5. Adrian Sutil
Posição no mundial | 9º, 42 pontos |
Comparação com companheiro (classificação) | 10 x 9 (+0.058 em média) |
Comparação com companheiro (corrida) | 10 x 6 |
Melhor resultado | 6º, Alemanha e Brasil |
Em sua quinta temporada por um time de meio de pelotão, levando tempo do companheiro cuja experiência recente em monopostos era nula e envolvido em um escândalo por uma briga de bar. Em maio de 2011 era difícil imaginar que Adrian Sutil poderia estar entre os 5 melhores da temporada. O alemão foi um dos grandes nomes da segunda metade do ano e pode dizer que levou sua equipe ao melhor resultado da história no mundial de construtores.
Isso, porque conseguiu se colocar como o primeiro colocado fora os pilotos das poderosas Red Bull, McLaren, Ferrari e Mercedes, fazendo mais de 60% dos pontos da equipe. Para se ter uma ideia, mesmo com o sexto carro do grid, pontuou em nove ocasiões, entrando por quatro vezes no top 7.
Ainda que a batalha com Di Resta tenha sido equilibrada em classificação – curiosamente, mesmo tendo ficado mais vezes à frente, o alemão perde na média – foi nas corridas que Sutil mostrou a maturidade que lhe faltou nos anos anteriores, aproveitando as oportunidades de pontuar e lutando diretamente com as Mercedes nas últimas provas.
Talvez sua grande prova do ano tenha sido na Bélgica, quando se recuperou de um 15º lugar na classificação para ser sétimo, mas o ritmo consistente do sexto lugar da Alemanha e a bela batalha com Rosberg no Brasil não ficam atrás.
4. Heikki Kovalainen
Posição no mundial | 0 pontos |
Comparação com companheiro (classificação) | 16 x 2 (-0.465 em média) |
Comparação com companheiro (corrida) | 8 x 3 |
Melhor resultado | 13º, Itália |
Esqueça a tabela. Esqueça aquele Kovalainen apagado da McLaren. Quem prestou atenção na disputa do final do pelotão observou que o finlandês se destacou tanto neste ano que mal parecia pertencer à turma das nanicas. Kovalainen, na verdade, foi o Vettel deles. Assim como os três que estão a sua frente na lista, fez tudo o que podia – e mais um pouco – com o carro que tinha em mãos.
Tanto, que por três vezes conseguiu passar para o Q2 na classificação, ficou à frente das Williams em algumas oportunidades em corrida e, de forma mais marcante, superou Vitaly Petrov na “outra” Lotus em Cingapura, resultado vindo com ritmo puro.
Após um 2010 apertado em relação ao companheiro, foi o piloto que mais vantagem obteve em média nas classificações, perto de meio segundo sobre Jarno Trulli. Nas corridas, teve quatro falhas mecânicas, mas ainda assim também foi de forma consistente melhor que o italiano, superando-o em várias ocasiões por mais de meio minuto.
3. Jenson Button
Posição no mundial | 2º, 270 pontos |
Comparação com companheiro (classificação) | 6 x 13 (+0.204 em média) |
Comparação com companheiro (corrida) | 7 x 7 |
Melhor resultado | 1º, Canadá, Hungria e Japão |
A decisão entre Button e Alonso pelas terceira e segunda posições é difícil e os lugares poderiam muito bem estar trocados, mas a performance em classificação de Button, sendo o único dos seis primeiros no campeonato a não ter passado em todas as oportunidades para o Q3 no ano continua sendo seu calcanhar-de-Aquiles. Além disso, escolhas equivocadas de estratégia no início do ano acabaram com algumas corridas.
Quando finalmente percebeu que seu estilo suave de condução faria mais diferença no mano a mano, ou seja, se adotasse o mesmo número de paradas de seus adversários e fizesse os pneus durarem mais no final dos stints, Button se tornou imbatível – em Suzuka, até para Vettel.
O inglês uniu inteligência ao arrojo em algumas das melhores ultrapassagens do ano, como em Rosberg na Turquia, e em Schumacher em Monza, para ser o primeiro companheiro a superar Lewis Hamilton ao longo de uma temporada. Ganhou na consistência, em um ano cujas regras premiaram mais o jeito que a força – e os três primeiros da lista compreenderam isso melhor e mais rápido que seus pares.
E, por fim, como esquecer a vitória do Canadá, quando pulou de último para primeiro com um misto de ritmo puro, estratégia perfeita e uma boa pitada de sorte? Além da performance memorável em Montreal, a vitória de Suzuka demonstrou que Button não é só piloto de chuva. Por essas e outras, 2011 foi o ano em que deixou as dúvidas que ainda sobravam a seu respeito para trás e no qual se consolidou dentro da McLaren, que agora também se tornou um pouco sua.
2. Fernando Alonso
Posição no mundial | 4º, 257 pontos |
Comparação com companheiro (classificação) | 15 x 4 (-0.294 em média) |
Comparação com companheiro (corrida) | 13 x 2 |
Melhor resultado | 1º, Grã-Bretanha |
Os 14 pontos que separam Fernando Alonso do vice-campeonato mundial mesmo com um carro que foi decididamente a terceira força no ano já contam a história. Se somarmos isso aos pontos que o espanhol perdeu quando foi facilmente superado nas partes finais das provas, como consequência do péssimo rendimento de sua Ferrari com pneus duros – sendo Espanha o exemplo mais gritante, mas incluindo também Turquia, Alemanha, Bélgica e Brasil – temos a certeza de que o bicampeão levou o 150 Italia a posições que não merecia, e de forma consistente.
