Em 2010 |
Colocação/pontos: 1º, 498 pontos |
Melhor resultado: 1º (9 vezes, 5 com Vettel e 4 com Webber) |
O que levar para 2011: o carro imbatível |
O que esquecer: falta de confiabilidade e mau gerenciamento de pilotos |
Sebastian Vettel
Heppenheim, Alemanha, 03.07.1987
62 GPs
10 vitórias
Por que Vettel: capaz de proezas e deslizes incríveis, é um gênio amadurecendo a olhos vistos
Em 2010: campeão, 256 pontos
O que levar para 2011: as performances em classificação e a facilidade em vencer da ponta
O que esquecer: a dificuldade em abrir caminho no pelotão
Mark Webber
Queanbeyan, 27.08.1976
232 GPs
Por que Webber: acostumado a lutar, promete ser uma pedra no sapato do companheiro campeão
Em 2010: 3º, 242 pontos
O que levar para 2011: a tranquilidade para liderar corridas
O que esquecer: o ar de “contra tudo e todos”
Em 2010, eles conseguiram perder pontos das maneiras mais inesperadas. Ora seus pilotos davam um encontrão em plena reta, ora um deles saía voando e fazia jus ao slogan da empresa, mas, quando tudo ia bem, era impossível segurar os Red Bull. Disparado o melhor carro do ano, chegou a colocar 1s no rival mais próximo na classificação da Hungria. A primeira reação da concorrência foi questionar, porém, se havia algo ilegal no RB6, nem a FIA encontrou. A solução foi copiar.
No entanto, em que pese alguns problemas com a confiabilidade – foram cerca de 60 pontos perdidos por quebras, só com Vettel – e trapalhadas de seus pilotos, não havia nada que as poderosas McLaren e Ferrari pudessem fazer: sob o comando do projetista Adrian Newey, eles estavam sempre um passo à frente.
E têm tudo para continuar ditando o ritmo em 2011. O RB7 apareceu com uma traseira absurdamente compacta e bem trabalhada. O carro é o único até agora que tem algo parecido à aleta de tubarão que tomou conta dos modelos nos últimos dois anos e comenta-se que seu sistema de escapamento seja ainda mais complexo que o da Renault, cuja saída parece ter sido trazida mais para a frente. Se nem todos os mistérios do RB6 foram desvendados em uma temporada toda, é difícil imaginar que um dia seja o suficiente para aprender muita coisa sobre o RB7. A boa notícia para o time nesse início dos treinos coletivos é a confiabilidade, algo incomum aos projetos recém-nascidos de Newey.
O engenheiro, inclusive, reconheceu que, além de ter mais dificuldade que os rivais com o KERS, que não foi utilizado pela equipe em 2009 por questões de peso e aerodinâmica, ainda recebeu da Renault um equipamento mais pesado que da concorrência, algo que eles mesmos pretendem corrigir em Milton Keynes.
Além das saídas geniais de Newey, outra dinâmica a ser observada na equipe dos touros é entre os companheiros Vettel e Webber. Em teoria, o australiano não deveria ser páreo para o candidato a novo Schumacher mas, ajudado pela “moleza” que é guiar um Red Bull nesses dias, Mark chegou perto em 2010, o que causou uma mau gerenciada guerra interna. O braço austríaco, que é na prática quem manda, claramente apoia Vettel, fruto do programa de desenvolvimento de pilotos da empresa de latinhas. Por outro lado, Webber não é de ficar quieto. Caso o RB7 seja tão dominante quanto seu antecessor, a aposta por um tirar pontos do outro dentro da equipe é a única chance da concorrência.
1 Comment
Pelo foguete que demonstra ser, a “deficiência” de Vettel, parece que não vai pesar tanto. Por Sebastian estar em amadurecimento, ouso dizer, que mesmo com um carro tão bom, que se Hamilton ou Alonso, fossem pilotos RBR, a fatura já estava liquidada, algo que não consigo ver, ainda claramente no jovem alemão. Webber brigará, muito em vista das facilidades do projeto, pois sua capacidade é mediana.