F1 Drops do GP dos Estados Unidos com polêmica para uns, celebração para outros - Julianne Cerasoli Skip to content

Drops do GP dos Estados Unidos com polêmica para uns, celebração para outros

Toto Wolff estava irritadíssimo no paddock em Austin. Ele se sente traído por Mattia Binotto pelo fato da Ferrari não ter usado o poder de veto para as regras de 2021. Agora, parece que vai ser mesmo um efeito cascata, e o que mudou, mudou. Como não há sinais de que o poder de veto da Ferrari vá cair, a Scuderia está mais uma vez dando as cartas, uma vez que, para mudar qualquer coisa no regulamento de 2021 a partir de agora, tem que ser por unanimidade.

 

Mas a aprovação das regras trouxe um problema para a Ferrari: a paz que estava instaurada entre as equipes grandes para que elas conseguissem barrar (como fizeram com sucesso) grande parte das mudanças que estavam sendo programadas já não precisa mais existir. Depois do GP do Japão, a Red Bull enviou um questionamento à FIA sobre a possibilidade de se aumentar o fluxo de combustível nos intervalos (calculados em milissegundos) entre as medições que controlam os 100l/hora. 

 

Adivinha quem estaria fazendo isso, na opinião da Honda? A Ferrari, claro, e isso explicaria porque a vantagem dela era tão grande em acelerações. E explica essa declaração do Verstappen para mim em Suzuka, e todas as outras do último domingo.

 

As equipes fazem esse tipo de “consulta” para tentar acabar com vantagens que os rivais possam ter. Eles basicamente perguntam à FIA se podem fazer algo que acreditam que um rival está fazendo. Isso gera diretivas técnicas, como a que foi distribuída em Austin. A partir da distribuição da diretiva, quem continuar fazendo seja lá o que tenha sido considerado ilegal corre risco de protesto e desclassificação.

 

Do lado da Ferrari, Binotto garantiu que o motor de Austin era igual ao do México. Porém, vale a ressalva de que a FIA não checou especificamente o fluxo ferrarista. O que a diretiva técnica diz é que aquilo que a Red Bull perguntou se podia, não pode.

 

Não sei como está a situação aí no Brasil, mas a concentração de scooters (acho que ainda são conhecidos como patinetes aí, certo?) nas ruas de cidades grandes nos EUA é impressionante. Isso porque eles são um sistema de transporte por aqui, como aquelas bicicletas que você pode pegar na rua pagando muito pouco. A diferença é que anda-se de patinete na calçada, e não na rua ou em ciclovias, e isso gera alguns acidentes às vezes. Que o diga o membro da equipe da Sky Italia que acabou caindo do seu patinete e fazendo um corte na cabeça. Ficou de molho.

 

Mas o rei do patinete na Fórmula 1 foi justamente quem mais celebrou no final de semana. Lewis Hamilton foi do inferno ao céu em 24h, e tenho um exemplo numérico para dar. Sua entrevista no sábado no grupo que divido com Globo e mais dois canais de TV foi de menos de 2min. E no domingo, passou de 8. A comemoração, pelo jeito, foi com tequila, já que ele disse que tinha ganhado algumas no México e guardado para celebrar. Como já não tem mais 20 e poucos anos, como alguns de seus rivais, pode demorar alguns dias para se recuperar…

2 Comments

  1. Ferrar… decepcionante! Se for confirmado que quebrou a frente em bloco das equipes e assinou p/ pós 2022 vai ser uma grande oportunidade perdida de melhorias na categoria.

  2. Me surpreende a inocência do Toto Wolff em acreditar que a Ferrari estaria interessada em um “bem comum” e não nos seus próprios interesses.
    A Ferrari sempre exerceu e continuará exercendo um poder único na F1. Qual o motivo a levaria a abdicar disso? NADA!


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