F1 Prova de fogo - Julianne Cerasoli Skip to content

Prova de fogo

Uma coisa é certa: vai ser difícil superar o ano passado
Uma coisa é certa: vai ser difícil superar o ano passado

Perdido no calendário depois do fracasso da corrida da Alemanha, o GP da Hungria será uma prova interessante do progresso dos carros desde maio. Afinal, o traçado de Budapeste guarda semelhanças com Mônaco, e é realizado depois de três corridas em pistas de média a alta velocidade, que podem confundir um pouco a relação de forças.

Trata-se de uma prova importante, como expliquei aqui, para a Ferrari reencontrar seu caminho. O time foi batido pela Williams nas três últimas provas por diferentes motivos, mas em Silverstone levou uma sova preocupante em termos de ritmo. Em Budapeste, o cenário tem tudo para se inverter.

Mas o time de Grove não está parado. Após o sucesso da primeira parte das modificações, realizada no GP da Áustria, para ganhar estabilidade em freada e downforce, na Hungria deve estrear uma nova asa dianteira para arrematar o pacote e melhorar o rendimento do carro nas curvas de baixa e média velocidade.

Para avaliar a melhora da Williams no próximo final de semana, temos de levar em consideração não o que aconteceu em Spielberg e Silverstone, mas o rendimento de Mônaco, quando o time andou atrás até das Toro Rosso e Force India. É claro que Budapeste tem uma reta relativamente longa para ajudar Massa e Bottas, mas andar próximo das Ferrari seria muito animador para o restante da temporada. Afinal, temos pela frente mais circuitos que beneficiam o FW34 – Bégica, Itália, Rússia, EUA e até Interlagos – do que traçados mais travados.

O crescimento dos rivais em relação à Mercedes também será colocado em prova: Mônaco foi uma das provas mais fáceis para Hamilton e Rosberg – pelo menos até o SC e a decisão desastrosa que acabou com a corrida do inglês: na volta anterior ao acidente de Verstappen, Lewis tinha 26s para o terceiro colocado, Vettel.

No Principado, ainda tivemos a Red Bull andando relativamente perto das Ferrari – e até superando Raikkonen. Como o time está muito pendurado em relação aos motores, a tendência é que eles sacrifiquem seu rendimento em favor da confiabilidade, ainda mais em um circuito de difícil ultrapassagem, em que uma punição seria fatal, mas mesmo assim será interessante ver o tamanho do dano.

O GP da Hungria também será uma nova oportunidade para a McLaren somar seus pontos, assim como para a Sauber, zerada há três provas. Ambas convivem com sério déficit na velocidade de reta (lembrando que o time de Nasr só recebe o novo motor Ferrari em Spa) e tentam compensar nas curvas de baixa, ainda que falte estabilidade nas freadas em ambos os carros.

5 Comments

  1. Geralmente as corridas em Budapeste são mornas, mas depois do ano passado fica a esperança de um safety car que pode mudar as estratégias e dar uma animada na prova. Com o Maldonado correndo, tudo pode acontecer.
    Sobre a foto, o Ricciardo que bateu o tetracampeão começa a sucumbir perante o jovem companheiro. Será uma maldição na RedBull, os jovens superarem os mais velhos. Quando se tem um carro bom e vai para um pior é dificil de se adaptar. Já indo de um pior para um melhor, parece que fica mais fácil. É o que ocorreu ano passado e parece estar ocorrendo este ano.

  2. Ju, parabéns pelo texto.
    Tenho um questionamento nada a ver.
    Você tem notícias da Haas F1?

    • Pelo que parece, está tudo caminhando como o planejado. Eles devem vir com um investimento mexicano forte.

  3. Julianne tenho uma pergunta também.

    Você tem notícias a respeito das obras em Interlagos ?


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