Ele costuma roubar a cena normalmente, mas neste final de semana Daniel Ricciardo se superou. Na quinta-feira, perguntado como tinha se resolvido com Verstappen após a batida da Hungria, disse que “foi fácil, sentamos, fumamos um baseado e ficou tudo bem”.
No sábado, ele dava entrevista, em italiano, à TV do país e Max esperava-o terminar para também falar com os italianos. Como Daniel estava demorando, o holandês reclamou. “Max, você fala italiano?”, perguntou o australiano. “Não”. “Então vaffanculo”. Todo mundo rachou de rir.
No domingo, quando perguntado se fazia algo diferente com o carro, pois não tinha tantos problemas técnicos quanto Verstappen, Ricciardo disse que sim. “Eu faço carinho, massagem. Não diria que são preliminares. Mas você sabe como é, os mais jovens tendem a ir com muita sede”. Mais gargalhadas.
A assessora da Mercedes ficou sem saber como contornar quando Lewis Hamilton disse que achava que o mar laranja nas arquibancadas era de irlandeses. E parece que ele estava falando sério.
Falando em laranja, no domingo os membros da McLaren estavam usando uma camiseta com a cor, em homenagem ao aniversário de Bruce McLaren. Que foi quarta.
O clima ficou meio sem graça na Williams depois que os alemães publicaram proposta a Alonso. Trata-se não só de uma vontade de Laurence Stroll, que não deve ouvir um não muitas vezes na vida, mas também de um sonho antigo de Claire Williams. Mas no momento o time não é exatamente atrativo.
O espanhol revelou sua matemática no sábado: 60% das propostas rejeitadas, 40% ainda na mesa. Tudo leva a crer que foram 5 no total e restam duas: McLaren ou Indy?
Hamilton chegou a segunda metade da temporada querendo ver sangue. Ele mesmo quem disse. E ficou clara a estratégia de alfinetar Vettel por todos os lados. Perguntei a ele quando começaria a pensar em renovação e fez questão de mencionar que há anos não fala com outras equipes, ao contrário dos outros.
Rolou um deja vu na manhã de domingo. Depois de muito tempo perdido no trânsito para chegar no circuito, entro na sala de imprensa e ouço o hino brasileiro. Há 3 anos, Felipe Nasr já estava no pódio da corrida 2 da GP2 quando exatamente o mesmo aconteceu. Neste ano, era o engenheiro italiano de Sette Camara cantando em bom português após a primeira vitória do mineiro na F-2.
Como tradição é tradição, encarei os 7km de sobe e desce de Spa correndo no sábado à noite, e desta vez a volta foi bem mais fácil do que nas últimas e só um pouco acima da pole position, em 39min36. E que venha Monza.
16 Comments
Ju, essa corrida que você fez no circuito é apenas para os jornalistas, ou o publico também pode encarar o desafio? Acontece a mesma coisa em outros circuitos?
Não é uma corrida, a pista fica aberta depois de um certo horário. Geralmente torcedores não podem entrar, mas em Spa eu sempre vejo torcedor na Eau Rouge. Sinceramente, não sei como eles entram, mas é só lá. E Mônaco, claro, porque a pista fica aberta.
Ju, houve reencontro entre Hulk e Magnussen?
Palmer/Renault e Kvyat/Toro Rosso. como estavam após a corrida?
E caso o Alonso resolva ir para a Indy, deixar a McLaren pra lá e respirar novos ares, Button é o nome mais provável de assumir a vaga? Quem sabe um retorno do Pérez a McLaren (improvável, mas o Alonso voltar para lá também era, ainda mais sob o comando do Ron Dennis)?
O Werhlein é praticamente carta fora do baralho para o próximo ano? É possível que a Mercedes passe a preparar ele para a Fórmula E?
Eles não quiseram fazer as pazes. Não se esperava mesmo, não é o estilo de nenhum dos dois.
Palmer e Kvyat não vi depois da corrida.
É possível que a vaga de Alonso fique com Lando Norris. Button não quer voltar e ninguém quer Perez lá.
Wehrlein está cotado para a FI pela vontade da Mercedes.
Sobre o Hulk e o Magnussen a gente nem quer que eles façam as pazes, essas brigas entre pilotos é o que mostra o lado humano deles.
A briga dentro da Force India, depois da disputa pelo título é a melhor coisa do campeonato.
Tinha esquecido que a McLaren já tinha colocado um outro piloto para andar esses dias nos testes coletivos.
Mas tem informação de qual equipe o Wehrlein correria?
Force India
Jú, parabéns pela matéria.
Seu tempo está ótimo na corrida, e como te disse é muito inspirador.
Voltei a correr e espero retornar a meia maratona ainda esse ano.
Abraço
O Hamilton gosta muito dessa guerra psicológica mas não acredito que o Vettel vai cair, pois não é o estilo dele entrar nesse tipo de situação.
Baku que o diga!!!
O Vettel é estressado dentro da pista. Fora dela eu nunca vi ele entrar em guerras psicológicas.
Julianne, existe alguma explicação técnica do porquê a Williams está tão mal para uma equipe bem servida em termos de motor, dinheiro e equipe técnica ? A Force India serve de exemplo de onde ela deveria estar. Atualmente está somente na frente da Sauber na classificação aos sábados.
Não, nem eles sabem:
http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2017/08/29/queda-da-williams-preocupa-pilotos-e-pode-ditar-futuro-de-massa.htm
Eu acho que a filosofia nos projetos da Williams é muito conservadora e sempre eles aproveitam muito do projeto do ano anterior no carro a cada ano. Visualmente não existe uma mudança grande nas soluções aerodinâmicas se olharmos os modelos de cada ano. De tal forma que acredito que essa continuidade está esgotada, não tem maiscpara onde melhorar. É precis que eles partam de uma folha em branco, do zero; como fizeram em 2014. O problema é que a direção da Williams não gosto muito de agir dessa forma.
Ju, acha que o jeito inquieto de Hamilton no pódio, entrar na sala de pesagem e jogar as luvas no sofá, é só por causa da Mercedes ter conversado com Vettel?
Acho que é a última coisa que está na cabeça de um piloto logo após uma prova.
Hehe, poxa, Ju, você está equipada com motor Honda para fazer uma volta tão lenta assim?! Kkkkk;). Ps: das muitas boçalidades de Galvão Bueno, surgiu mais uma pérola no domingo, ora, “minerim” é muito infantilizado para homens barbados que correm a 300 km/h, fala sério!