F1 Rubens Barrichello: tempo perdido em 2011 - Julianne Cerasoli Skip to content

Rubens Barrichello: tempo perdido em 2011

Posição média de largada 14,6
Posição média de chegada 12,6
Média de classificação em relação a companheiro +0.274
Voltas à frente do companheiro em corrida 331 (63,8%)
Porcentagem de pontos da equipe 100%

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Quando se está na 19ª temporada na carreira, observar que 2011 é o segundo pior ano da história de Rubens Barrichello na F-1 não é um dado dos mais animadores. E só não é o pior por um mísero nono lugar, sendo que esta temporada não está zerada nos pontos, da mesma forma que aquele terrível 2007 na Honda, pela maior oferta – até o 10ª colocado.

É difícil falar de um piloto cujo carro apresenta tantas deficiências, que já foram destrinchadas neste post. Não é forte na classificação, consome muito pneu e quebra com uma frequência maior que a concorrência. Não é à toa que a Williams está em plena fase de mudanças internas: última colocada entre os times que pontuaram (tirando Lotus, Hispania e Virgin), a equipe precisa de uma virada à lá 2010 para chegar perto da rival mais próxima, a Toro Rosso, que tem 18 pontos a mais.

Mas o filme não é o mesmo do ano passado, quando Barrichello partiu de um oitavo lugar como melhor resultado para um quarto e quinto em sequência, e outras quatro provas seguidas entre os 10 primeiros: o carro de 2011 não evolui.

Alguns podem dizer que se há alguém que deveria resolver isso, seria Barrichello. Afinal, o brasileiro não é um grande acertador de carros, não tem experiência para dar e vender? A questão é que o piloto, os engenheiros, todos sabem quais são as deficiências, sabem o que tem de ser feito. Mas há algo no processo dentro da fábrica que faz com que as peças que são produzidas não funcionem na pista, a exemplo do que aconteceu com a Ferrari no começo do ano.

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O que se pode cobrar de Barrichello são as classificações. Ninguém imaginaria que Maldonado ficaria tão constantemente à frente do brasileiro. Ainda que o venezuelano caia de rendimento aos domingos e sequer tenha completado uma corrida inteira – sempre que cruzou a linha de chegada levou ao menos uma volta do líder – ninguém duvida que largar mais à frente ajude e as três vezes em que o novato chegou ao Q3 mostraram que há potencial para isso.

A idade é que não parece prejudicá-lo. Comparando com os colegas que estão de meados a fins dos 30 anos – e o quarentão Schumacher, Barrichello é o que tem melhor desempenho em relação ao companheiro na turma que ainda conta com Trulli, Webber e Heidfeld. Mas, como a maioria deles – Michael, sob contrato, e Mark, sem que a Red Bull encontre um substituto confiável em sua lista de jovens pilotos, parecem a salvo – enfrenta um período de incerteza a respeito de seu futuro.

3 Comments

  1. Olá,
    Não há dúvida quanto à capacidade de Rubens Barrichelo mas a Williams não tem equipamento para fazer mais do que está fazendo.
    Não sei se Barrichelo continua na categoria no próximo ano, a equipe o quer, mas a falta de dinheiro pode fazer com que a Williams escolha um piloto pagante que traga dinheiro e se possível resultados. Se isso acontecer e ele deixar a categoria acho sinceramente que não é o que ele merece, terminar a carreira de forma tão melancólica, lamentável.
    Abs

  2. Segundo li por aí (imprensa estrangeira, embora tenha visto por aqui também), Sam Michael falou o óbvio: pela experiência, a Williams testa bem mais no carro do Rubens do que com o Maldonado (isso ocorre às sextas-ferias). Ainda segundo o britânico, isso dificulta um bom acerto para o treino de sábado.
    A par disso, o próprio Barrichello já disse ter em mira a configuração de corrida, o que também explica, de certo modo, a discrepância de desempenho dos dois pilotos da Williams no domingo.
    Maldonado é rápico, competente, mas não é espetacular.

  3. Ano perdido pra Willians e PDVESA – O Bolso do Rubens continuou entrando uma boa de uma grana


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