F1 Rapidinhas do GP da França - Julianne Cerasoli Skip to content

Rapidinhas do GP da França

Quando a relação entre Lewis Hamilton e sua Mercedes tinha seus altos e baixos, Valtteri Bottas estava conseguindo empatar o placar de classificações e o campeonato estava apertado. Agora, o inglês disse que aprendeu a ler as reações de seu carro para colocá-lo no ponto exato para fazer uma volta voadora no Q3. Juntando isso ao fato de Lewis ser o melhor piloto em classificações do grid – e muito provavelmente da história – fica muito difícil para qualquer um reagir.

 

Essa questão de ler a evolução da pista para que o carro fique na mão do piloto na última volta da classificação é um dos grandes desafios da F1 atual e tem a ver com o acerto, mas também com a pilotagem. Escolher bem as linhas e onde forçar mais é fundamental para que os pneus estejam no que Mario Isola chamou aqui de o “pico do pico”.

 

Foi o que Charles Leclerc também conseguiu neste sábado, algo que estava faltando para ele nas últimas classificações e que o deixa muito confiante para as próximas provas. E foi justamente o contrário que aconteceu com Vettel, que vinha muito bem até o começo do Q3. Ele disse não entender por que o carro ora funcionava, ora não, e acabou só em sétimo no grid.

 

É possível que o vento tenha pego o alemão de surpresa, o mesmo que aconteceu com Bottas. Afinal, ele mudou de direção e aumentou justamente no Q3, afetando o equilíbrio dos carros. É em hora como essas que os pilotos mais sensíveis ao volante prevalecem, o que não surpreende no caso de Hamilton, mas foi interessante de se notar em Leclerc e Lando Norris, em mais um bom final de semana da McLaren justamente na casa da Renault.

 

Para a corrida, provavelmente será essa a disputa mais interessante. Já que as duas Mercedes parecem isoladas, e a velocidade de reta da Ferrari deve manter Leclerc seguro de qualquer possível ataque de Verstappen já que, mesmo com o novo motor Honda, a Red Bull pareceu mais distante neste final de semana do que nas etapas anteriores.

 

Do ponto de vista da estratégia, não há muito o que inventar: como até as McLaren e Ricciardo conseguiram ir para o Q3 com o pneu médio, será uma prova de uma parada para quem está nas primeiras colocações, enquanto Gasly e Giovinazzi vão ficar expostos por começar a corrida com o pneu macio e terão que gerenciar muito o ritmo para tentar fazer apenas uma parada. Não me surpreenderia, ainda, que alguém de 11º para trás largasse com o duro e tentasse fazer uma primeira perna da corrida muito longa e colocasse os macios na parte final.

 

Voltando à briga lá da frente, a grande chance de Bottas é na largada, e ele sabe disso muito bem. Costuma ser uma largada em que os pilotos arriscam porque os limites de pista na França, infelizmente, são marcados só pelas linhas, já que as áreas de escape são asfaltadas. Podemos esperar agressividade também de Vettel vindo de trás, nos momentos que devem ser decisivos em Paul Ricard.

2 Comments

  1. “Podemos esperar agressividade também de Vettel vindo de trás, nos momentos que devem ser decisivos em Paul Ricard.”
    Espero apenas que a agressividade de Vettel não o transforme em uma “bola de boliche” e cause um “strike”…

    • Oi Ju,

      Lewis Hamilton dando show na pista, mais ele não supera Ayrton Senna na classificação para a pole. Lewis cada dia mais cresce como driver e afirmou que atingiu o auge de experiência na carreira e sabe se adequar ao carro junto com seu arrojo e técnica fenomenais. Bom trabalho

      Senna Sempre 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇬🇧🇬🇧🇬🇧🇬🇧🇬🇧🇬🇧


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