F1 GP da Austrália horários e tudo sobre - Julianne Cerasoli Skip to content

Guia do GP da Austrália

Por quantas vezes não esperamos ansiosamente pelo GP da Austrália, primeira corrida de tantas temporadas da F1 desde que a corrida mudou para Melbourne em 1996, só para ficarmos decepcionados depois de uma corrida sem graça?

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Depois do primeiro GP feito após mudanças no traçado a fim de dar mais chances de ultrapassagens, o GP ficou mesmo com uma cara um pouco diferente. Mas o quanto disso teve a ver, também, com a mudança de regulamento?

Uma das duas corridas do ano disputadas em um parque, o circuito é semi-permanente, mas com cara de pista de rua, e não é muito usado ao longo do ano. Outra particularidade é a quantidade de árvores, famosas por atrapalharem a comunicação das equipes com os pilotos.

Qual é o melhor acerto para a pista de Albert Park

Mesmo antes das mudanças feitas para 2022, Albert Park já era uma das pistas em que os pilotos ficavam mais tempo com o pé embaixo, superando 70% da volta. É algo na linha de Arábia Saudita, mas com curvas mais lentas, indo mais para o lado do Red Bull Ring em termos de acerto.

Ou seja, a pressão aerodinâmica ainda é importante e a configuração de asa é média, embora as mudanças tenham tirado uma das chicanes da pista, favorecendo mais acertos de média para baixa pressão aerodinâmica.

Mas a grande característica de Albert Park é ser uma pista de tração, em que a retomada de velocidade após as curvas lentas é a chave para ter bom tempo de volta.

O asfalto novo foi um alívio para as suspensões, pois o antigo era bastante ondulado.

Ultrapassagens no GP da Austrália

As mudanças feitas para tornar a curva 11 uma zona de ultrapassagem funcionaram à primeira vista, além do alargamento de outras seis curvas. Até porque era esse mesmo o problema: os carros até seguiam uns aos outros de perto, mas faltava pista para completar a ultrapassagem.

Por outro lado, Melbourne se mantém com números de pista de rua. Na última corrida antes das mudanças, em 2019, foram 13 ultrapassagens, o que fica bem abaixo da média de 45 daquele ano. Em 2022, este número subiu para 34, e a média se manteve a mesma. Em 2023, foram 29, número baixo até porque, com o SC da volta 9, estava quase todo mundo na mesma estratégia depois disso.

Qual é a melhor estratégia no GP da Austrália

Mesmo com as mudanças no traçado e o asfalto novo, o desgaste dos pneus não é acentuado, e a maioria dos pilotos fez apenas uma parada tranquilamente, podendo forçar bastante particularmente com o composto médio. O composto macio, no entanto, não foi muito utilizado nas últimas provas. Inclusive, para quem largava mais atrás, valeu a pena largar com os duros e minimizar o tempo de pista com os médios em 2022. A corrida de 2023 foi um pouco diferente por conta das bandeiras vermelhas, mas ficou claro que o composto duro aguenta quase toda a prova.

A pista de Albert Park apresenta muita evolução ao longo do fim de semana, por ser pouco usada ao longo do ano. Isso diminui a representatividade das simulações de corrida feitas na sexta-feira. Houve situações em que vários pilotos relataram graining nos traseiros nos treinos livres e nos dianteiros na corrida.

Outro ponto importante é a relativamente alta incidência de Safety Cars. Houve intervenções em 6 dos últimos 6 GPs disputados no seco em Melbourne.

COMO É E QUANTO CUSTA ACOMPANHAR O GP DA AUSTRÁLIA AO VIVO

O pitlane de Albert Park é o mais curto da temporada, mas o limite de velocidade é de 60km/h (normalmente, o limite é 80). Ou seja, uma coisa acaba equilibrando a outra e o tempo total de perda não é muito maior que a média.

Em 2024, a F1 irá para a Austrália em abril, como nos últimos dois anos. Com isso, as temperaturas devem estar mais baixas, no outono de Melbourne. Isso, lembrando que a cidade fica mais ao sul que Buenos Aires, para efeito de comparação. Minha experiência é de que faz muito calor enquanto o sol está a pino. Como a largada é mais tarde, a temperatura vai caindo bastante ao longo da prova.

Como foi o GP da Austrália em 2023

As primeiras voltas até tinham se desenhado de maneira interessante depois que George Russell tomou a ponta e Lewis Hamilton espremeu Max Verstappen para tomar o segundo lugar. “Eles foram super agressivos e eu fui cuidadoso, porque eu tenho mais a perder”, explicou o líder do campeonato, sabendo que passaria ambos eventualmente. 

Eles até tentaram jogar com o DRS para ficar perto de Verstappen, mas na volta 9 a corrida teve sua primeira bandeira vermelha. E os ponteiros trocaram os médios pelos duros, e poderiam ir até o final. Russell parou logo que saiu o SC, e deixou a briga pela ponta. Verstappen passou Hamilton na volta 12, e o inglês passou o resto da prova em uma batalha tática com Fernando Alonso, com um tentando acabar com o pneu do outro. Dali até o final da prova, só Perez dava uma movimentada, abrindo caminho após uma classificação ruim.

Até que a corrida virou caos. Magnussen trouxe mais uma bandeira vermelha, com duas voltas para o final. Na relargada, mais acidentes. E a corrida foi recomeçada só para todo mundo cruzar a linha de chegada, com SC mesmo. O pódio ficou com Verstappen, Hamilton e Alonso.

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