Houve uma época em que o GP da Austrália terminava a temporada, mas era logo depois do Japão, então pelo menos o fuso não era um problema. Depois houve os tempos da dobradinha Austrália e Malásia no começo do ano, o que também fazia sentido. Agora a Austrália está sozinha no calendário. É uma das viagens mais caras do ano, para o bolso, e fisicamente, já que a diferença de fuso é tão grande que leva uns 4 dias para acostumar. Ou seja, bem na hora de voltar. Depois, você chega em casa e… quem é que dorme?
É por essas e outras que neste ano decidi aproveitar que já teria que lidar com as 38h de voo (comprei com milhas uma passagem só de ida São Paulo – Londres – Dubai – Melbourne) e toda a insônia da noite e o cansaço do dia e dei um pulinho em um país que estava no topo da minha lista há algum tempo. E é com essa viagem que começa a série de posts do Turistando off-season. Destino: Nova Zelândia.
Teria oito dias para explorar o máximo que pudesse das duas ilhas. Tarefa difícil. A Nova Zelândia não só fica muito mais achatada no mapa do que realmente é, como também tem atrações interessantes por praticamente todos os cantos. No final, fechei o seguinte roteiro: voaria a Queenstown na madrugada da terça. Depois seguiria também por avião a Auckland e viajaria por barco e ônibus até Coromandel e Rotorua, voltando à capital para voar para o Bahrein.
Logo de cara o país já se mostrou tudo o que eu esperava. Mesmo do avião as paisagens são belíssimas e dramáticas, e em terra firme é como se você estivesse em um mundo paralelo recheado de esportes radicais e culto à natureza. Com direito a trilha sonora que estaria em qualquer documentário do canal Off.
Economizei ficando em albergues e comendo em supermercado para abater um pouco dos gastos que teria com o que, afinal, eu tinha ido até o fim do mundo para fazer: saltei de costas em um canyon, fiz rafting em cachoeiras, saltei de bungee jump na primeira ponte usada para isso no mundo, caiaque no Pacífico e, para terminar relaxando, stand up paddle em cavernas cheias de vagalumes… (sim, eu disse que era um mundo paralelo!)
Mesmo se nenhuma dessas coisas te atrair, ainda recomendaria a Nova Zelândia pelas paisagens (que podem ser curtidas da tranquilidade de um barco, por exemplo, sem pulos em precipícios – ainda que não tenha metade da graça!) que variam muito entre as ilhas norte e sul e até mesmo dentro delas.
Auckland em si não tem muita graça – na verdade, achei o clima da cidade pesado, ou talvez estava leve demais depois de Queenstown – mas as baías de Coromandel e Whitianga são belíssimas, com destaque merecido ao cartão-postal Cathedral Cove (que não é uma catedral, e sim uma praia). Rotorua foi a última parada, mais pela curiosidade de estar em uma cidade que fica em cima de geysers, com muita atividade geotermal. Apesar do cheiro forte de enxofre, o colorido diferente e a cultura maori ainda presente na cidade compensam.
Uma semana e algumas horas depois de ter chegado e com vontade de ver mais desse país tão diverso, lá fui eu via Melbourne, Abu Dhabi e Mascate (capital de Omã para quem não sabe, que tem o melhor aeroporto em que estive no Oriente Médio, inclusive) em direção ao Bahrein.
E, depois daquela corrida, viveria mais um capítulo que vai para o Turistando Off-Season. Mas essa fica para o ano que vem.
4 Comments
Muito legal esse roteiro! Pular de bungee jump é uma das coisas que ainda quero fazer nessa vida. Eu imagino que essas viagens eternas vão te desgastando ao longo do tempo, mas pelo menos te dão a oportunidade de explorar o mundo. Bom descanso, Ju!
Muito massa as suas aventuras Julianne!
Um dos meus objetivos de vida é pular de Bungee jump. Quem sabe realizo isso nessa mesma ponte!
Com seu espírito aventureiro, no seu lugar acompanharia a F1 de mochilão na parte europeia ao invés de pagar alguns milhares em hotéis!
Hahahaha
Grande abraço a todos do Blog
E um beibo especial para você Ju!
Obrigada garota pelo papo
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________________________________ De: João Carlos Cavalcante Enviado: Thursday, December 20, 2018 5:03:30 PM Para: Blog da Julianne Cerasoli Assunto: Re: [Novo post] Turistando off-season: por que não dar um pulinho na Nova Zelândia?
Obrigada garota pelo papo
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