F1 A audiência subiu! - Julianne Cerasoli Skip to content

A audiência subiu!

Lá nos idos de 2010, eu comecei um blog totalmente independente. Minha ideia era escrever coisas que eu gostaria de encontrar na internet, mas não conseguia. E não é que tinha mais gente com a mesma “sede” que a minha? Não demorou para o Faster F1 ser notado por profissionais da área e, no final do ano, Luis Fernando Ramos, o Ico, me convidou para escrever um texto no blog dele. E logo depois ele e o Felipe Motta me chamaram para fazer parte do time do TotalRace. Quase dez anos depois, chegou a hora de eu retribuir. Selecionei 12 textos entre as dezenas que me mandaram e espero que curtam o material que vai ser publicado até meados de janeiro por aqui.

Por Karine Gomes

Carros velozes, ronco de motor, corridas muito disputadas… Ingredientes não faltam para o amante de automobilismo assistir a F1. Mesmo assim, a não presença de um representante brasileiro poderia deixar uma pulga atrás da orelha de alguns possíveis telespectadores.

Mas não foi o que aconteceu em 2019. Pelo segundo ano, a F1 foi transmitida em TV aberta mesmo sem um piloto do Brasil na pista. E o resultado não decepcionou. O site Máquina do Esporte destaca que as transmissões da Globo alcançaram 98,3 milhões de pessoas ao longo das 21 provas da temporada, segundo o Painel Nacional de Televisão. Isso significa uma média de audiência de 9 pontos, ou seja, o melhor índice em oito anos.

Em relação a 2018, ano já sem um piloto brasileiro, houve um crescimento de 13%.

Isso nos faz questionar: o que pode ter acarretado esse aumento? Por isso, separei alguns motivos que podem ter levado mais fãs a assistirem a modalidade, que terminou este ano com o título de Lewis Hamilton.

1 – Grid formado por pilotos mais jovens

A Fórmula 1 teve um grid repleto de jovens neste ano, inclusive a média de idade baixou em relação a 2018. Max Verstappen, da RBR, e Charles Leclerc, da Ferrari, já começaram 2019 sendo nomes promissores da modalidade e os fãs criaram boas expectativas. E estavam certos. Ambos protagonizaram excelentes disputas e terminaram no top 5 do ranking de pilotos na temporada. 

Mas, além deles, 2019 contou com outros jovens na F1: Lando Norris (19), George Russell (20), Lance Stroll (20), Pierre Gasly (22), Alexander Albon (22), Carlos Sainz (24),  Antonio Giovinazzi (24) e Daniil Kvyat (24).

Essas foram as idades em que os pilotos começaram a temporada. Alguns já tinham mais experiência na F1, outros eram estreantes, mesmo assim todos despertaram a curiosidade e a ansiedade por boas corridas. Hockenheim e Interlagos resumem bem o que aconteceu.

2 – Hegemonia da Mercedes 

A escuderia vem dominando a F1 desde 2014, tanto entre os pilotos como também entre os construtores. Em 2019 não foi diferente e Lewis Hamilton e Mercedes sagraram-se campeões, mas no início do ano a expectativa era diferente. Esperava-se que Ferrari e RBR pudessem quebrar essa sequência, levando mais emoção às corridas. Emoção teve, mas o título continuou com a Mercedes. 

Quem ficou em segundo lugar e mais perto de quebrar essa hegemonia foi a Ferrari, mas os erros da temporada deixaram a escuderia cada vez mais distante no número de pontos. Principalmente com o crescimento de Leclerc, a disputa interna entre os pilotos não deixou o clima entre os melhores. E, claro, esse foi mais um motivo para nós assistirmos tudo de perto. 

3 – Série na Netflix sobre F1

A série “Fórmula 1 – Dirigir para Viver” (Drive to Survive, em inglês) alcançou não só os amantes de F1, mas também públicos que não acompanhavam assiduamente a modalidade. A atração da Netflix registrou a temporada de 2018 e foi lançada neste ano contando como foram as corridas e também os bastidores do que aconteceu no ano passado. 

Sem Mercedes e Ferrari, a primeira temporada focou na briga entre Red Bull, Renault e Haas, trazendo também momentos de McLaren, Force India, Sauber, Toro Rosso e Williams.

Com isso, não é difícil perceber que o sucesso da série também ajudou no aumento de audiência da F1. E a nova temporada já está confirmada, inclusive com a presença de Mercedes e Ferrari.

“‘Dirigir para Viver’ nos permitiu alcançar uma base de fãs global inteiramente nova, e a parceria com a Netflix para uma segunda temporada garante que nós continuaremos colocando os fãs como o centro daquilo que fazemos, tornando o esporte mais aberto e acessível a todos”, declarou Ian Holmes, diretor de direitos de imagem da Fórmula 1.

Esses foram alguns motivos que podem ter feito a F1 aumentar a popularidade. É claro que outros fatores também podem ter colaborado, como o engajamento de Lewis Hamilton fora das pistas ou até mesmo a forte presença da modalidade nas redes sociais. O que importa é que os números aumentaram e a categoria segue viva no país, mesmo sem um representante. 

E você? Quando começou a se interessar por F1?

4 Comments

  1. Bom dia Ju!

    Belo texto, como sempre!

    Eu sempre gostei de F1! Desde criança! Tenho lembranças de corridas que assistir com 3/4 anos! Hoje tenho 31! Kkkkk

    Acho esse movimento de aumento da audiência da F1 muito legal! Principalmente aqui no Brasil por não se ter um brasileiro no grid!

    Ju, um Feliz Natal e um 2020 repleto de bençãos e realizações na sua vida! Que seja um ano com muitas corridas boas para nós!!!

    Bjs

  2. Para mim tem tudo a ver também com a paixão pela F1 que te move, Ju!!!
    O Boteco com o Sérgio e curiosidades que “outros desempregados com 40 anos dentro da F1 não tiveram competência de traduzir pra nós…
    Curto isso deste 73 e sempre senti que havia uma enorme lacuna que vcs preencheram. MUITO OBRIGADO!

    • Acompanho F1 desde 1979. Assim como tem pessoas acompanhando se o Hamilton bate o recorde do Schumaker, torço pra a Mac Laren, ou Mercedes terem mais vitórias que a Ferrari. É divertido ver as batidas de cabeça da Ferrari, assim como eram os infinitos erros do Nigel. 😀

  3. No começo dos anos 60 a “turma” do bairro onde nasci já gostava de carros, existia até uma escuderia “Araçá”, que disputava algumas provas no circuito de Interlagos na categoria ESTREANTES E NOVATOS, a galerinha mais nova juntou todos Autoramas da rua e fizemos uma super pista e dividimos em grupos por equipes, tinha as equipes Simca, Willys, DKV, etc… . Acompanhávamos as corridas de Interlagos ao vivo e nas mais longas acampávamos nas cercanias da curva do Pinheirinho. Formula 1 era a revista 4 Rodas que na seção “Alta Rotação” trazia os Grandes Prêmios pelo campeonato mundial e meu primeiro ídolo foi Jim Clark, o escocês voador !


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