F1 Pirelli promete roubar a cena novamente - Julianne Cerasoli Skip to content

Pirelli promete roubar a cena novamente

Como prometido, o novo pneu duro da Pirelli deve trazer muita dor de cabeça para as equipes neste GP da Espanha. É impressionante como os pneus são uma variável tão importante que, mesmo num circuito dominado por todos, a incerteza é grande em relação às estratégias que serão utilizadas na corrida.

O diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, afirmou que o pneu duro está durando de 10 a 14 voltas a mais que o macio dependendo do carro, o que abre a possibilidade de algumas equipes tentarem fazer duas paradas. Mas o problema é a performance: Mark Webber fez um grande stint com os duros, com 13 voltas de pouco sinal de degradação, mas suas voltas foram 7s mais lentas que as simulações de classificação.

É claro que o combustível tem grande parcela de culpa, mas o que vimos nesta sexta-feira foi uma diferença de rendimento maior que 1s5 entre o pneu duro e o macio. Num circuito em que se gasta entre 21 a 22s no pit stop, em 14 voltas, o tempo perdido na pista já ultrapassa uma parada. Isso, se o pneu não cair de rendimento de uma vez, como mostram as voltas finais dos stints computados no gráfico abaixo, que reúnem os pilotos que fizeram os maiores números de voltas em sequência nos treinos livres.

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A pista pode melhorar, os acertos dos carros – até o equilíbrio foi afetado pelos novos super duros – também, mas a mudança traz alguns ingredientes que não existiam até agora. Temos, de fato, dois pneus com qualidades diferentes, um muito mais rápido, o outro mais durável, e a chance de termos estratégias distintas entre os ponteiros é considerável.

Pelo visto, o mais seguro será parar três vezes e arriscar o menor tempo possível com o lento pneu duro. Mas, para isso, é preciso fazer os macios durarem.

E tudo leva a crer que todos os macios estarão usados, mesmo para Red Bull e McLaren, que têm conseguido passar pelo Q1 sem usar o composto e guardado um jogo de pneus, para uma segunda tentativa no Q3, ou, como tem se mostrado mais eficiente, para a corrida.

Como o pneu duro é muito mais lento, provavelmente será muito arriscado usá-lo na primeira parte da classificação. Até porque, como frisou Button, a evolução da Lotus faz com que os times do meio do pelotão sintam-se ameaçados e usem os macios logo de cara, colocando os ponteiros em perigo.

Assim, gasta-se um jogo de macios no Q1, outro no Q2 e sobra apenas o último para o Q3, no qual é muito provável que todo mundo parta para uma tentativa. Para a corrida, só os duros estarão novinhos em folha.

Por enquanto, é só teoria. Mas, até pelo volume da reclamação dos pilotos, dá para perceber que a Pirelli conseguiu, novamente, colocar algumas cabeças para trabalhar.

Em relação às diferenças entre os carros, por ter sido uma sexta-feira com muitas novidades nos carros, fica difícil avaliar. Afinal, as equipes geralmente dividem suas melhoras entre os pilotos e apenas decidem o que vai ou não para a corrida antes da terceira sessão.

A McLaren não acredita estar tão perto quanto o tempo de Hamilton sugere, e a Mercedes fala em brigar pela terceira fila com a Ferrari. Quem diria, o GP da Espanha, ao menos na disputa do terceiro para trás, porque a Red Bull continua absolutamente no chão, promete.

2 Comments

  1. Nunca achei que sentiria tanta falta tão rápido da Bridgestone. Hindsight… O pacote técnico de 2010 ra perfeito, bastava abolir a necessidade de usar ambos os compostos nas provas. Parece qe tudo mudou para pior este ano; Pirelli, KERS e carros pesados, DRS…

  2. Não entendo essa lógica, ninguém gosta dos pneus, o grip é fraco, o marketing é ruim pra Pirelli, pit stops em excesso… Esclareçam me?


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