentro e fora das boxes, nas instalações das equipas, muitas vezes do outro lado do planeta, onde as cabeças pensantes decidiam o que fazer e quando o fazer.
    Um xadrez perfeito, um Karpov / Kasparov a 350 km/h e por isso mesmo mais alucinante e aliciante. Um jogo que conquistou muitos novos fãs, tão só e apenas porque teve uma plataforma de divulgação para lá dos “circuitos habituais”. É fácil apaixonar-nos pela F1 assim que a descobrimos e conhecemos os seus protagonistas.
    Do outro lado da barricada, as políticas, as decisões nem sempre bem pensadas e muitas vezes pior executadas, que acabaram por deixar uma nódoa neste Mundial 2021.
    Verstappen e Hamilton foram majestosos ao longo de todo ano. Muito possivelmente, vivemos a mais fabulosa luta por um Mundial de F1. Trocaram seis vezes de posição na liderança do Mundial, nunca separados por mais de 32 pontos, num campeonato onde houve 2244 para entregar. Max liderara 13 vezes até Abu Dhabi, Hamilton 7. E para aumentar ainda mais a tensão, havia empate à entrada da última prova.
    Escrevi noutro local que a Taça de campeão devia ser serrada ao meio e entregue uma metade a cada um. Teria sido justo. Hoje, tivemos mais uma corrida de montanha-russa de emoções no Yas Marina. O conta-rotações da paixão pela F1 andou sempre no red-line. Aquela volta final era o que esta temporada merecia. Foi provocada? Não sei dizer. Justo o resultado? Talvez não, por aquilo que Hamilton tinha feito hoje em pista… não tanto pelo que a Mercedes fez.
    Certeza apenas tenho uma: a F1 2021 não merecia termos que esperar, não sei quanto tempo, para se conhecer o campeão. Para já, chama-se Max Verstappen. A Mercedes quer que se chame Hamilton. Acha-se roubada por uma Direcção de Corrida (uma vez mais) errónea. Diz que vai apelar das decisões de hoje à noite em Abu Dhabi. Ainda poderá voltar atrás. Tem 4 dias para tomar uma decisão final. Talvez volte, talvez não… Volte ou não, acho que devemos aprender a simplificar as regras. Evitar que Spa 2021 ou o final de Abu Dhabi 2021 se repitam. E é tão fácil.
    Porque se há algo a repreender nesta temporada foram estas regras “com pés de barro”. Até mais que os executantes das mesmas, pese embora estes não estejam isentos de culpa. E milhões de vezes mais do que as lutas titânicas, muitas vezes no limite do aceitável, verdade, entre Max e Lewis. Essas ficam guardadas na memória, aquecendo o amor pela F1 para sempre. Seja onde for, seja com quem for, seja onde se ver.”

    cumprimentos

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/

  10. Eu espero que vá para Paris, mesmo que seja para perder, o que não parece pelo que eu li de varios especialistas. Há tempos a FIA anda brincando com pilotos e fãs…e depois que vendou pra essa Liberty Media e juntou esse Michael Masi…parecem uma F-Indy com carros melhores. Era pra ser um show…mas tenho certeza que se fosse o Max na frente ele ia fazer a mesma coisa…”pelo espetáculo na TV…na Netflix, sei lá”. Um incompetente que quer ficar competir em popularidade com as estrelas da categoria e não passa de um pateta que tira ideias idiotas da cartola. Bandeira vermelha em Baku foi so pra arrumar o patrocinador no muro, ele podia ter feito a mesma coisa…mas ele quis ser o cara que proporcionou a melhor final….que espero que a Mercedes leve la pra Paris…e que ele seja definitivamente expulso da Categoria.


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