Antes do início da temporada, ele era o favorito de muitos. Na metade do campeonato, é o 5º colocado, 47 pontos atrás do líder. Mas Fernando Alonso tem certeza de que pode chegar. E tem razão.
Primeiro, porque, depois de se perder no desenvolvimento do F10, a Ferrari voltou à briga e hoje divide a vaga de 2º melhor carro com a McLaren. Segundo, porque muitos pontos – Austrália, China, Mônaco – foram perdidos por falhas do bicampeão, ou seja, um melhor desempenho depende só dele.
Além disso, há 225 pontos em jogo. Traduzindo para a pontuação antiga, sua desvantagem de 47 pontos significa algo em torno de 21. E o passado recente mostra que é possível descontar isso em 10 corridas. Raikkonen, por exemplo, tirou 17 em apenas 3 GPs em 2007, e estava 26 atrás de Hamilton na metade do ano. No ano anterior, Schumacher era o 2º com 25 pontos a menos que o próprio Alonso e, não fosse uma quebra de motor na penúltima prova, poderia ter vencido o 8º título.
Vimos esse tipo de virada mesmo em 2010. Antes do GP da Espanha, Webber era um discreto 8º, a 32 pontos da liderança. Duas vitórias depois, tornou-se líder. Em seguida, foi a vez de Hamilton, que saiu do 7º lugar, com 19 pontos de desvantagem em Mônaco, para a ponta.
Um dos fatores que permite essas reviravoltas é o grande número de carros que pode vencer. Por isso, é normal um candidato ao título terminar uma prova em 6º, 7º, diferentemente de anos em que apenas duas equipes eram competitivas. Além disso, Red Bull e McLaren terão que lidar com brigas internas ou pelo menos verão seus pilotos tirando pontos um do outro, algo com o que o espanhol não precisa se preocupar.
Alonso não depende de quebras ou acidentes. É só ele e a Ferrari fazerem seu trabalho direito. O time italiano parece no caminho certo. Outra boa notícia é que, das 9 provas que faltam, só 2 favorecem claramente a Red Bull – Spa e Suzuka. Nas outras, dá para brigar.
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