Quatro equipes tiveram seus pilotos divididos por menos de um décimo em uma disputadíssima classificação para o GP do Canadá.
O padrão de evolução das equipes grandes começa a pagar dividendos. Todos fizeram o Q1 com os pneus macios.
Na rabeira, as Virgin tiveram desempenho pior que as Hispania. Mesmo rodando em sua última tentativa, Liuzzi ficou à frente de Glock, enquanto D’Ambrosio acabou barrado na regra dos 107%. Na Lotus, por apenas quatro centésimos, Trulli finalmente saiu do zero em relação a Kovalainen. Dos médios, quem sobrou foi Jaime Alguersuari, que definitivamente não se entende com os pneus Pirelli e cometeu uma série de erros na sessão.
No início da segunda parte, a dúvida era sair com super macios direto ou colocar uma volta no bolso com macios. Com a incerteza em relação à chuva e a menor necessidade de guardar pneus, devido à promessa de água para domingo, ninguém quis arriscar.
A briga foi boa entre as médias – pouco mais de 1s separou os sete pilotos que ficaram no Q2, sendo quatro deles em dois décimos – mas ninguém ameaçou os cinco carros mais velozes. Destaque para Di Resta, colocando mais de meio segundo no companheiro em sua primeira vez em Montreal. E Maldonado, também estrante, pela terceira corrida em sequência batendo Barrichello.
De la Rosa, estreando com a asa traseira móvel e o Kers e longe de estar confortável em um cockpit preparado para Sergio Perez, raspou o muro, e ficou a apenas três décimos de Kobayashi.
No Q3, a combinação baixa dependência aerodinâmica e pneus super macios agradou a Ferrari, cujos pilotos conquistaram suas melhores posições de classificação no ano. A Mercedes, com a estretégia de apenas uma volta rápida na parte final, decepcionou, assim como a McLaren – ainda que Hamilton pareça ter tirado algum coelho da cartola. Webber, desta vez, merece uma menção honrosa: a quatro décimos de Vettel sem ter feito a terceira sessão de livres e sem Kers. Provavelmente, a presença da Ferrari na primeira fila tem a ver com isso.
Com a promessa de chuva e acidentes amanhã, talvez seja a classificação menos importante do ano. Mas ver todos muito juntos e a Red Bull colocando menos de dois décimos nos rivais mais próximos, sabendo que seu rendimento cai na corrida, abre a possibilidade real de quebra da hegemonia de Vettel.
Agora, para saber se a Ferrari realmente evoluiu, se a McLaren decaiu, e outras incógnitas, só Silverstone e suas curvas de alta para desvendar.
4 Comments
francofranklin
junho 11th, 2011 – 16:48Onde arrumaram esse tempo pro Alonso? O live Timing do site F1.com mostrou o tempo do Felipe em terceiro com 1:13.217 e Alonso em segundo com 1:13.412… Alguma coisa está errada. O Felipe foi mais rápido no setor 2 com 23.3s contra 23.4 do Alonso.
Postei o print da tela nos comentários dessa matéria: http://www.totalrace.com.br/site/noticia/2011/06/massa-destaca-melhora-da-estrategia-e-do-carro-por-terceiro-lugar
Fail…. Assiti agora os melhores momentos da classificação e vi que o live timing não atualizou na ultima volta…
Depois da FIA, Ferrari, Massa e etc., até o Live Timing está beneficiando o Alonso. Agora não falta mais ninguém.
Fernando Alonso das Astúrias TRI!
hehe…
Abs.
O que mais me chamou a atenção no treino, foi a tristeza apresentada pelo Massa depois da ‘cutucada’ de Domenicali.
Só espero que essa ‘tristeza’ se resuma em ‘força’ para vencer o Alonso, senão, 2012 é tchau.