F1 Hamilton, 92 - Julianne Cerasoli Skip to content

Hamilton, 92

FIA Pool

Poucos pilotos tiveram a carreira tão meticulosamente planejada como Lewis Hamilton. Apoiado pela Mercedes desde o kart, na época em parceria com a McLaren, ele foi subindo de categorias aos poucos na base, sem pular nenhum passo, e chegou na Fórmula 1 já com um nível tão forte que redefiniu os recordes do que um estreante pode fazer: a bordo de uma McLaren que tinha um carro tão forte quanto o Ferrari na época, e disputando o título até o fim com nomes como Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, ele chegou ao pódio em suas nove primeiras corridas, ganhou mais do que qualquer estreante na história, fez mais poles, e só não foi campeão porque a inexperiência cobrou seu preço no GP da China.

E esse seria só o cartão de visitas.

Ao longo dos anos, Hamilton foi aparando algumas arestas: melhorando o gerenciamento de pneus, limpando os erros, fortalecendo-se mentalmente, ele foi se tornando uma máquina de vencer. Não coincidentemente, a palavra que mais foi repetida por seus rivais em Portimão ao descreverem suas qualidades foi consistência. Ao longo dos anos, Hamilton foi minimizando seus dias ruins e encontrando saídas para quando as coisas não saem como o planejado.

É claro que ele tem o melhor carro há sete anos e isso infla seus números, mas o mais impressionante em Hamilton são as vitórias que ele vai buscar, os “jogos” que ele consegue virar. E é simbólico que o GP do recorde em Portugal tenha sido uma delas.

Primeiro, era uma prova em um circuito novo para ele, o piloto que venceu em mais pistas diferentes em toda a carreira – 28 com Portimão. Nos treinos livres e até durante a classificação, seu companheiro Valtteri Bottas parecia estar se adaptando melhor à pista. Junto com o engenheiro, Peter Bonnington, personagem tão fundamental em seu sucesso que foi o escolhido da Mercedes para receber o troféu de construtores nesta corrida histórica, tomou a decisão de fazer duas voltas rápidas na parte final da classificação. E derrotou Bottas.

Na corrida, sofreu com a pouca temperatura dos pneus nos primeiros metros e caiu para terceiro. Novamente, foi buscar. Passou Sainz e Bottas da maneira decidida de sempre e depois mostrou seu lado “encantador de pneus”, como diria Sebastian Vettel, e abriu 25s para o próprio companheiro de equipe. Deu uma volta até no quinto colocado e se tornou o maior vencedor de todos os tempos.

E ele não dá sinais de que vai parar por aqui: com mais cinco provas até o final da temporada e com a expectativa de que a Mercedes ainda seja melhor no ano que vem, já que as regras ficam relativamente estáveis, não é exagero pensar que a marca de 100 vitórias será superada em breve.

6 Comments

  1. Hamilton foi avassalador nesta corrida através da sua velocidade natural combinada com seu poder de adaptação para os diferentes momentos em uma corrida.

    Ele mostrou porque ele já é o maior de todos os tempos na F1 (sendo que o sétimo título é apenas uma questão de tempo).

    • Ele pode ser o melhor, mas nada o que ele faz contra o Bottas prova algo, um piloto extremamente fraco de corrida, na melhor estrategia ficou a apenas 8 ssegundos a frente do Verstappen que se tivesse feito medio/duros como a Mercedes ficaria em segundo.

  2. Desculpa Ju , vc e Adauto pra mim são os melhores especialistas em F1 disparados , vc na verdade o supera pelo equilíbrio maior nos seus comentários , mas independentemente de qualquer aspecto o cronômetro é uma ciência exata e se Kimi e Massa conseguiam disputar pau a pau com Hamilton e Alonso , a única explicação lógica pra isso é que possuíam um carro bastante superior , creio que Alonso provou isso sendo companheiro de equipe e sendo muito superior a ambos posteriormente.

    • Sua colocação baseia-se numa premissa de o piloto não evolui durante a carreira. Acho que difícil concordar com ela…

      • Pelo contrário amigo , pra mim o tempo e o cronômetro são os senhores da razão no automobilismo , nunca vi um piloto evoluir tanto quanto Button por exemplo , mais tanto Lewis como Alonso , foram rápidos desde o início de suas carreiras , Kimi e Felipe na minha opinião nunca foram pilotos desse nível , o tempo se encarregou de mostrar isso e se em 2007 e 2008 conseguiam andar no mesmo ritmo e até mais rápido que os dois melhores pilotos da época , significa simplesmente que possuíam um equipamento bem melhor .

  3. Pelo contrário , o tempo e o cronômetro são os senhores da razão no automobilismo , pra mim Jenson Butto


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