A primeira oportunidade que tive de ser lida por um público maior do que eu conseguia atingir com meu pequeno blog que tinha começado alguns meses antes foi quando o Luis Fernando Ramos convidou três produtores de conteúdo que ele gostava de ler para escrever um artigo para o blog dele. Foi lá no final de 2010. Lembro até hoje de onde estava e como as ideias foram surgindo para o texto.
Foi um tijolo na história que me levou à F1, mas um tijolo importante por me dar confiança. É como se alguém que estava dentro do barco me visse tentando embarcar e puxasse minha mão. Venha, você pertence aqui.
Então já faz um anos que tento retribuir isso e convido o pessoal para me enviar textos sobre F1. Aqui estão os 10 selecionados de mais uma temporada do Blog Takeover.
Por Luisa Maranhão de Araújo
Há alguns anos, conheci a adrenalina. Juntas, como iniciantes, saltamos de paraquedas, voamos de paratrike, surfamos numa prancha de wakeboard, submergimos mares com o mergulho e dirigimos kart. Eram momentos pontuais em uma rotina marcada por estudos e mais estudos.
Em maio de 2024, na busca pela série sobre Senna, no Netflix, encontrei Drive to Survive. Entre uma obrigação e outra, assisti às seis temporadas que me levaram às corridas atuais, a primeira foi Mônaco, na Band, até me ver acordada, às 3h da manhã, para a de Las Vegas.
Mais do que um lazer, as corridas de Fórmula 1 passaram a me estimular na luta por meu lugar no pódio. No mundo dos concursos públicos, somos mais de 20 pilotos, alguns com investimentos de Red Bull, outros de Sauber. Nossas provas também são aos domingos e exigem velocidade e foco.
A diferença é que, a depender do cargo, pode existir um ou vários Max Verstappen. Para mim, tomar posse é conquistar o título. E, uma vez campeão, nem sempre se busca um bi, tri, tetracampeonato. Ainda assim é a realização de um sonho.
Quanto a mim, já não marquei pontos como Daniel Ricciardo, em Emilia Romagna. Já fui eliminada de uma prova como Kevin Magnussen, no Azerbaijão. Já bati o carro como Franco Colapinto, em São Paulo. Já não finalizei a corrida como Checo Pérez, em Abu Dhabi.
Já não fui tão agressiva como Max Verstappen. Já não pareci feliz como Lance Stroll. Já cuidei da minha saúde mental como Lando Norris. Já fui campeã da Fórmula 2 como Gabriel Bortoleto. Já venci algumas corridas da Fórmula 1 como George Russell.
Em 2024, minha race week mais importante foi em agosto, a Fórmula 1 estava de férias. Atingi uma boa pontuação, mas não sei a dos outros pilotos. A FIA dos concursos divulgará os vencedores em 2025, quando, então, espero viajar para Ruanda e levantar meu troféu de Campeã Mundial.
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