Os próximos dois meses têm tudo para serem decisivos para o mercado de pilotos – e para o próprio futuro imediato do Brasil na categoria. Tanto Felipe Massa, quanto Felipe Nasr buscam entender como estão me movimentando as peças de um mercado de pilotos que promete, pelo menos até o momento, ser agitado, mas não se veem nas melhores das posições.
Nasr sabe que precisa escapar da armadilha que a Sauber se tornou imediatamente. Mesmo vendo seu principal patrocinador, o Banco do Brasil, estampado como principal marca no carro, o brasiliense não contribui financeiramente tanto quanto o companheiro Marcus Ericsson – e o dinheiro que vem da Suécia e não parece ter fim. O piloto conta com o apoio do bilionário dono de uma gigante das embalagens do país, que é fanático por corridas e não o faz por um retorno direto. Em uma equipe afundada em problemas financeiros e comandada por uma chefe que se tornou um entrave em negociações de compra, é difícil enxergar qualquer tipo de futuro. E a maneira como o time lidou internamente com o episódio de Mônaco só escancara tudo isso.
É aí que os caminhos dos Felipes começam a convergir. As melhores opções tanto para Nasr, quando para Massa hoje seriam a Williams e a Renault, que ao mesmo tempo são muito provavelmente as equipes mais requisitadas no mercado. Batem à porta de ambas todo tipo de piloto: vencedores de corridas experientes, jovem endinheirados, pilotos com boa experiência e – como se costuma dizer no mundo da F-1 – bom ‘pacote’.
A montadora francesa deu indicativos nas últimas semanas de que gostaria de seguir o modelo da Red Bull, nutrindo jovens talentos – e, de quebra, ficando longe dos grandes salários. Trata-se de uma tática inteligente devido à oferta de jovens de qualidade em um grid com poucas vagas para quem não tem algumas dezenas de milhões de dólares no bolso. Mas seria o melhor caminho para a próxima temporada, com a grande mudança nas regras?
Voltaremos ao assunto Renault ao longo da semana, para que vocês entendam por que o time virou o queridinho do mercado.
Outra opção de Nasr – e, é claro, também de Massa – é a Williams. Em Grove, os movimentos que serão feitos em relação à dupla de pilotos (se é que haverá algum movimento) vão depender diretamente do que acontecer nos próximos meses: a necessidade de que ao menos um dos pilotos traga dinheiro para o time tem óbvia relação à posição no campeonato de construtores. Do terceiro para o quarto lugar, por exemplo, há um ‘rebaixamento’, que muito provavelmente vai acontecer com as contas do time, de cerca de 18 milhões de euros. Um resultado pior fatalmente fará a Williams retornar à ‘tática Maldonado’.
A princípio, esse timing é uma boa notícia para Massa, mas algo que precisa ser confirmado na pista. Daqui até meados de julho, a Williams terá sua melhor sequência de pistas e cabe aos pilotos demonstrarem que podem ‘ajudar financeiramente’ o time da forma mais tradicional, com resultados.
Tudo isso sem contar a influência de outras movimentações que o mercado pode ter: será que Rosberg estará livre? E Ricciardo? O recém-valorizado Sainz fica mais um ano na Toro Rosso? Onde Wolff vai encaixar seu protegido Wehrlein?
É um quebra-cabeças longe de estar montado no momento. Entender a necessidade de cada equipe e saber vender seu piloto será o grande desafio dos empresários dos brasileiros. E hoje não parece ser algo fácil de se fazer.
7 Comments
http://www.thisisf1.com/2016/06/06/perez-replace-raikkonen-ferrari-2017/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+thisisf1%2FRLEU+%28ThisisF1%29
Gostaria que isso acontecesse. De quebra, TOTO WOLFF poderia encaixar PASCAL WEHRLEIN na FORCE INDIA, já que ela corre com seus propulsores e é uma boa equipe para dar quilometragem a WEHRLEIN.
E, consequentemente, NASR na MANOR?
http://www.gptoday.com/full_story/view/567965/Nasr_has_8216more_than_one8217_option/
Também acho que a Manor é a outra opção do Nasr. Mas para ter chances em equipes melhores, ele precisa reclamar menos e andar mais.
Sobre a Ferrari, gostaria mais de ver o Sains do que o Perez.
Já o Massa deveria deixar a fila andar. Tem bons talentos esperando uma vaga.
Duvido que Nasr vá ter chance em equipes melhores, Aucam já tinha cravado ano passado que ele não era lá grande piloto e estava certo. Isso foi confirmado esse ano, foi batido constantemente pelo Ericsson que todos sabemos não ser piloto nem mesmo mediano.
A Renault nesse momento é a melhor aposta para qualquer piloto que queira tentar ser campeão nos próximos 2 ou 3 anos, com a unidade potência atualizada na RedBull, deram um calor na Mercedes e diferente da Ferrari já mostraram a que vieram, mostraram que podem vencer em condições normais uma coisa que os italianos ainda não mostraram, ano que vem com essa unidade de potência atualizada, novas regras e grana, muita grana pra investir, será a melhor aposta de médio prazo na F1.
Adoraria ver o Massa em desses assentos da Renault, ainda é um piloto muito capaz! Será que sobraria para Valtteri Bottas e Sergio Perez na Williams? Uma dupla no mínimo interessante!
Abraços pros meninos e beijos pras meninas!
Pessoal fica falando do Perez na Ferrari e se esquece que o cara nao aguentou a pressao na McLaren, que dira apos poucas corridas na ferrari, maior panela de pressao com prego dentro da F-1. Ali o cara tem que ser bom de tudo, ate de aguentar a taooooooo importante assim (que seria do mundo sem eles?) midia italiana. Ou entao o sujeito tem o cerebro do Kimi que esta nem ai para a colza.
Perez he igual a jogador de futebol que joga bem em clube medio. Poe o cara para encarar torcida de doentes, afina, murcha. Ele vai ser mais produtivo em equipes como Williams, Force India…
Nem o Nicolas Todt poe o Perez na Ferrari.
E o Nasr he mediano mesmo. Daqueles que acertam carro, dao uma ajuda aqui, outra ali. Mas nao ganharia um campeonato nem em 400 anos.
Massa chegou ontem em Montréal e a imprensa canadense diz que deve ser a última vez que ele vem como piloto pq a equipe vai colocar alguém mais novo no seu lugar e que só resta a aposentadoria para o veterano piloto.
Prefiro muito mais que o “velho Felipe” permaneça no ano que vem, de preferência na Renault. O “novo Felipe” não empolga nem um pouco. Quem toma pau do Ericsson (e perdeu o campeonato da GP2 pro Palmer) não tem futuro na F1.