Uma pergunta que vira e mexe eu recebo é “qual curso eu deveria fazer para começar a trabalhar na área?”. Foram tantas vezes que eu até pensei em, eu mesma, criar um projeto deste tipo para ajudar essa nova geração que vejo chegando em peso especialmente de uns dois anos para cá no mundo da F1.
Enquanto me falta tempo para levar essa ideia adiante, o mínimo que posso fazer é dar espaço. Sei que muitos de vocês já estão produzindo seu próprio conteúdo em blogs e no YouTube e é uma grande notícia. Costumo dizer que a melhor coisa que fiz na faculdade de jornalismo foi começar a trabalhar logo no segundo ano. Os grandes aprendizados não vieram na teoria.
Então, pelo segundo ano (aqui os textos do ano passado), estou abrindo esse espaço para quem tiver algo legal e diferente para dizer. Não precisa ser jornalista e não há muitas regras em termos de formato. E aí vai a primeira lição: o texto ou o vídeo vai ser do tamanho do que você escolheu como tema. Tentar alongar só para chegar num número de palavras ou tentar colocar um tema que renderia uma enciclopédia em um texto só é o começo para um conteúdo desinteressante ou vazio.
Vocês notaram que falei em vídeo: sim, o formato é livre, podendo ser em vídeo também. É só me mandar um WeTransfer da vida e, se o vídeo for selecionado, vemos onde é melhor subir.
Houve algumas dúvidas também se só vale textos sobre F1. Não, necessariamente. Mas é legal que tenha algum tipo de relação, até por conta do público-alvo do blog.
A regra mais importante é que o material seja original, e gostaria que vocês se perguntassem “o que não é feito por aí e eu gostaria de ler/assistir”?
Vamos aos dados práticos: serão 12 textos/vídeos escolhidos e o prazo é até dia 26, ou seja, o próximo sábado. Os textos ou vídeos devem ser mandados para o juliannecerasolif1@gmail.com.
E mãos à obra!
2 Comments
Oí
Eu sou Giovanna e estudo jornalismo, estou no segundo ano da faculdade quarto semestre da FAAP. E amo muito automobilismo, e gostaria de dizer que achei a sua ideia sensacional
Parabéns e obrigada pela oportunidade
Boa tarde, Julianne.
Antes de mais, parabéns pelo seu trabalho — acompanho com admiração e acho suas reportagens exemplares.
Queria solicitar a sua análise sobre uma percepção que tenho a respeito da queda de rendimento do Oscar Piastri. Muito se tem explicado tecnicamente — dificuldades de adaptação aos pneus em determinadas circunstâncias, “graining”, etc. — mas há uma coincidência cronológica que me parece relevante do ponto de vista humano e de equipa.
Observações que gostaria que vocês avaliassem:
Piastri vinha conseguindo bons resultados mesmo nas condições apontadas como problemáticas.
Na sequência de uma ordem de equipa para “deixar Lando passar” (apresentada pela equipa como correção de um erro), houve no GP seguinte um toque entre Lando Norris e Piastri que fez o australiano perder posição. Piastri pediu à equipa a devolução da posição e teve o pedido recusado.
A partir daí, pareceu haver uma queda de rendimento que foi explicada pela equipe com argumentos técnicos sobre pneus. Usei o ChatGPT para confrontar as datas/posições finais das etapas e a coincidência temporal entre esses eventos ficou evidente.
A minha hipótese — e peço a opinião de profissionais que convivem com a F1 diariamente — é que um ambiente em que a equipa pareça privilegiar um piloto “local” (no caso, um inglês já consagrado) e recorra a ordens/tutelas pode afetar a motivação e a performance do outro piloto, mesmo quando tecnicamente ele parecia capaz. Gostaria muito de ouvir a sua leitura: até que ponto as ordens de equipa, as dinâmicas internas e a percepção de favorecimento podem explicar ou agravar a queda de rendimento do Piastri? Há precedentes e sinais de bastidores que corroboram essa hipótese?
Sou apenas um entusiasta e um observador atento — agradeço desde já qualquer análise que vocês possam partilhar.
Um abraço e continue brilhando.
Sergio Martins Vieira