F1 GP da Áustria horários e tudo sobre- Julianne Cerasoli Skip to content

Guia do GP da Áustria

Dá para dizer que o palco do GP da Áustria é o irmão caipira de Interlagos. Eu explico. São pistas que guardam várias semelhanças. São fluidas, mas com freadas fortes, com sobes e desces, curtas, com altitude semelhante. E, não coincidentemente, são as melhores pistas para se ter uma sprint. Mas uma fica no meio de uma metrópole, e outra no meio do nada.

São poucas curvas, só uma delas mais lenta, dois um três pontos de freada mais fortes. Mas a questão da altitude e as zebras altas já causaram muita dor de cabeça para pilotos e equipes.

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Além disso, as curvas que começam abertas e depois vão se fechando, em descida, cheias de cambagem, que ajudam os carros a saírem de frente, já causaram muito problema para a direção de pista e para os comissários. Isso sem falar nos limites de pista.

Qual é o melhor acerto para a pista da Áustria

Com curvas de média velocidade e retas curtas, o Red Bull Ring é um circuito em que os carros são configurados com média carga aerodinâmica. Então carros cujo assoalho e difusor são mais eficientes podem usar menos asa para ganhar nas retas e, ainda assim, não serão penalizados.

Durante o GP, os carros e freios precisam de mais refrigeração, já que o circuito fica a 700m do nível do mar. Isso não é muito, mas é o suficiente para afetar o funcionamento dos carros da F1. Principalmente das unidades de potência, obrigando os turbos a trabalharem mais. Nos últimos anos, a Mercedes sofreu mais com isso do que a Honda.

Além disso, o asfalto é outro ponto importante: a superfície no Red Bull Ring é bastante lisa. Desta maneira, pode ser difícil colocar energia nos pneus, principalmente, nos dianteiros. Por outro lado, se estiver quente, as retas são curtas demais para diminuir a temperatura dos pneus.

Então pode ser difícil equilibrar o que os dianteiros precisam (mais temperatura) e o que os traseiros pedem (menos). Até porque o Red Bull Ring é um circuito rear-limited, ou seja, são os traseiros que se desgastam primeiro.

Ultrapassagens no GP da Áustria

A pista da Áustria é uma das melhores para se ultrapassar em toda a temporada. Em 2022, foram 67 manobras, bem acima da média. Em 2023, isso se repetiu: foram 63. A freada mais forte da pista, na curva 3, é um ponto óbvio, com bastante espaço (que, de repente, acaba) no meio da curva.

No entanto, a melhor estratégia parece ser só ameaçar uma manobra na curva 3 e deixar o rival do lado de fora na entrada da 4. E completar a ultrapassagem ali. Também vimos tentativas na parte final da volta, mas não há tanto espaço e é mais arriscado ir parar na brita.

Sim, tem muita brita no Red Bull Ring.

Dá para comparar a pista austríaca em vários aspectos com Interlagos, mas fica faltando uma sequência tão boa quanto a Subida do Café até a Descida do Lago para dar a fluidez que o traçado brasileiro tem e que tanto ajuda as corridas.

Qual é a melhor estratégia para o GP da Áustria

De um lado, temos um asfalto liso e uma degradação baixa, indicando uma prova de apenas uma parada. De outro, temos uma pista em que é fácil ultrapassar, abrindo espaço para apostas diferentes. É claro que tudo depende da temperatura: como são várias curvas em sequência, trata-se de um circuito em que os pneus podem se degradar pelo aquecimento. Nesse caso, é melhorar parar mais vezes.

Além disso, por volta de 75% dos GPs da Áustria têm Safety Car ou Safety Car Virtual. O mais interessante quando isso acontece é que, por ser uma pista muito curta, é bem possível que os estrategistas tenham que decidir muito rapidamente se chamam os pilotos para o box ou não.

LEIA TAMBÉM: Como é e quanto custa curtir o GP da Áustria ao vivo

A primeira corrida da Áustria de 2020 foi um exemplo disso: as duas Mercedes pararam juntas na volta 26 quando um SC caiu bem na janela que eles precisavam para trocar os macios pelos duros e irem até o fim. Mais tarde, quando outro SC neutralizou a prova na volta 51, eles deram azar de já terem passado pela entrada dos pits. Hamilton não parou e ficou exposto ao ataque de Alex Albon, que aproveitou o segundo SC para colocar pneus macios.

Ademais, os carros ficam mais agrupados. Na classificação, isso significa mais trânsito. Some-se a isso a dificuldade de se aquecer os pneus devido ao asfalto liso, e podemos ter pilotos largando fora de posição. Na corrida, a pista curta também dificulta tirar os pilotos do trânsito com a estratégia e também é ruim para os retardatários, que têm de sair da linha ideal mais vezes.

Como foi o GP da Áustria em 2023

Verstappen pulou na frente com as duas Ferrari logo atrás. O time italiano optou por parar no VSC da volta 15, ainda que fosse um pouco cedo para executar a tática de duas paradas tranquilamente. As Red Bull ficaram na pista, fizeram a sua corrida, sabiam que, mesmo tendo de passar rivais na pista, isso não seria um problema.

Leclerc conseguiu manter o segundo lugar, enquanto Perez foi terceiro mesmo tendo largado em 15º. E daí para trás a classificação foi uma confusão só, de tanta punição por pilotos terem saído dos limites de pista. Foram 83 infrações ao todo apenas no GP (a classificação no seco na sexta já tinha sido marcada por voltas deletadas), com punições dadas horas depois da bandeirada.

1 Comment

  1. É mais uma corrida que promete luta não só pelo primeiro lugar.
    Curiosamente nas 6 últimas corridas disputadas no Red Bull Ring, deram 2 vitórias a Bottas, Verstappen e Hamilton. Vamos ver se algum deles vai desempatar, ou se temos um vencedor diferente.
    Uma coisa é certa. Este campeonato promete.

    cumprimentos

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/


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