A vitória de Max Verstappen no GP da Estíria foi a mais contundente das quatro provas que o líder do campeonato conquistou em oito etapas do campeonato da Fórmula 1 disputadas até aqui. A diferença final de 35 segundos de vantagem para o rival Lewis Hamilton foi inflacionada por uma parada do inglês no finalzinho da prova para conseguir o ponto extra pela volta mais rápida, mas em momento algum o piloto da Mercedes foi páreo ao holandês, que abriu 18 pontos na liderança do campeonato.
A primeira vitória de Verstappen, no GP da Emilia Romagna, poderia ter sido uma batalha dura no final não fosse um erro de Hamilton no meio da prova, que o fez perder muitas posições. Porém, em termos de ritmo, a Red Bull e a Mercedes andaram muito próximas. Na segunda vitória de Max, em Mônaco, já era esperado, devido às características da pista, que a Mercedes não andaria tão bem. E, na França, o duelo foi muito equilibrado do começo ao fim. Isso não aconteceu desta vez na Estíria: Verstappen teve o domínio o tempo todo e Hamilton não conseguiu usar o que tem sido a única vantagem real de seu carro, o bom trato dos pneus, para tentar algo diferente. Nesta tarde no Red Bull Ring, o que falou mais alto foram as vantagens que a Red Bull tem no momento: na classificação e nas retas.
Mas Verstappen preferiu destacar outro ponto: a Red Bull não sofreu com os pneus como em provas anteriores. Na Estíria, eles foram melhores em todos os quesitos. “Logo no começo da prova eu vi que o ritmo era muito bom mesmo que eu estivesse cuidando dos pneus. Isso foi um pouco difícil em outras corridas e nós trabalhamos duro para melhorar isso, e hoje foi muito bom. O equilíbrio do carro nunca esteve tão bom.”
Há 12 meses, era Verstappen quem levava lada no GP da Estíria
É bem verdade que a Mercedes não teve o mesmo tipo de vantagem de outras pistas no Red Bull Ring no passado, o que pode ser explicado pelo fato de o circuito ter poucas curvas de alta velocidade, ter um asfalto liso e estar localizada a mais de 600m de altitude, o que parece afetar mais o desempenho do motor Mercedes do que o Honda, mas ainda assim Hamilton dominou o GP da Estíria do ano passado.
Aliás, o mais impressionante é como a prova foi uma cópia do ano passado, mas com os papéis invertidos: em 2020, foi Verstappen quem não conseguiu pressionar Hamilton e estava com mais de 10s de desvantagem quando a Red Bull o chamou aos boxes para, como Lewis fez hoje, colocar pneus novos para conseguir a volta mais rápida.
Mas o que mudou tanto em 12 meses? De um lado, a Red Bull resolveu os problemas de correlação de dados entre a pista e o túnel de vento que atrapalharam o desenvolvimento do carro ano passado, e o resultado disso já tinha começado a aparecer no final de 2020 – ainda que fosse tarde para Verstappen reagir em termos de campeonato. E a Honda fez uma atualização significativa em seu motor para este ano.
Já do lado da Mercedes, eles estiveram entre os mais afetados pelas mudanças de regras nos assoalhos e difusores entre 2020 e 2021 e, pela primeira vez na era híbrida, já não têm mais o melhor motor da F1.
Em pistas como Silverstone e Suzuka, eles ainda podem ter vantagem, mas depois das derrotas na França e nesta primeira corrida na Áustria, fica claro que a Red Bull é um carro mais equilibrado. E, com o desenvolvimento de ambos comprometido pelo corte de gastos e restrições ao uso de túnel de vento ao mesmo tempo em que todos já estão prioritariamente focados no campeonato do ano que vem, quando as regras mudam de maneira significativa, essa é uma ótima notícia para Verstappen em sua primeira chance real de ser campeão na F1. Ainda mais porque a próxima prova é no mesmo circuito Red Bull Ring, já no próximo domingo.
2 Comments
Oi , Sérgio Pérez só não chegou em terceiro pois , seu pitstop foi ruim demorou um pouco mais que o normal da Redbull 😉
No sábado o Verstappen disse que, as vezes as coisas podiam ser mais fáceis. No domingo teve uma vitória fácil e sem contestação. A Mercedes nunca teve argumentos para contrariar o melhor rendimento da Red Bull.
Quem fez uma excelente corrida foi o Leclerc e também o Russell, que chegou a pressionar o Alonso. Pena ser obrigado a desistir.
Julianne, deixo uma questão para si, que esta por dentro da F1. Duas paragens não seria melhor para a Mercedes e para o Hamilton? poderiam assim forçar mais o andamento sem se preocupar com o desgaste dos pneus. Fico na duvida se duas paragens não seria mais benéfico do que apenas uma.
cumprimentos
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