F1 As histórias do números dos pilotos - Julianne Cerasoli Skip to content

As histórias dos números dos pilotos da F1

Os números dos pilotos da F1 carregam histórias diferentes. A maioria tem a ver com um numeral que eles usaram na carreira e que deu sorte, mas alguns tiveram que improvisar depois de ver suas primeiras escolhas tomadas por outros pilotos. Mas tem também números associados a ídolos do automobilismo e outros esportes, aniversários e homenagens familiares.

Os pilotos começaram a poder selecionar seus números em 2014. Antes disso, eles eram definidos de acordo com a posição no mundial de construtores do ano anterior, e o número 1 sempre ficava com o campeão do mundial de pilotos.

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Agora, cada piloto teve que escolher um número, de 0 a 99, desde que não seja o número 1 ou o 17, ‘aposentado’ em homenagem a Jules Bianchi, morto meses depois de um acidente no GP do Japão de 2014. Já o número 1 continuou reservado ao campeão, mas o piloto tem agora a opção de continuar usando o seu próprio numeral.

Quem notificar primeiro a FIA, leva o número, que depois fica por dois anos congelado quando o piloto sai do grid. É por isso, por exemplo, que Gabriel Bortoleto pode escolher o número 5, que era de Sebastian Vettel, para sua estreia na F1 neste ano.

Max Verstappen – 1

Ao contrato de Lewis Hamilton em um passado recente, Max Verstappen prefere usar o número reservado ao campeão ao invés de manter sua escolha original, o 33. Até porque essa nem era sua primeira opção: ele queria o número 3, seu número da sorte, mas ele já estava na época com seu companheiro Daniel Ricciardo. Então, Max optou pelo 33 “para dobrar a sorte”. 

Liam Lawson – 30

É uma homenagem a um kartista neozelandês com o qual Lawson trabalhou na infância. “Ele cuidava de mim e se tornou meu herói, meu ídolo quando eu era criança. Ele corria com o número 30”, contou Lawson, referindo-se a Mat Kinsman, que inclusive ainda compete nos karts.

Lando Norris – 4

É fácil notar como o número 4 se encaixa muito bem nas iniciais de Lando Norris, garantindo a ele uma bela logomarca. Acontece que esse foi o plano C do piloto, que queria o número 11 (que era de Perez) ou o 31 (de Ocon). Eram numerais com os quais ele tinha corrido na base.

Oscar Piastri – 81

Quando Piastri entrou na loja na Austrália para comprar o número com o qual correria no kart, eles só tinham números 1, e ele não podia correr com o número do campeão logo de cara, então escolheu o 11. Até que ele foi se inscrever numa prova e já tinham o 11, e ele decidiu mudar para 81. Assim ficou na F1 também.

Lewis Hamilton – 44

O heptacampeão teve várias chances de usar o número 1, com o qual correu apenas em 2009, mas manteve o 44 o tempo todo. “Quando eu tinha oito anos, tínhamos um kart muito antigo que tinha sido de, tipo, cinco ou seis famílias diferentes. Estava na parte de trás dos anúncios do jornal. Meu pai comprou esse kart, o reconstruiu e tivemos que nos inscrever na nossa primeira corrida e meu pai não sabia qual número usar. E na placa do carro dele estava F44”, disse Hamilton. “Corremos com esse número por anos, e quando passamos a poder escolher, decidi voltar para onde tudo começou.”

Charles Leclerc – 16

Para lembrar do aniversário de Leclerc, é só saber que é em outubro, e a data fica mais fácil. Isso porque ele queria 7, depois 10, todos tomamos, então fez uma ‘gambiarra’: “Seis + um dá sete, e também 16 é meu aniversário.”

George Russell – 63

É um número que cai muito bem com suas iniciais, mas o motivo da escolha é outro segundo o piloto. “Era o número com o qual meu irmão corria. Ele sempre correu com o 63, então esse número ficou na família.”

Kimi Antonelli – 12

O italiano tem apenas 18 anos, mas é maluco por Ayrton Senna. Tanto, que correu na F2 com o adesivo do brasileiro em seu carro e já assinou prefácio de livro a respeito do tricampeão. Foi por isso que ele escolheu o número 12, com o qual Senna correu na Lotus e no ano de seu primeiro título. “É um número especial por causa do meu ídolo, e estou usando-o desde a F4. As coisas sempre deram certo com o 12.”

