F1 Top 5 de 2013 - Julianne Cerasoli Skip to content

Top 5 de 2013

Motor Racing - Formula One World Championship - Australian Grand Prix - Race Day - Melbourne, Australia

Ultrapassagens de Raikkonen

Em mais um ano de punições polêmicas, ora pelo excesso, ora pela permissividade, houve quem ficou com a impressão de que é proibido ultrapassar. Ao escrever isso, lembro do pobre Grosjean me dizendo que considera a manobra para cima de Massa na Hungria sua melhor da temporada. Mas houve alguém que deu aula de atacar e defender: Kimi Raikkonen. Duro e milimétrico ao mesmo tempo, o finlandês conseguiu ultrapassar e impedir ultrapassagens de maneira brilhante durante todo o ano – e sem chamar a atenção dos comissários. Que o diga Vettel, tentando achar um espacinho na Hungria. Que o diga Button, que até hoje não sabe como Kimi conseguiu aquela manobra em Cingapura. Isso sem contar a briga ferrenha com Hulkenberg na Malásia ou o passão em Rosberg também em Budapeste… enfim, a lista é longa e #ficaadica: rapaziada, aprenda com Kimi.

Brigas da Malásia

O GP que não terminou com a bandeirada pode ter trazido de volta demônios de um passado recente da Fórmula 1, mas que foi muito divertido observar as dinâmicas distintas de Red Bull e Mercedes, isso foi. Ainda mais com uma briga eletrizante pela ponta entre Vettel e Webber, caras feias no pódio, acusações de proteção e um bizarro ‘desculpe por ter ganhado, foi sem querer querendo’. Do outro lado, Rosberg acatou a ordem de ficar atrás de Hamilton, mas demonstrou claramente sua insatisfação – ou pelo menos o máximo que sua educação monegasca permite. Pode ter sido uma reação menos popular do que a de Webber, mas lhe garantiu pontos dentro da equipe.

Primeira metade do ano

Kimi vence com propriedade, mas sem dominar na Austrália, e parece abrir um mundo de possibilidades em um campeonato que prometia opor o baixo consumo de pneus de uns à velocidade pura de outros. Depois veio o thriller da Malásia, provas cheias de ultrapassagens na China e na Espanha – sim, até em Barcelona! – e uma alternância de forças no Bahrein. Só o GP de Mônaco destoou. Mas as cenas embaraçosas para dizer o mínimo de Silverstone fizeram todo mundo colocar o pé no freio, e escancarou a dificuldade em preencher todos os requisitos de segurança para os diferentes tipos de circuitos na temporada. Mérito de quem acertou a mão após o retrocesso com os pneus, mas quem não sentiu uma ponta de saudade da loucura das primeiras provas lá pelo GP da Índia?

Crescimento da Mercedes

Há duas formas de olhar para os últimos campeonatos: como dominados pela Red Bull ou com disputas por vitórias por cinco equipes – além dos tetracampeões, Ferrari, McLaren, Lotus e Mercedes – algo distante da polarização de temporadas pré-2009. Dentro desse contexto, o crescimento constante da ex-Brawn se consolidou nesta temporada, resultado de uma reestruturação séria e pensada justamente para gerar frutos mais “graúdos” a partir da mudança de regulamento de 2014. Profissionais competentes, estrutura competitiva, pilotos complementares. É bom ver um time aparecer com alicerces fortes para disputar de igual para igual com os suspeitos de sempre.

A redenção de Grosjean

Ele cresceu justamente quando um certo Vettel desequilibrou as ações e acabou faltando a vitória, mas foi uma virada boa de ver essa de Romain Grosjean, representada pelo grande final de semana no GP do Japão, justamente um de seus pontos mais baixos em 2012. O francês, que nunca tinha sido companheiro de um não-campeão do mundo até as últimas duas provas deste ano, demorou para ter uma sequência boa de provas, ora por más classificações, ora por erros de julgamento em largadas e problemas em encontrar a melhor configuração de seu carro. Mas Grosjean foi trabalhando cada uma dessas áreas e se mostrou um piloto consistente, quem diria, em 2013.

7 Comments

  1. A mudança dos pneus no meio da temporada foi o que mais me marcou. Claro, considerando que não vale citar o Vettel.

  2. O Vettel foi a grande estrela da temporada, até porque não é sempre que se é tetra campeão e em sequência. Mas um domínio tão grande acaba, por um lado, deixando ele como coadjuvante. No top 5 da Ju, que traduz bem os pontos altos da temporada, ele só aparece na corrida que não deixou o Webber ganhar. Na maior parte das corridas, mais na segunda metade, o alemão só aparecia nas primeiras voltas e na bandeirada. Isso comprova que mesmo uma temporada dominada por um piloto, não vou dizer por uma equipe porque o Webber não foi vice, teve muitos momentos legais.
    E o Hulkemberg nem apareceu no top five. Aucam, cada vez concordo mais com você.

    • Pois é, Alexandre. Valeu. Mas é incrível ver que a quase unanimidade idolatra o alemão errado. O alemão certo e fora-de-série está na Red Bull e está em outro patamar; HOJE acima de todos os demais, pela frieza e habilidade. Esse não joga fora oportunidades.

  3. Que estranho, eu lembro das temporadas inteiras de 1986 até 1993, lembro da temporada inteira de 2012 mas não me lembro quase nada de 2013.

    Lembro bem de 2003 também, o resto, apenas borrões.

  4. Concordo que o Vettel é a grande estrela, pois só ele conseguiu tirar toda a potencialidade do carro da RBR. Coisa que o Webber, apesar de toda experiência, não conseguiu sequer chegar perto do domínio imposto pelo alemão. Dedicação ao trabalho, perfeccionismo, primeiras voltas perfeitas abrindo 1 segundo de vantagem e fugindo do DRS, no final fizeram a diferença. O problema é que a imagem dele acaba sempre eclipsada pela sombra do Adrian Newey. Até que ponto é mérito do Vettel ou do carro?

    • Por será que nunca vi ninguém contestar o título do Mansell, com a Williams à prova de Mansell, ou o título do Prost, numa Williams tão forte quanto???

  5. Ou é inexplicável ou é dor de cotovelo Rodrigo.
    O pior cego….é o que vê.
    Deixa pra lá, Rodrigo, bom Natal e feliz na novo.


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