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Como Hamilton deixou a McLaren para se tornar o piloto mais vitorioso da F1

Entre uma temporada e outra, gosto de abrir o espaço do blog para vocês, os fãs, publicarem seus textos. Cada um pode trazer um pouquinho do que conhece ou sente, e por isso que essa experiência tem valido muito a pena. E é o que vocês vão perceber nos 10 textos ou vídeos selecionados nesta nova temporada do Blog Takeover.

Por Carla Tortato

Com a cabeça baixa e as mãos para trás segurando as luvas que tirou às pressas, Lewis Hamilton caminhava pelas ruas do circuito Marina Bay, no Grande Prêmio de Cingapura. O ano era 2012, ele acabara de abandonar a prova que liderava desde a largada, após uma falha no câmbio. Olhou duas vezes em direção ao carro da McLaren com ar inconformado. O andar lento escancarava a frustração. Ainda não sabia, mas estava caminhando em direção à glória.

Perder a corrida que dominava com boa vantagem sobre o segundo colocado, o ainda bicampeão Sebastian Vettel, foi mais um dos pontos baixos da temporada. O alemão viu a distancia diminuir, enquanto anunciava no rádio: “Parece que o carro do Hamilton está perdendo óleo”. Foi o início do fim e também o recomeço para o britânico.

Aqui os outros textos escritos por fãs no Blog Takeover

A má fase da grande promessa

Os anos anteriores haviam sido difíceis. O campeonato de 2012 parecia diferente, ao menos, até aquele momento. Com a quebra em Marina Bay, a desvantagem de Hamilton – então vice-líder – para Fernando Alonso subiu para 52 pontos. Após concluir as seis etapas restantes da temporada, o piloto da McLaren terminou em quarto lugar e viu Vettel se consagrar campeão pela terceira vez consecutiva.

Aos 27 anos, a cobrança aumentava para Hamilton. A promessa que estreou na Fórmula 1 em 2007 com um vice-campeonato e, logo no ano seguinte, se tornara campeão mundial (à época o mais jovem na categoria) não parecia agora tão promissor. Os holofotes estavam voltados para as conquistas de Vettel, tido como sucessor de Michael Schumacher, e seus carros da Red Bull Racing. Uma combinação que parecia imbatível.

Intervenção divina

Enquanto Lewis se dirigia desolado até os boxes da McLaren naquele conturbado GP de Cingapura, não muito distante, na rival Mercedes, havia quem comemorasse o abandono. Era por um bom motivo.

Niki Lauda, então diretor não executivo da Mercedes, admitiu anos depois que chegou a rezar pela quebra e abandono do piloto britânico. “Eu disse a mim mesmo ‘Querido Deus, se quiser me ajudar apenas uma vez, então por favor deixe a McLaren quebrar agora’. Eu pensei isso duas vezes e, em seguida, bang!”. O carro seguia lento pela pista.

A equipe alemã desejava que o piloto substituísse Schumacher no time, formando dupla com Nico Rosberg. Lauda aproveitou o momento e “bombardeou” o britânico com mensagens. Dias depois, a imprensa anunciava: Lewis Hamilton era oficialmente piloto da Mercedes.

Desconfiança pelo futuro

Se a Mercedes anunciava com empolgação o projeto de desenvolvimento dos carros para os anos seguintes, quando haveria modelos híbridos, a imprensa e parte do paddock não viam a mudança de equipe de Hamilton com o mesmo otimismo. Embora a diferença entre a maioria dos carros não fosse tão acentuada quanto hoje, a McLaren era considerada uma “equipe de ponta” enquanto os alemães eram “de meio de grid”, ou seja, não disputavam títulos. Naquele ano terminaram em 3° (378 pontos) e 5° (142 pontos) no campeonato de construtores, respectivamente.

10 anos de sucesso

“Posso levar as flechas de prata ao topo”, disse Hamilton logo após seu anúncio. Cumpriu a promessa.

Dez anos após sua estreia, foram 200 Grandes Prêmios, 82 vitórias, 77 pole positions, seis títulos e oito campeonatos de construtores. Lewis Hamilton se tornou o piloto com mais corridas por uma mesma equipe e, em 2023, inicia sua 11° temporada com o time alemão. Aos 38 anos ainda parece o jovem promissor, a grande promessa, sempre atrás da sua próxima conquista.

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