F1 Drops do GP do México com piloto particular - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do GP do México com piloto particular

Não é a toa que os promotores do GP do México ganharam o prêmio de melhor GP do ano: perguntei a muita gente que estava na etapa pela primeira vez e não foi raro ouvir que “essa já é a minha corrida favorita.” A hospitalidade, a cultura, a empolgação com a vinda da F-1 e, é claro, a comida, já seriam suficientes para conquistar a todos fora do circuito. Mas os organizadores se esforçam muito mais que os demais para levar a experiência do paddock a outro nível. E neste ano tivemos barraquinhas de comidas típicas, com direito a um sorbet de hibisco e tequila sensacional, e até barbearia para dar o pontapé ao movimento movember, que chama a atenção à necessidade de prevenção do câncer de próstata.

 

Até o trânsito, muito criticado no primeiro ano, anda sendo desculpado pelo mundo da F-1.

 

O GP do México é a prova de que é possível um país de terceiro mundo fazer um evento de primeira e que realmente serve de promoção ao país. Algo feito com apoio governamental forte junto da iniciativa privada nacional (lê-se Carlos Slim) e internacional (Heineken).

 

Isso, num ambiente de muito mais segurança do que em São Paulo. É lógico que trata-se de uma cidade gigante, com locais mais perigosos que outros, mas a sensação ao andar na rua é bem diferente da capital paulista. Apesar que, na opinião dos locais, a Cidade do México não passa de “uma São Paulo de 10 anos atrás”. Sinceramente, não consigo ver isso.

 

Não sei qual era o espaço entre eles quando os carros saíram, mas o fato é que Lando Norris quase foi ultrapassado por George Russell quando eles estavam fazendo as hotlaps com jornalistas. Soube disso meia hora antes de, eu mesma, dar minha voltinha com o piloto inglês.

 

O vídeo da volta eu vou postar ainda nesta semana por aqui e nas mídias sociais. Confiei tanto no calmo Russell que nem percebi que ele quase perdeu o carro na última curva. Ou pelo menos de dentro do carro não pareceu tão dramático. Mas quando saí todo mundo que viu na transmissão, que passa para todas as TVs no paddock achou que ele não ia conseguir segurar!

 

A segurada de George chamou a atenção inclusive de Toto, com quem eu tinha uma entrevista logo depois. Ele me perguntou se eu tinha me comportado melhor do que a Susie, mulher dele e piloto, que quase teve uma síncope quando foi sua passageira – com razão, por sinal, porque ele acha que é muito melhor do que é realmente ao volante. Disse que sim mas pelo simples motivo que a Susie entendia muito mais do que estava acontecendo do que eu. Ele discordou, rindo. “Não, é que eu sou muito mais rápido que o George”. Aham…

 

No paddock, tem sido curioso observar a aproximação primeiro de Ocon e Stroll, e agora a tentativa de Perez defender o canadense a cada oportunidade que tem. O histórico de problemas inclusive com companheiros do mexicano é conhecido, e ele muitas vezes usou o fato de levar patrocínio à Force India para falar mais alto internamente. Mas agora a equipe não vai depender mais dele e, na primeira bobeira que Perez der, Ocon estaria pronto para assumir. Há quem já aposte no paddock que o mexicano não termina a próxima temporada no grid.

 

Outro assunto que chamou a atenção foi o anúncio de patrocínio da Rich Energy na Haas. Seria um energético britânico mas ninguém por lá viu as latinhas, que aparentemente podem ser compradas pelo site oficial. Como a quantidade mínima eram 24 latas por 20 libras e bebida energética não é comigo, decidi não apostar. Mas se alguém quiser comprovar a existência da Rich Energy, fique à vontade. O fato é que as contas públicas da empresa na Inglaterra revelam um patrimônio de impressionantes 1,7 milhão de libras. O popular dinheiro de pinga da F-1.

10 Comments

  1. Julianne, esse Mercedão aí é similar ao Safety Car?

  2. Julianne moro em DF ha 12 anos e voce nao sabe como fico feliz primeiro pelo GP, eu fui nas 4 edicoes e a sensacao eh que um evento de primeiro mundo e que os Mexicanos sim o utilzam bem como vitrine para o mundo. Segundo que a CDMX te dá tambem o sentimento de seguranca, muito maior , que a de SP que existem similaridades como qualquer Metropole Latina mas, esta cidade te recebe bem, tem historia, tem ambiente e seguramente nao eh uma SP de 10 anos atrás, desculpe , SP nunca será a CDMX , apesar de eu ser paulista da Aclimacao. Boa sorte no Brasil e tomara que o Checo bata o Stroll o ano que vem e encontre outro lugar pra correr, o que os Strolls estao fazendo na F1 eh muito feio….uma pena.

  3. 24 latas por 20 Libras, compraria as 24 latas e venderia cada uma a 2 Libras em algum GP europeu, uma boa forma de ganhar uma grana extra!
    Hahahaha.
    Brincadeiras à parte Julianne, claro que Occon e Perez vão dar aquela bajulada no Stroll, afinal agora é ele quem manda na Force India. Um pouco triste ver a equipe rosa tomar esse rumo, pois um dos motivos que fazia a equipe ser tão forte no meio do grid, era a política de não aceitar pilotos pagantes na equipe, mesmo quando teve diversos problemas financeiros.
    Perez nunca foi exatamente um piloto pagante, primeiro mostrou trabalho na Sauber (junto do mito Kobayashi) e depois (apesar da turbulenta passagem) McLaren. Acredito que Perez só deixou de pilotar em equipes de ponta pq apareceu gente realmente muito melhor (Vettel, Hamilton, Ricciardo, Verstappen) e assim nunca vagou um assento de ponta pra ele.
    E agora duas dúvidas em uma frase:
    O que se diz sobre McLaren e Williams para o ano que vem?
    Grande abraço a todos do Blog!
    P.S.: o texto sobre o penta de Hamilton está sensacional.

  4. Em tempo:
    Li uma entrevista de Ricciardo em que ele dizia que de seu ponto de vista não fazia muito sentido correr os dois ultimos GPs.
    Alguma chance de ele ser liberado do contrato da Red Bull e o Gasly assumir o carro nesses dois últimos GPs?
    Grande abraço a todos do Blog!

    • Ele deu as entrevistas logo depois de sair do carro, ainda de cabeça quente. Veremos o que acontece.

  5. Julianne você consiguiria bater um papo com a Angela?

  6. Nunca entendi como a Aston consegue pagar para dar nome a RedBull, e agora aparece essa Rich Energy. A F1 faz mágica.

  7. Ju,
    Pelo burburinho no Paddock, o GP do México corre risco pós 2019? É que o novo presidente Obrador deu declarações de que não quer botar dinheiro público no evento.

    • Eu percebi essa preocupação entre os jornalistas mexicanos, mas confesso que desconheço o quanto o GP depende do dinheiro do governo. Diferentemente do Brasil, lá eles têm um apoio forte do Carlos Slim, que patrocina vários pilotos


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