F1 Hamilton tenta recuperar seu lugar em 2012 - Julianne Cerasoli Skip to content

Hamilton tenta recuperar seu lugar em 2012

Como toda boa jovem cria da F-1, Lewis Hamilton não está acostumado a ser vencido. Imbatível no kart, protegido e com direito a grandes carros por toda a carreira, sempre correspondeu às expectativas daqueles que apostaram alto em seu enorme talento.

Se olharmos a carreira do inglês, vemos sempre uma progressão: ao passar de uma categoria para a outra, sempre tinha um ano de adaptação e outro, de título. E, ainda que a história pudesse ter sido ainda mais parecida a um conto de fadas, o mesmo aconteceu na F-1.

Falar que desde o título de 2008 a coisa desandou seria fechar os olhos a performances incríveis, mas é curioso observar como a carreira de Hamilton desde então sofreu uma série de altos e baixos. De vitória e segundo lugar a dois acidentes seguidos, na Bélgica e na Itália, em 2009. Da liderança do campeonato a dois erros na Itália e em Cingapura em 2010. De único rival de Vettel a acidente ambulante em Mônaco e Canadá em 2011. E assim, vivendo em ondas, o inglês se encontra na maré mais baixa talvez desde os tempos em que pensou em desistir de tudo ao ter dificuldade de adaptar-se à F-Renault.

Há espaço para Button e Hamilton em grande fase na McLaren

Coincidência ou não, o momento do companheiro Jenson Button não poderia ser melhor. O campeão de 2009 se encaixou na McLaren de forma natural, construiu seu forte sem atacar o outro lado, como um lutador que, sabendo que será derrotado no corpo a corpo, aposta em cansar o adversário.

A impressão é de que essa situação que se desenvolve na McLaren é em parte permitida pela maneira inteligente de Button buscar seu espaço, sem lavar a roupa suja em público e tentando ganhar onde Hamilton peca, e parte pelo estilo menos incisivo da liderança exercida por Whitmarsh. Problemas para agradar dois pilotos com estilos tão diferentes à parte, bom para a McLaren, única equipe que esteve nos pontos em todas as provas nos últimos três campeonatos.

Se Hamilton se ressente do aparente distanciamento em relação à família, se não tem mais Ron Dennis perto o bastante para dar-lhe confiança, se está desgastado com o confuso relacionamento com a namorada, o fato é que vive uma situação completamente nova. Em seu último ano de contrato, o piloto que, de 2009 para cá usou os números 1, 2, 3 e 4 em seu carro, terá de remar. E, com a equipe com outro protagonista buscando seu espaço, parece que com as próprias pernas, além de ter de conviver com o fato de que é ele, e não Button, tranquilo por mais três temporadas, que vive ano de negociação de contrato.

Será interessante observar quais serão as cenas dos próximos capítulos caso a boa fase de Button continue e Hamilton volte, digamos, ao normal. Será o primeiro final feliz na história de dois pilotos lutando pelo título dentro da mesma casa ou mais um desastre anunciado?

1 Comment

  1. Hamilton tem potencial para voltar, resta saber se o amadurecimento será suficiente para focar a audácia e o ímpeto na pista. Desse modo, é grande concorrente, se o carro nascer bem.


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