F1 Quem são os brasileiros que estão chegando na base - Julianne Cerasoli Skip to content

Quem são os brasileiros que estão chegando na base

Vamos ouvir falar muito de Pietro Fittipaldi e Sergio Sette Camara neste ano. Afinal, eles são pilotos de testes de Haas e McLaren e estarão em vitrines importantes, na “borda” da F-1. São casos um pouco diferentes: Sergio tem a missão de lutar pelo título da F-2 ou pelo menos somar os pontos para poder dar o passo seguinte, enquanto Pietro escolheu um caminho bem mais arriscado, pois não tem os pontos suficientes para a Superlicença e tem o compromisso de estar em todos os GPs, o que dificulta correr em outra categoria – fala-se em uma conversa com a Super Fórmula, mas quatro das sete etapas batem com a F-1.

A safra de pilotos brasileiros está longe de acabar por aí. Na verdade, a grande expectativa está colocada em três nomes. Desde os tempos de kart, Caio Collet é tido como um diferenciado e, no ano passado, o piloto de 16 anos foi melhor que a encomenda em sua primeira temporada com carros de fórmula: conquistou o francês de F-4 por antecipação e quase 70 pontos a mais que o segundo colocado.

O desempenho de Caio chamou a atenção de ninguém menos que Nicolas Todt, o mesmo que empresaria Felipe Massa e que, mais recentemente, guiou Jules Bianchi e Charles Leclerc para a Fórmula 1. Com Todt, Caio tem mais garantias de patrocínio (vemos que todos os pilotos do empresário francês basicamente são apoiados pelas mesmas marcas, indicando uma estrutura de trabalho), grande chances de sempre poder contar com boas equipes e um caminho quase certo até a F-1. Para completar, estará no programa de jovens pilotos da Renault em 2019. É uma questão de continuar tendo os resultados. E de tempo.

Outro que vem de um ano muito forte é Enzo Fittipaldi, que disputou ao mesmo tempo as F-4 italiana e alemã, foi campeão da primeira e terceiro na segunda, correndo pela Prema, time que tem fortes conexões com a Ferrari e com a Mercedes.

Enzo, assim como Gianluca Petecof (quarto no italiano e décimo no alemão de F-4 em 2018), que rivalizava com Collet no kart, são membros do programa de desenvolvimento de pilotos da Ferrari, que nos últimos dois anos promoveu Leclerc e agora Giovinazzi. Os dois brasileiros moram em Maranello e fazem atividades de formação na Ferrari, além é claro de estarem mais próximos do time e de contarem com um apoio de peso. Mas reforço: tudo isso lhes dá uma ótima estrutura, mas só os resultados nas próximas etapas vão traçar seu futuro.

Outro que vem de um 2018 muito bom é Felipe Drugovich. Ouço falar dele desde minhas conversas com o Amir Nasr no paddock da F-1 e, provavelmente por ter uma carreira sem a mesma estrutura financeira de pilotos que já bem novos têm nomes como Todt e a Ferrari por trás, está “penando” mais, mudando mais constantemente de equipe, porém ainda assim com ótimos resultados. Em seu terceiro ano em carros de fórmula, o piloto de 18 anos foi campeão da F-3 espanhola e da Euroformula Open de forma impressionante (ganhou todas as corridas a não ser duas, em que foi segundo). Como? Ele mesmo diz que teve muito a ver com a perda de um campeonato disputado na F-4 alemã no ano anterior, quando chegou em terceiro.

Por fim, há quem possa questionar a ausência de Pedro Piquet na lista, mas seus resultados não são comparáveis aos demais até o momento.

Para 2019, esses pilotos seguem por caminhos diferentes: Drugovich deve ir para a nova F-3, categoria fortalecida em 2019 e cuja temporada é disputada junto da F-1. Collet fará a Fórmula Renault Eurocup, enquanto Enzo Fittipaldi vai para a F3 Regional, Petecof fica mais um ano na F4. Ambos permanecem no programa da Ferrari.

No comment yet, add your voice below!


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui