F1 Diferença em classificação indica briga das boas - Julianne Cerasoli Skip to content

Diferença em classificação indica briga das boas

Quando olhamos os primeiros passos do atual campeonato em comparação ao ano passado, ao menos na classificação, a história é parecida: os sete décimos da primeira prova se tornaram um na segunda, sem mostrar um padrão claro. Mas há duas variáveis interessantes entre as duas primeiras provas deste ano e de 2011: em primeiro lugar, a supremacia da McLaren não foi traduzida em duas vitórias – e existe um equilíbrio bem maior entre Button e Hamilton do que na equipe anglo-austríaca em 2012. Em segundo, há outros rivais querendo entrar na briga.

É curioso observar que as vantagens que a McLaren obteve em classificações em relação à Red Bull são semelhantes ao cenário do ano passado. Porém, a inversão entre essas duas forças não foi a única grande marca dos primeiros sábados da temporada 2012. É impressionante a evolução não apenas da Mercedes, que tem em seu duto passivo uma vantagem difícil de quantificar no momento em que ativa a DRS, como também da Lotus, que mostrou ter um carro bastante equilibrado tanto em classificação, quanto em corrida.

O quarteto ficou separado por apenas 0s242 na Malásia, circuito em teoria mais representativo da verdadeira relação de forças entre os carros pela maior influência da eficiência aerodinâmica, ainda que o calor às vezes atrapalhe os julgamentos – há carros que precisam aumentar suas entradas de ar para Sepang, como foi o caso justamente da Red Bull em 2011.

O que surpreende é a distância para a Ferrari na Malásia, ainda que Alonso tenha feito sua melhor marca sem o Kers. Mesmo com o risco de começar um projeto do zero, é difícil de se imaginar que a Scuderia esperasse tamanha diferença, lembrando que o carro que ficou a quase 1s da pole ano passado era praticamente o mesmo usado na pré-temporada pelos erros na correlação entre túnel de vento e pista, ou seja, tinha pelo menos dois meses de atraso em seu desenvolvimento na comparação com os rivais. Com Pat Fry admitindo que, em condições normais, a diferença para a ponta é de oito décimos, há certamente muito trabalho pela frente.

Na ponta, apesar de, ao contrário de Vettel ano passado, Hamilton não ter conseguido converter poles em vitórias, não há indicativos de que os sábados tenham se tornado menos importantes. Como veremos com mais profundidade amanhã, a vantagem continua com o piloto que usa a pista livre para escapar da DRS e ditar o próprio ritmo, e o inglês não conseguiu fazer isso na Austrália após uma má largada e na Malásia por um pit stop lento. A pole em si não é garantia de nada, mas ter uma margem acima de 1s na terceira volta após a largada/relargada é meio caminho andado para uma vitória.

5 Comments

  1. Ju, tudo é mt recente, mas é intrigante o quanto esses pneus de rendimento/desgate mais próximo, está influenciando as corridas. Talvez tenhamos que esperar chegar na Espanha.

  2. JU,li sobre alguns engenheiros de f1 falando sobre janela de funcionamento dos pneus,o que seria isso ?

    • Isso geralmente se refere aos limites mínimo e máximo de temperatura em que os pneus têm seu desempenho adequado. No caso de ambos os limites serem ultrapassados, ainda que por motivos diferentes – falta de aderência e consequentes escorregadas por um lado e superaquecimento por outro – a degradação é acelerada, além do rendimento não ser ótimo.


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