Dando sequência ao especial sobre os 20 anos do tricampeonato de Ayrton Senna, feito em parceria com o Café com F1, é hora de relembrar quem eram os grandes rivais do brasileiro naquela conquista. Para falar a verdade, até o torcedor mais crítico de Senna deve ter imaginado naquele início de temporada que o piloto levaria o título com “os pés nas costas”, tamanho foi o domínio apresentado. O piloto e a McLaren simplesmente venceram as quatro primeiras provas da temporada, mas no decorrer do campeonato apareceram alguns rivais para dificultar a conquista do brasileiro.
Os principais
Nigel Mansell: O inglês partia para a 11ª temporada na Fórmula 1 e continuava devendo um título. Depois que bater na trave em 1986 e 87 e de ter uma passagem desastrosa pela Ferrari, ele estava de volta à Williams, que contava com um super carro empurrado pelos potentes motores Renault. Não teve um belo início de temporada, mas chegou ao fim disputando o título.
Alain Prost: depois de expulsar Mansell da Ferrari em 1990, passou a ser a principal aposta da equipe italiana para lutar pelo título e tirá-la da fila que completava 10 anos naquela temporada. Mas o carro não era confiável e o piloto somou uma porção de quebras durante o ano. Com a velha mania de disparar contra todos, o francês acabou se dando mal na Itália, pois ninguém critica a Ferrari e continua na equipe para contar a história. Foi demitido e anunciou o fim da carreira. Voltaria em 1993 para ganhar o tetracampeonato.
Ricardo Patrese: o italiano tinha ainda mais tempo de estrada do que Mansell, pois entrou para a Fórmula 1 em 1977 e, antes de chegar à Williams, passara por Shadow, Arrows, Brabham e Alfa Romeo. Todos esperavam que ele seria rebaixado a escudeiro de Mansell, mas, durante a temporada, mostrou que estavam equivocados e chegou até a vencer prova depois de ultrapassar o Leão nas últimas voltas. No entanto, matematicamente fora da disputa, acabou ajudando o companheiro na briga contra Ayrton Senna.
Os coadjuvantes
Nelson Piquet: o brasileiro da Benetton não tinha o carro ideal nas mãos, para comprovar o talento que já havia demonstrado outrora, mas mesmo assim andou sempre no pelotão da frente e chegou a vencer corrida.
Jean Alesi: depois de despontar com uma grande promessa na temporada anterior pela Tyrrell, foi contratado pela Ferrari, mas não manteve o mesmo brilho que havia demonstrado em 1990.
Michael Schumacher: apesar de estrear do meio para o fim da temporada, o alemão terminou na zona de pontuação na metade das provas que disputou, dando mostras do que viria nos anos seguintes. Outro estreante daquele ano foi Mika Hakkinen, correndo pela já cambaleante Lotus.
Nos próximos capítulos, mostraremos como foi a disputa do campeonato e as histórias daquele marcante GP do Brasil de 1991.
4 Comments
Poxa, que legal essa série. Eu vivi a época. Acordar no domingo e curtir os GP´s era padrão.
No começo da temporada 1991, a Williams ainda estava no estágio final do que viria a ser o fodástico FW13 e FW14. Daí as constantes quebras no começo.
Resolvido o problema, na segunda parte da temporada e em 1992 praticamente só deu Williams. E o Senna teve que resolver magistralmente no braço, na tática.
Muito boa a série! Novamente parabéns pelo belo trabalho.
Bom, infelizmente, eu era apenas um bacurizinho nessa época. =p
Foi a primeira temporada que realmente me rcordo.As quatro primeiras corridas, o Senna simplesmente dominou com vitórias incríveis, principalmente a de Interlagos, mas a Williams tinha um super-carro projetado por Adrian Newey e com um motor poderoso. Quando sanaram os problemas mecânicos, a Williams atropelou, mas o “brutânico” mostrou um pouco da sua fama e nisso o Senna mostrou na hora que poderia ser mais piloto mesmo. Grandes recordações daquele campeonato…
Foi no ano em que me mudei do sítio (onde não tinha eletricidade) pra cidade, onde eu tive o prêmio de conhecer a velocidade (chamada Senna). Foi aí que surgiu minha paixão por corrida, que quase morreu junto com o “the best”! só ressuscitada pela Fórmula Mundial, motivo pelo qual amo tanto a Indy!