Continuando o especial sobre Enzo Ferrari, feito em parceria com o Café com F1, depois da criação da equipe em 1947, eles entraram de cara nas competições. Primeiramente, com os carro sports, que deram a primeira vitória à equipe. Em 1949, o americano Luigi Chinetti e o inglês Lord Selsdon conquistaram as 24 Horas de Le Mans pilotando o modelo 166M da equipe.
Em 1950, a Ferrari começou também a disputar a Fórmula 1, que foi criada naquele ano. Apesar de não participar da primeira prova em Silverstone, a equipe italiana já estava no grid na segunda em Mônaco. Mas a vitória só apareceu no ano seguinte, em 1951 com Jose-Froilan Gonzalez, justamente no GP Britânico. Em 1952, Enzo Ferrari conquistou o primeiro título de piloto na categoria, com Alberto Ascari, que em 53 levou o bi.
Mas Enzo mantinha, com sucesso, o braço da equipe nas competições de turismo e na década de 50 conquistou sete títulos em nove temporadas do Campeonato Mundial de Carros Esportivos. Na Le Mans, o sucesso também continuava e em 1954 estrearam uma equipe de fábrica, conquistando o caneco. Venceram também em 58 e de 1960 a 1965.
E o Brasil teve presença nesta história inicial da empresa de Enzo Ferrari no automobilismo. Chico Landi foi para a Europa no fim da década de 40 para participar de algumas provas e acabou batendo a porta do comendador para pedir um carro para competir. Ele costumava lembrar que enxugou o suor da mão direita no bolso da calça antes de estendê-la a Enzo Ferrari. Enzo teria dito ao brasileiro: “Não costumo vender nem alugar minhas máquinas. Mas vou ceder uma a você, Chico, porque você é bravíssimo.”
Mas ele pilotou apenas 1 prova com a Ferrari, no GP da Itália de 1951. Diz a história que Enzo Ferrari, que já admirava o talento do brasileiro, ofereceu-lhe um contrato para correr pela equipe na categoria, mas Landi disse que só aceitaria se pudesse pintar o carro com as cores do Brasil. Enzo não aceitou, explicando que a cor vermelha da equipe era insubstituível, e o contrato não foi para frente. Curiosamente, Enzo acabou acertando com o argentino Juan Manuel Fangio.
Seria o primeiro dos grandes pilotos que passaram pela Ferrari desde então, mas isso é assunto para o próximo capítulo.
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Apesar dos negócios, era uma época de certa forma romântica, imagina não aceitar um contrato por causa da cor do carro, é surreal. Ascari merece lembrança, esse andava mt.