F1 Corridas até agora tiveram mais ultrapassagens sem a asa - Julianne Cerasoli Skip to content

Corridas até agora tiveram mais ultrapassagens sem a asa

Continuando o aprendizado com o pacote de asa traseira móvel, Kers e pneus Pirelli, o GP da Espanha não deve ser dos mais espetaculares do ano, mas dará uma boa ideia do que esse trio pode fazer pelas ultrapassagens.

O Circuito de Barcelona tem média de 8.7 ultrapassagens por ano em corridas no seco, de acordo com as estatísticas do site Clip The Apex. Se computarmos apenas os últimos 10 anos, o número cai para 6,6. As curvas de alta da pista catalã seriam a maior explicação para a falta de emoção.

Com asa traseira e tudo, Button teve trabalho para passar Massa na Austrália

Nada parecido com o que vimos até agora nesta temporada.

Os dados divulgados pela Mercedes contabilizam apenas as ultrapassagens consideradas pela equipe como normais, ou seja, excluindo manobras por quebras e erros, carros rápidos passando rivais lentos e entre companheiros de equipe.

Impacto da asa traseira nas ultrapassagens

Sem DRS Com DRS
Australia 12 (40%*) 5 (17%)
Malásia 29 (41%) 17 (24%)
China 26 (29%) 27 (30%)
Turquia 31 (28%) 31 (36%)
Média 24.5 22.25

*em relação ao total de ultrapassagens, que contam os itens excluídos acima

Além da comprovação de algo já discutido por aqui a respeito do mau posicionamento da asa traseira móvel na Turquia, é possível observar que, ou a eficiência das asas tem melhorado, ou os pilotos estão aprendendo a tirar o máximo proveito dela, uma vez que as porcentagens de uso com sucesso do aparato estão aumentando a cada prova.

O local de ativação da asa na Espanha guarda algumas semelhanças com o de Melbourne – entre uma curva rápida, da qual já se sai em sexta marcha e a 260km/h, e uma chicane apertada e não muito lenta, feita em terceira, a 140km/h – ainda que a extensão da reta seja consideravelmente maior. Será um bom teste para determinar o impacto da asa, mesmo lembrando que é impossível separar os fatores – pneu desgastado + asa traseira tem sido um combo infalível.

Nº de ultrapassagens em Barcelona

Ano 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Ultrapassagens 9 3 19 6 2 7 5 2 2 11

Por outro lado, as corridas até aqui tiveram mais ultrapassagens sem a asa, o que indica que o mais eficiente para movimentar as corridas é a degradação dos pneus.

De acordo com o diretor técnico da Renault, James Allison, a expectativa para Barcelona é de que a degradação do pneu macio seja de 0s3 por volta. Ou seja, em três voltas, os Pirelli já representam uma diferença bem maior que ATM e Kers juntos.

5 Comments

  1. Ju, por outro lado, é bom observar tb que a asa, quando ativada, permite não apenas a ultrapassagem, mas também a maior e mais rápida aproximação do carro que vem atrás (o que não aconteceria sem este artifício).
    Desta forma, mesmo não conseguindo ‘consumar’ a ultrapassagem no trecho delimitado, o “caçador” chega junto e consegue andar colado no carro da frente, possibilitando as ultrapassagens nas curvas ou trechos seguintes, onde não é premitido o uso da asa.
    O mais legal disso tudo, portanto, é que o DRS permite a aproximação do carro que vem de tras, possibilitando uma “briga” por todo o restante da volta.

    abs!

    • Sim, Celso, essa tem sido uma grande colaboração para que as disputas durem por várias voltas. Especialmente no caso da Turquia, em que as manobras já costumavam continuar até a curva 1 normalmente.

  2. Barcelona e Monaco serão as provas de fogo para a eficácia das novas regras. Com certeza não serão tantas ultrapassagens, mas se conseguirem a façanha de me manter acordado durante toda a prova já terão o seu mérito, por que está pra nascer circuito mais tedioso que Barcelona, nem Tilke conseguiu feito de tal magnitude.

    Ju, para Barcelona continua sendo apenas 600m de ativação do DRS?

    • A FIA ainda não divulgou oficialmente, a organização do circuito fala em 830m. A confirmação deve sair amanhã.

  3. Bom, não sei até que ponto pode ser um pensamento irreal, mas falando na ATM, pensei no lado negativo desse dispositivo -se é que existe- pois se imaginarmos a velocidade ganha, até que ponto esse dispoditivo pode danificar os pneus? Tendo menos resistência aerodinâmica, fatalmente exigirão ainda mais dos freios, e consequentemente dos pneus. Quando falamos de décimos, pode influenciar.


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