A primeira volta costuma será crucial no GP da Hungria. É comum vermos manobras agressivas especialmente nas três primeiras curvas, já que os pilotos sabem que trata-se de um circuito em que a média de ultrapassagens é mais baixa que o normal na temporada.
Prova disso é que, em três das últimas cinco edições do GP da Hungria, houve pelo menos 15 mudanças de posição só na volta de abertura!
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Mas houve provas mais recentes na Hungria que desafiaram essa ideia de pista travada. Agora ela é considerada mais de média velocidade, com possibilidade de ultrapassagem se houver uma diferença considerável de pneu.
Qual é o melhor acerto para a pista de Hungaroring
Não faz muito tempo que comparava-se o acerto de Hungaroring com o de Mônaco, mas os carros foram ganhando aderência nos últimos anos e vimos configurações de downforce médio para a pista. Isso podia atrapalhar o equilíbrio principalmente no segundo setor, mas compensava na reta, então passou a ser o caminho escolhido por muitas equipes.
A velocidade nas curvas também aumentou, e a Hungria passou a ser considerada uma pista de média velocidade, com várias curvas sendo feitas em quarta e quinta marchas.
Porém, com essa nova geração de carros, a velocidade voltou a diminuir um pouco. E a maioria das curvas é feita em terceira marcha. Ou seja, não voltou a ser travada, mas também não é tão rápida quanto foi recentemente.
Seja como for, Hungaroring ainda é daquelas em que o downforce conta mais que potência no motor. Os pilotos passam somente 10s na reta e o restante das volta nas curvas. E os freios são bastantes requisitados em seis freadas fortes e também por conta do calor: historicamente, o GP da Hungria é um dos mais quentes do campeonato.
Ultrapassagens no GP da Hungria
Hungaroring é conhecido pela dificuldade de se ultrapassar. É uma pista travada e estreita, então os pilotos até conseguem colocar de lado em alguns pontos, mas têm dificuldade de completar as manobras. Por isso, essa aqui é conhecida como uma das melhores da história:
É por conta dessa dificuldade que a zona de DRS funciona de maneira diferente, com um ponto de detecção e duas de ativação, ou seja, o piloto que está a menos de 1s do rival antes da última curva tem duas chances (na reta principal e entre as curvas 1 e 2) para ativar o DRS. Este é o grande ponto de ultrapassagem da pista atualmente. Você usa a reta para se aproximar e passa ou logo entre a 1 e 2, ou em seguida (provavelmente com uma espalhada para ajudar).
Qual é a melhor estratégia no GP da Hungria
Não há muito o que inventar em termos de estratégia porque a posição de pista é muito importante historicamente no Hungaroring. Mas essa lógica foi invertida pela Mercedes em 2019, quando o time chamou Hamilton para um segundo pit stop no final e ele tirou toda a diferença para passar Verstappen no final.
Contudo, para fazer isso na Hungria, é preciso ter uma diferença considerável de ritmo devido à dificuldade de ultrapassar. E a certeza de que o piloto terá pista livre para que uma tática como esta tenha sucesso, embora a perda no pitstop não seja tão grande (22s, o que fica na média da temporada).
Em caso de chuva, como vimos nos últimos anos, é uma pista que seca rápido, e isso estará na cabeça dos estrategistas. Além disso, não há muito histórico de Safety Car.
Uma volta no Hungaroring
Os pilotos chegam a 280km/h antes da primeira freada, o grande ponto de ultrapassagem da pista. A partir da lenta curva 2, começa a descida (e é importante controlar a saída para o tempo de volta vir). A curva 3 é mais rápida, a 230km/h, continuando a descer até o começo da reta, que é em subida.
Na curva 4 acaba a parte mais rápida da pista, e começa um setor mais travado a partir da 5, um hairpin longo cuja entrada é bem importante: o segredo é não carregar muita velocidade para evitar perder na saída e na reta curta logo em seguida.
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As curvas 6 e 7 são uma chicane feita a mais de 200km/h, seguida por uma freada forte na 8, onde começa uma sequência de curvas técnicas e relativamente lentas até a 12.
As últimas curvas do circuito, 13 e 14, são as mais difíceis, já que os pneus chegam muitas vezes superaquecidos antes do ‘refresco’ da reta e a tendência é o carro escapar na saída. Um erro na 14 e pode ficar difícil defender a posição na primeira freada.
Como foi o GP da Hungria em 2024
Uma corrida que pode ser lembrada de várias formas: uma dobradinha que a McLaren conseguiu complicar, chamando Norris antes para os boxes e depois tendo que implorar para ele devolver a posição para Oscar Piastri, que tinha liderado quase toda a prova. E um dia de fúria de Max Verstappen, frustrado com um pacote de atualizações que não resultou no que a Red Bull esperava.
Verstappen ficou fora da luta pela vitória depois de uma punição por manobra que fez em cima de Lando Norris logo no início, o que só aumentou sua frustração ao volante. E depois ele ainda colidiu com Lewis Hamilton, que fez uma segunda metade de prova muito rápida e foi o motivo para a McLaren, que tinha uma dobradinha tranquila, tivesse que parar novamente no final (primeiro com Norris, mais ameaçado por Hamilton), o que inverteu as posições de seus pilotos.
E foi neste cenário que Piastri venceu pela primeira vez na F1.
2 Comments
Acho que todos estamos um pouco, ou muito até, ansiosos por esta corrida, devido ao acidente entre Verstappen e Hamilton.
O que será que vai acontecer nesta corrida? Se chegarem os dois lado a lado à primeira curva pode dar faísca. Uma coisa é certa. Este campeonato está super interessante.
Cumprimentos
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/
A pista que mais se beneficiou da controversa asa móvel. Sem dúvidas.
De 2011 pra cá, a qualidade das provas tem sido boas, com algumas marcantes mesmo, como 2011, 2014 (a melhor), 2015 e 2021.