Ainda que a Red Bull continue com o melhor carro e com todo o favoritismo, pelo menos por enquanto é ele quem tem os pontos. Essa é a 1ª de 3 chances de Fernando Alonso superar Ayrton Senna e se tornar o tricampeão do mundo mais jovem da história da F1.
O asturiano foi o campeão mais novo (com 24 anos, 2 meses e 8 dias) – marca que lhe foi tirada por Hamilton (23 anos, 9 meses e 25 dias) – e permanece como o bicampeão com menor idade (25 anos, 2 meses e 24 dias). Senna foi tri em 1991 com 31 anos. O espanhol tem 29.
Vettel também pode tirar o recorde de Hamilton, pois terá 23 anos e 4 meses em Abu Dhabi.
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Piloto | Ano do Tri | Idade |
Ayrton Senna | 1991 | 31 |
Michael Schumacher | 2000 | 31 |
Alain Prost | 1989 | 34 |
Jackie Stewart | 1973 | 34 |
Nelson Piquet | 1978 | 35 |
Niki Lauda | 1984 | 35 |
Jack Brabham | 1966 | 40 |
Juan Manoel Fangio | 1955 | 44 |
Seu primeiro matchpoint será no Brasil. De susto a glórias, Alonso já viveu de tudo um pouco em Interlagos. E esse ano terá que quebrar algumas escritas para se tornar tricampeão do mundo com uma prova de antecedência – algo pouco provável, pois precisaria bater as fortes Red Bull e ainda contar com uma combinação de resultados. Apesar de ter conseguido seus 2 campeonatos mundiais em São Paulo e ser um frequentador do pódio (4 vezes em 8 participações, com mais 3 abandonos e um 4º lugar), o espanhol nunca venceu a prova paulistana.
Em 2003, inclusive, viveu aqui seu pior acidente na categoria, ao ignorar a presença de bandeiras amarelas.
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Outro fato interessante, que ajudou a fazer dessa temporada a mais disputada de todos os tempos, é que o líder do campeonato nunca venceu a prova quando esteve nessa posição. Na verdade, o líder não vence uma corrida desde a Turquia em 2009, última vitória de Button no ano de seu título.
A seu favor, Alonso conta, muito mais para Abu Dhabi que para Interlagos, é verdade, com uma escrita que se repetiu 8 vezes nos últimos 10 anos: o vencedor da 1ª corrida da temporada constantemente é o campeão do mundo. Inclusive, isso aconteceu nos últimos 4 anos, como próprio Fernando em 2006, Raikkonen, Hamilton e Button.
8 Comments
A precocidade das conquistas de Alonso merece realmente destaque. Eu também acho pouco provável o tri em Interlagos. Mas, estou torcendo muito para isso. Ótimo post, Ju. Beijos.
Por enquanto, ainda acho difícil que seja esse ano. Vamos ver o que dá pra fazer no GP do Brasil. Mas, de qualquer jeito, ele só não é tricampeão – ou mais – por causa da besteira que fez na Hungria em 2007. Sorte dele que tem tempo de sobra pra reparar o erro!
Não sabia/tinha reparado nessa estatística de que o líder não vence desde Turquia/2009.
Muito interessante e mostra que a F1 dos tempos modernos ou é injusta (em termos de confiabilidade) ou é muito equilibrada. Fico com a segunda opção.
*confiabilidade dos carros.
Pode mostrar várias coisas. Equilíbrio, por um lado, porque, quanto menos carros/pilotos na disputa, “menores” ficam os erros. Por exemplo, com a Ferrari do Schumacher dominante, até quando ele largava lá atrás tinha a possibilidade de ganhar. Hoje, vimos com praticamente todos os pilotos, isso já não acontece – um exemplo claro é o GP da Malásia.
Por outro lado, mostra como o equipamento faz diferença. Se um carro não vai bem em determinado circuito, é raro ver um piloto ganhar.
Mas acho que podemos ficar até amanhã imaginando o porquê disso…
Pode ter certeza que uma das três ele vai faturar. E o tetra mais jovem também é possível.
Claramente o trabalho da Ferrari e de Alonso é de aproveitar os erros da Red Bull e marcar o máximo de pontos no Brasil pra levar a situação de uma forma possível para Abu Dhabi. Todos sabem q ser campeão no Brasil será quase impossível. E concordo com o Renan, Alonso tem tudo para ser o tetra campeão mais jovem também. rsrs
Acho interessante o fato deles não fazerem mais grandes updates no carro desde Monza. Eles sabem que, se ganharem, não será por primazia técnica, mas por aproveitarem das falhas do demais.
Bom, o tetra mais novo é o Schumacher, com 32. Alonso será o tetra mais novo se ganhar até 2013. Na Ferrari, é possível, sim.