F1 Ferrari precisa de salto maior do que o de 2015 - Julianne Cerasoli Skip to content

Ferrari precisa de salto maior do que o de 2015

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O mundo da Fórmula 1 está dividido hoje entre os que acreditam em uma Ferrari lutando pela Mercedes por vitórias e, quem sabe, o título, já na próxima temporada. E os que creem que a distância ainda é muito grande para os italianos brigarem de igual para igual. Teremos que esperar mais alguns meses para saber quem tem razão, mas, observando o que aconteceu nesta temporada, seria uma façanha e tanto ver Sebastian Vettel incomodando Lewis Hamilton e companhia em 2016.

A Ferrari surgiu como segunda força destacada em 2015 e conseguiu três vitórias – duas sob condições especiais de pista, às quais a Mercedes não soube se adaptar, na Malásia e em Cingapura e demonstrando um ritmo competitivo na Hungria, ainda que a melhor Mercedes, de Hamilton, estivesse fora de combate pelos próprios erros do inglês naquela ocasião.

Porém, essa ascenção se deve a dois fatores – a acabou sendo amplificada pela combinação deles: a queda das rivais de 2014 da Mercedes, Red Bull e Williams, e o próprio crescimento ferrarista.

Vamos aos números: a melhor Ferrari esteve, em média, a 0.77% da Mercedes, contra 1.14% de 2014. É claro que houve uma evolução – exacerbada pelo salto, por exemplo, de 0.96% para 1.52% da diferença da Red Bull para os campeões mundiais – mas ainda é uma diferença considerável. Não seria pedir muito que tudo isso seja tirado em uma temporada na qual o regulamento fica estável?

CONFIRA A COMPARAÇÃO ENTRE FERRARI E MERCEDES

Para se ter uma ideia do quanto significa a diferença atual, ela é semelhante ao déficit ferrarista em relação ao melhor carro em 2012 (McLaren) e 2013 (Red Bull). Quando Alonso disputou o título com Vettel até a última etapa, por exemplo, seu carro era mais de 0.5% inferior. Entretanto, naquela temporada, os pneus tiveram um papel importante, pois o desgaste maior aumentava o leque de opções nas corridas, e a Red Bull era um carro menos confiável que a atual Mercedes, que só quebrou duas vezes no ano.

Do lado ferrarista, há alguns fatores importantes: finalmente o túnel de vento está funcionando a contento – prova disso é a evolução constante do carro, diferentemente do que vinha acontecendo em anos anteriores, nos quais as peças que pareciam certeiras na fábrica não ajudavam na pista – e os pneus, especialmente na primeira metade da temporada, podem ter um papel de protagonismo, com a maior liberdade na escolha de compostos. Do meio para o fim do ano, a expectativa da Pirelli é de que as escolhas sejam as mesmas para todas as equipes. Além disso, a Ferrari agora acertou o caminho no motor e conseguiu ganhos importantes, inclusive, durante o ano, dando indícios de que pode avançar mais neste sentido.

Por outro lado, os números mostram que a Ferrari precisa de um salto maior do que o de 2014 a 2015 para desafiar, de fato, a Mercedes. E sabemos que, quanto mais perto do topo, menor o escopo para ganhos. Ainda que isso também seja verdade para os atuais bicampeões mundiais, será um desafio a mais para a Scuderia.

4 Comments

  1. Estou entre aqueles que acreditam em campeonato mais equilibrado em 2016, mas de fato somente os primeiros testes em Fevereiro vão esclarecer algo. Que venha 2016! Um ótimo Natal e ano novo para todos do Blog.

  2. Quando uma equipe consegue ter um carro muito superior aos demais, é difícil ser alcançada. A menos quando mudam o regulamento. E o carro da Mercedes é bom tanto na unidade de potência como no chassis. Não acredito que a Ferrari consiga se igualar a equipe alemã. Talvez chegue um pouco mais próxima. E se isso acontecer, o Vettel terá condições de brigar com o Rosberg. Mas acho que o Hamilton será tetracampeão e a Mercedes leva o título de construtores fácil de novo.

  3. Acho q a Ferrari com essa nova administração, pelo q sinto nas palavras o carro SF16 T será um foguete, estão muito confiante bo trabalho….vamos ver o q a mercedes faz tb…mas acredito q será tipo 2008 …duas equipes na luta …com uma ligeirinha vantagem pra mercedes ainda, mas certas pista a ferrari estara pau a pau, assim acredito. Mas 2016 é logo ali.

  4. Eu não gosto de fazer prognósticos, prefiro falar de esperanças. Então, a minha principal esperança é de que Vettel tenha um carro à altura de seu excepcional talento, pois um combate renhido entre Hamilton e SebVet só faz valorizá-los mutuamente, além de ser um régio presente para nós aficionados. Também tenho esperanças de que Ricciardo, Alonso e Button possam voltar ao jogo.


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