F1 F1 on demand: O novo estilo das punições e a caça ao Hulk - Julianne Cerasoli Skip to content

F1 on demand: O novo estilo das punições e a caça ao Hulk

No F1 on Demand, os membros VIP do projeto do Catarse No Paddock da F1 com a Ju perguntam, eu vou lá buscar informações e trago as quentinhas para vocês. Vamos lá!

Cleber Humberto Balieiro: Sobre pilotos: Haas definida? Gasly e Kvyat serão mantidos?

Vira e mexe eu ouço a sobre a possibilidade da Haas trocar os dois pilotos, mas essa não é a postura do Guenther, que manter algum nível de estabilidade. A preocupação é grande na equipe que, depois de evoluir constantemente desde o início, se perdeu completamente nesta temporada – e sabe-se lá se vai se encontrar. Pelo que vi em Monza, Hulkenberg vai esperar para ver quem dá mais, já que há a possibilidade da Ferrari liberar a segunda vaga da Alfa Romeo. A Williams se interessou pelo alemão, mas digamos que não foi correspondida.

Na esfera Red Bull, nada garantido. Vi Pierre inclusive conversando com Fred Vasseur, da Alfa, que trabalhou com ele no passado. Na verdade, tanto para ele, quanto para Daniil, talvez o melhor fosse seguir o caminho de Sainz…

Pelo histórico das pistas creio que o período de “facilidade” da Ferrari acabou. Ferrari encara assim também?

Em teoria, sim, depende do desenvolvimento, claro. Talvez deem um pouco mais de trabalho na Rússia e em Abu Dhabi.

Felipe Hänsell O bom desempenho da McLaren em várias pistas somado ao desempenho dos motores Renault em Monza, expõe a deficiência aerodinâmica das Renault (equipe)?

Sim, a McLaren tem uma relação downforce x arrasto mais eficiente que a Renault, e também parece ser um carro mecanicamente superior. Mas nos resultados do time inglês tem muito da execução nas corridas, que pelo menos vinha sendo limpa até a troca de pneus que acabou com a corrida de Sainz em Monza. Acho que a diferença entre os carros não é tão grande quanto a diferença de pontos na tabela.

Nessa última corrida, Hamilton, Vettel, Leclerc e Verstappen (pilotos das três maiores equipes) cometeram erros e saíram da pista. Bottas errou o ponto de freada duas vezes na perseguição ao Leclerc nas últimas voltas. É justo criticar o finlandês mais do que os outros?

Algo que temos visto na comparação direta entre Hamilton e Bottas é como o inglês consegue se manter perto de um rival por muitas voltas sem perder tanto rendimento quanto o companheiro – na verdade, ele é melhor do que qualquer outro piloto nisso, mas a comparação mais justa é com quem tem o mesmo equipamento. Hamilton errou? Sim, mas com pneus sete voltas mais velhos e tendo ficado na cola de Leclerc o tempo todo. Bottas errou mais de uma vez tendo tido um stint mais limpo e com pneus mais novos. De qualquer maneira, ele está se medindo contra um dos melhores da história.

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Itamar Pereira Olá! Percebi que os comissários andam bem tolerantes com relação às manobras dos pilotos quando se defendem. Já presenciamos isso algumas vezes após o GP do Canadá. Nesse fim de semana, o Leclerc mexeu mais de uma vez na frente do Hamilton e o forçou para fora da pista, não deixando o espaço para um carro. Será que essa tolerância não vai abrir um precedente para disputas que coloquem em risco os pilotos? Hamilton já avisou que, quando vencer o campeonato, vai mudar sua conduta, tendo em vista que não é mais necessário deixar espaço de um carro. No máximo, toma uma advertência.

O que o Michael Masi está fazendo foi um pedido dos pilotos na França: punição só quando houver acidente. Não podemos esquecer que estamos falando dos melhores do mundo. Não é porque as regras de um milímetro para cá e outro para lá dão uma advertência da primeira vez que eles vão começar a encher a traseira um do outro. Acredito que, se Masi achar que estão exagerando, voltará atrás – ele me parece um cara aberto a isso. Falarei mais sobre essa questão da aplicação das regras no post do Por Dentro da F-1 de quinta.

Ana Luiza Kalil Houve alguma repercussão no paddock em relação ao fato da volta do Bottas na classificação ter sido considerada mesmo com bandeira vermelha? Como você mesma comentou no post das estratégias no blog, abriu um precedente perigoso. E único comentário que vi nas redes sociais a respeito é que a volta foi considerada pq a Mercedes ainda não tinha avisado o Bottas sobre a bandeira vermelha, sendo que ela já aparecia nas telas e nas mãos dos fiscais…

Sim, inclusive o Norris twittou algo como “ah tá, então agora quando virmos a bandeira vermelha sabemos que podemos acelerar até a equipe avisar”, com um tom irônico. Considero isso muito mais grave do que a tal questão da advertência. Até porque não faz muito tempo que tivemos a morte de um piloto que não tirou o pé em bandeiras amarelas duplas (mesmo que uma série de fatores tenha feito com que o desfecho do acidente do Bianchi tenha sido aquele). É por isso que temos VSC, por exemplo: para neutralizar a corrida rapidamente. E os pilotos recebem alerta no volante e veem as bandeiras e painéis na pista. Acredito que todos no paddock acreditavam que o informe via rádio era só para garantir, não era o principal. Até porque é importante para a segurança que a corrida seja neutralizada ao mesmo tempo para todos. Sei que é uma questão de segundos, mas não faz sentido algum, e foi algo que só não gerou um barulho maior no paddock por toda a confusão da classificação em si.

2 Comments

  1. Oi Juliane!
    Estava vendo seu vídeo no YouTube que fala sobre aquela alfinetada no Hulkenberg, que bela alfinetada hein!
    Também é falado sobre a punição ao Vettel no GP do Canadá, quando ele terminou em primeiro, mas chegou em segundo e fiquei pensando numa coisa:
    O quanto você acha que esse episódio afetou o Vettel? Uma vitória naquele momento teria feito muito bem ao psicológico do alemão e o colocado à frente do Leclerc na liderança da equipe.
    Qual sua opinião sobre isso?
    Grande abraço a todos do blog!

    • Ele não engoliu aquilo – em Spa mesmo retomou o assunto meio que do nada em uma entrevista. Mas o problema dele tem sido mais técnico mesmo. Ele não está confortável com o carro, com esses pneus, e não está conseguindo encontrar uma forma de driblar isso. E quando um piloto não está confortável e tem de forçar o ritmo, os erros aparecem.


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