Conseguiu isso com largadas brilhantes a partir do GP da Espanha, nas quais raramente deixou de ganhar ao menos uma posição, além de administrar de forma inteligente os pneus Pirelli. Fatores que, somados à ampla vantagem sobre o companheiro nas classificações e os raros erros, fizeram de 2011 sua melhor temporada da carreira.
Sua única corrida apagada foi na China, que também marcou o pior final de semana do ano para a Ferrari em termos de ritmo, perdendo até para as Mercedes. Em compensação, na única oportunidade em que teve carro para ganhar, foi imbatível em Silverstone, além de ter chegado perto na Alemanha, em Mônaco e no Japão.
As largadas “jogando pra galera” na Espanha e em Monza, utilizando todo o Kers logo de cara, assim como a agressividade da largada e da ultrapassagem em Button no Brasil mais pareceram um grito: “me deem um carro!”.
1. Sebastian Vettel
Posição no mundial | 1º, 392 pontos |
Comparação com companheiro (classificação) | 16 x 3 (-0.414 em média) |
Comparação com companheiro (corrida) | 15 x 2 |
Melhor resultado | 1º, Austrália, Malásia, Turquia, Espanha, Mônaco, Europa, Bélgica, Itália, Cingapura, Coreia e Índia |
A vantagem de Sebastian Vettel para o concorrente mais próximo é maior do que a pontuação de Felipe Massa no ano. O número de vitórias, maior que a soma das conquistas de todos os rivais. As 15 poles, então, foram uma covardia. É claro que o RB7 foi o carro do ano, mas o alemão tem grande responsabilidade sobre o tamanho dessa vantagem.
A Red Bull é um carro bastante superior do ponto de vista aerodinâmico, mas sua velocidade máxima comprometida justamente por isso fazia com que este fosse um pacote difícil de administrar. Era preciso se classificar na pole, além de fazer uma largada e primeiras voltas perfeitas para fugir de qualquer custo da DRS. Uma vez no meio do tráfego, muitas vezes o RB7 “virava abóbora” como o próprio bicampeão descobriu na Alemanha e no Japão.
Além disso, o pacote de mudanças de 2011 trazia o Pirelli, desafio que Vettel tirou de letra antes de qualquer outro, algo decisivo em sua campanha. Com uma boa vantagem logo de cara, conseguiu fugir das pressões e pensar em apenas maximizar os resultados a cada final de semana. Cometeu erros quando podia, em treinos livres, e se recuperou a tempo. Nas corridas, falhou apenas naquela última volta do Canadá.
Foi um ano em que Vettel aparou as arestas deixadas mesmo com o título em 2010, como os erros não forçados e as ultrapassagens – sendo a manobra sobre Alonso em Monza uma das melhores do ano –, e ganhou, além das corridas que lhe cabiam devido à superioridade da Red Bull, várias provas em que a McLaren esteve próxima, como Espanha, Bélgica e Mônaco.
5 Comments
A lista no geral é boa. A única alteração que eu faria seria colocar Button como 2º melhor piloto do ano. Fundamento isto pelo fato de Jason ter tido um início ruim, estava em 5º lugar na metade do campeonato, mas a segunda parte do campeonato não teve pra ninguém(exceção a Vettel óbviamente). Jason Button fez um belíssimo campeonato na segunda metade, recuperando-se muito bem do início sofrível e passando Webber, Alonso e Hamilton na classificação final. Mas claro, isso é somente minha opinião.
Uauuuu! Kovalainen em 4º! Parabéns, Julianne. Tem que ser muito corajosa para colocar um piloto do funddo do pelotão em 4º numa lista dos 10 melhores. Digo isso porque muita gente não observa o tiroteio que acontece lá atrás. E o Kovalainen vem se destacando desde o ano passado.
Você foi muito feliz nesta escolha. Assim como o Roberto Tramarin, no comentário acima, em minha lista eu colocaria o Button em 2º pelo fato de ele ter derrotado Lewis Hamilton em todos os sentidos nesta temporada depois de um início ruim.
A performance de Buttton valorizou muito seu título de 2009. Muitos diziam que ele foi campeão porque teve um ótimo carrro, mas agora verão que seu talento também foi fundamental.
Parabéns, Julianne, aprecio muito seus comentários sempre muito precisos e com bons argumentos.
Muito boa a lista!
Mas para constar, se estamos elogiando o Alonso e dizendo que ele fez muito mais do que o carro permitia, então não podemos julgar o massa como um caso perdido. Neste caso temos que considerar que o carro da ferrari é bem ruim.
Legal Ju!
Só colocaria o Kobayashi em algum lugar desta lista, principalmente pela primeira metade do campeonato fantástica, além dos pontos importantíssimos nas últimas corridas, quando o seu carro mal permitia chegar ao top 10.
Abraço!
Tendo em vista o fato da Ferrari ser inferior a RBR e Mclaren, o segundo posto do espanhol está de bom tamanho.