Curiosamente, Felipe Nasr escolheu o mesmo número quando correu na F1, entre 2015 e 2016, também em homenagem a Senna.

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Fernando Alonso – 14

O espanhol é obcecado pelo número 14 a ponto de trocar de quarto de hotel se não consegue fazer alguma conta matemática que resulte em 14, como revelou no passado. Ele se apegou especialmente a este número quando venceu o mundial de kart aos 14 anos, no dia 14 de julho. “Desde aquele momento eu tive a certeza de que era o meu número”.

Lance Stroll – 18

O canadense escolheu o número com o qual foi campeão na F4 e na Fórmula 3. “Sou um pouco supersticioso, não muito. Mas coisas assim são importantes para mim.”

Pierre Gasly – 10

Fã de futebol e torcedor apaixonado do PSG, Gasly escolheu o número de seu ídolo, Zinedine Zidane. Que de quebra também era seu número quando ele foi campeão da Fórmula Renault.

Jack Doohan – 7

O número 7 também poderia ser a escolha de outro fanático por futebol, mas pela segunda vez desde que a regra foi estabelecida, esse não é o caso. O primeiro foi o finlandês Kimi Raikkonen. Agora, Jack Doohan acabou ficando com o 7 depois que sua primeira opção, o 12, foi tomada por Antonelli. “Queria um número com o qual já corri, e usei o 7 em 2019. E também foi o número de um dos meus ídolos, uma pessoa e piloto especial, Kimi Raikkonen.”

Yuki Tsunoda – 22

O japonês queria mesmo o 11, com o qual corria no kart, mas ele estava tomado por Perez, então ele encontrou seus motivos para curtir o 22: “É um número com o qual Jenson Button, piloto que respeito muito, foi campeão, e também foi usado por Takuma Sato.”

Isack Hadjar – 6

O francês nem precisou de palavras para explicar por que escolheu o número 6. O último piloto confirmado no grid da F1 em 2025 apenas publicou uma foto sua dos tempos de kart usando o número, que já foi de Nico Rosberg (que inclusive foi campeão com o 6) e Nicholas Latifi.

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Carlos Sainz – 55

Sainz queria mesmo o número 5, com o qual Vettel corria. É seu número favorito e também combina com a inicial de seu sobrenome. A saída, então, foi dobrar os cincos. “Acabei fazendo uma brincadeira com meu nome, com os dois ‘s’ seguidos.”

Alex Albon – 23

Um número icônico para o esporte, principalmente para quem curte NBA e viu Michael Jordan e LeBron James jogando com a 23. E olha que Albon tinha outra opção em aberto: no kart, ele corria com o 46 em homenagem ao multicampeão das motos Valentino Rossi.

Nico Hulkenberg – 27

O número 27 ficou marcado pela lenda ferrarista Gilles Villeneuve, mas uma homenagem ao canadense não foi o motivo da escolha de Hulkenberg, que somou o dia de nascimento (19) ao mês (8) para chegar nele.

Gabriel Bortoleto – 5

gabriel bortoleto é camepão da f3 em 2023

O brasileiro correu com o número 85 no kart e até mesmo seu X ainda é “@gabrielbortoleto85”, mas ele optou pelo número 5, que tinha acabado de ficar disponível nesta temporada, dois anos após a aposentadoria de Vettel, e que também foi o número dele na conquista da F3.

Esteban Ocon – 31

O francês escolheu o 31 porque este era o número com o qual estava correndo no ano em que mais venceu na carreira. E faz tempo: foi em 2007, quando ele venceu o campeonato francês de kart. Deve ter sido mesmo uma conquista especial, pois a família de Ocon vendeu a casa e passou a viver em um motorhome de pista em pista quando ele estava no kart.

Oliver Bearman – 87

É um número que já está na família Bearman: seu pai correu com o 87. Mas também há uma coincidência envolvida na escolha. Oliver nasceu em um dia 8, e seu irmão mais novo, Thomas, que também é piloto, nasceu em um dia 7.

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