Sem querer desanimar, Galvão Bueno já vai falando que “em Mônaco, pole é meio caminho andado.” Barrichello decidiu não colaborar com o marasmo e ganhou 2 posições na largada. “Tá se especializando em largada. Que show de Rubinho!”, Galvão vibra e completa que “papel de Massa é esse mesmo, acompanhar os outros.”
Acidente de Hulk e safety car. Os espanhóis se surpreendem, achavam que todo mundo ia parar, mas é fato que ninguém além de Alonso precisava arriscar 77 voltas nos mesmos pneus! Desde sábado já diziam que parar cedo era sua única esperança. A estratégia só pegou Galvão de surpresa. “Quem disse que a Ferrari não arrisca?”
Sobre o acidente, ex-pilotos ficam em cima do muro. “Estanho, parece problema no volante”, diz David Coulthard. Para Burti, pneu furado ou suspensão. A análise é cortada pelo abandono de Button, para deleite de Galvão e do espanhol Antonio Lobato. “Vai perder a liderança do campeonato”, diz o 1º. “O único que está na frente de Alonso no campeonato está fora!”, vibra o 2º.
Lobato, aliás, briga com a geração de imagens, que não mostra seu astro. Mas, quando mostram Alonso embutido na traseira de Di Grassi… “Madre mia. Que medo! Melhor tirarem a câmera”. A briga com o brasileiro rendeu. Galvão gostou, disse que ele estava fazendo seu nome. “Ele está numa outra corrida. Ele está no começo da carreira e vai precisar de favores depois”, ameaça Coulthard (lembrando que o escocês passou 48 voltas atrás de Bernoldi certa vez em Mônaco). “Fernando deve estar enraivecido. Não porque Di Grassi deveria deixar passar, porque estava no seu direito, mas pelas mudanças de direção que ficou fazendo”, esbraveja Lobato. “Só faltam 18 (carros)…”, suspira.
Volta 15 e Martin Brundle tem boa teoria sobre o domínio de Webber. “Acho que, como Button ano passado, ele descobriu uma maneira de andar rápido de pneu macio sem causar graining.”
Logo depois, o inglês fica bravo com a McLaren, que chama Hamilton cedo aos boxes. Em seguida, percebe o porquê. “Eles quiseram cobrir Alonso porque ele tá andando no ritmo do Webber”. Era oficial, o espanhol tinha voltado para a corrida. “Estratégia funcionou”, comemora Lobato. “Foi sorte por causa do Safety Car”, alfineta Galvão.
Rubinho bate forte. “Quebrou alguma coisa”, diz Galvão. “Furou pneu”, afirma Luciano Burti e Marc Gené, quase em sincronia. “Falha mecânica. Pneu traseiro”, concorda Brundle. E, ao contrário da conclusão chegada na Globo, o acidente foi, sim, causado pela tampa de bueiro que se soltou e causou o 3º SC do dia.
Falando em SC, Brundle fez uma conta interessante. Não fosse o tempo perdido com a corrida parada, Webber teria vencido com mais de 30s de diferença, bem mais que em Barcelona. Na La Sexta, Gené revela que as previsões mais otimistas da Ferrari colocavam Alonso em 9º ou 10º.
Quando tudo parecia decidido, Trulli tenta o impossível. “O que foi isso? Frustração?”, se diverte Brundle. “Aí não dá (risos). Ele tentou”, diz Gené. “Trulli foi muito otimista”, Burti foi mais educado.
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Mas não era só isso. A ultrapassagem de Schumacher em Alonso deu o tempero final. Nas 3 transmissões, atrapalharam-se com as novas regras e deram razão ao alemão. Sorte de espanhóis e ingleses, que continuam com a F1 no ar após as provas (na BBC, por mais 1h) e tiveram tempo de achar o artigo que pegou Michael no pulo.
2 Comments
a falha da mclaren com button foi grosseira, afinal esquecer aquela tampa! seria uma ajudinha a hamilton? brundle como sempre mais sensato. sem falta de modéstia, mas, até eu sabia que a ultrapassagem de shumi era ilegal. haja paciência!
Os espanhóis têm certeza que foi pra ajudar o Hamilton…
O pior é que a transmissão acabou e eles não souberam informar a regra, que mudou faz 2 anos.