F1 Rapidinhas do GP da Hungria - Julianne Cerasoli Skip to content

Rapidinhas do GP da Hungria

O momento é todo de Max Verstappen na Fórmula 1. Depois de vencer duas das últimas três corridas, o holandês finalmente conquistou sua primeira pole. Pole essa que demorou para vir principalmente porque a Red Bull não teve nos últimos anos um motor com um bom modo de classificação. Tudo bem que a pista de Hungaroring é daquelas que premiam mais um carro que gera bastante downforce do que um motor que despeja potência, mas o resultado não deixa de ser mais um fator encorajador para a Honda, que ainda não estreou uma atualização de unidade de potência focada em melhorar seu “party mode”.

 

Mas Verstappen tem seus motivos para se preocupar, especialmente com a largada. Ele disse que a equipe achou os problemas de software que fizeram com que as largadas dele e de Gasly fossem ruins nas últimas provas. Mas a hora da verdade será neste domingo, quando ele vai ter ao seu lado um Valtteri Bottas que vai para a corrida no escuro, depois de ter perdido a primeira sessão de treinos livres por conta de um problema no motor, e a segunda por conta da chuva.

 

Até por isso, foi surpreendente vê-lo na frente de Lewis Hamilton na classificação. E a explicação do inglês foi a falta de aderência que sentiu no carro, cujo comportamento mudou completamente em relação ao terceiro treino livre, provavelmente devido à queda na temperatura do asfalto, já que o tempo estava nublado e havia uma chuva rondando o circuito durante o classificatório. Para a corrida, podem esperar um Hamilton forte novamente.

Em relação à estratégia, não há muito o que fazer. Os seis primeiros largam com pneu médio e devem fazer a segunda metade da prova com os duros. Isso, inclusive, dificulta um undercut, já que os pilotos precisarão de algum tempo para aquecer os pneus duros se a previsão de tempo nublado e temperaturas perto dos 25ºC se confirmar, até porque é uma pista que coloca pouca força nos pneus. É por isso que a largada é tão crucial.

Não há previsão de chuva para a corrida, e sim de sol entre nuvens, para a frustração da Ferrari. Isso porque Sebastian Vettel disse que tudo o que queria é que fizesse calor para que a Ferrari tivesse alguma chance. Isso porque, como vimos com a rodada de Leclerc, o carro está deslizando muito de traseira, mais do que nas corridas anteriores, e isso prejudica a vida dos pneus.

 

Mesmo assim, Vettel está mais confortável com o carro, curiosamente. Ele foi mais rápido que Leclerc o tempo todo até antes da volta final da classificação, revertendo uma tendência que começou no GP da França, e disse que a Ferrari tinha encontrado formas de driblar seu desconforto com o carro. Mas ainda é um trabalho em andamento.

 

Mais atrás, a McLaren deve fazer uma corrida solitária, com disputa aberta entre Norris, que larga na frente e vem se revelando um piloto mais de classificação, e Sainz, sempre muito forte nas corridas. Eles podem ser ajudados por Romain Grosjean, que colocou a Haas mais à frente do que ela deveria na classificação, e certamente a milhas de distância de onde eles devem estar na corrida, quando costumam decair. Romain, inclusive, já avisou que vai ter trenzinho atrás dele, já que ele vai tentar aproveitar cada centímetro da travada pista de Hungaroring para salvar pelo menos um pontinho precioso para a Haas.

4 Comments

  1. Trenzingo atrás de Grosjean… Tomara que não se transforme em “engavetamento”

  2. Olá Julianne, uma pergunta: percebeu que o Lewis não abriu a asa em sua última tentativa no Q3 perto da linha? Haveria algum motivo especial para isso? Obrigado, excelentes post´s como sempre, parabéns.

      • Pois é mas ele não abriu. Estranho né? Obrigado por responder.


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