F1 F1 on demand: Que Ferrari é essa? - Julianne Cerasoli Skip to content

F1 on demand: Que Ferrari é essa?

No F1 on demand, é você quem traz os temas, lembrando que esse é um dos mimos que só quem está no projeto do Catarse tem. Ainda não sabe como funciona? Acesse lá no www.catarse.me/nopaddock

Tive muitas perguntas dos apoiadores VIP do projeto do Catarse depois dos GPs de Singapura e Rússia – e Cleber, estou esperando uma ajuda lá da Holanda para responder a sua! E muita curiosidade em relação à Ferrari. Vamos às respostas?

 

Henrique Gianetti Esse avanço da Ferrari na reta final do campeonato me fez ficar curioso com a questão do foco das equipes no carro do ano e no carro do ano seguinte. A gente sabe que a Mercedes já colocou grande esforço no carro do ano que vem e aparentemente a Ferrari ainda segue com foco no carro deste ano, tanto que evoluiu muito no pós-férias. No entanto, parece um foco em vão em termos de campeonato já que não há mais chance nenhuma pra Ferrari este ano e pelo menos na teoria a Ferrari perde a chance de focar no próximo carro que poderia ser para ganhar o campeonato.

 

Como o regulamento permanece estável para o ano que vem, a Ferrari precisava concentrar forças em mudar a filosofia especialmente da parte dianteira – algo que também mexe com todo o assoalho, pois tudo precisa funcionar em conjunto – para ter qualquer chance em 2020. Então foi por isso que eles fizeram todo o esforço de compreender onde erraram agora. Em outras palavras, ao desenvolver esse carro, a Ferrari também está “focando” no ano que vem. Mas o último upgrade foi o de Singapura. A partir de agora só entra no carro o que poderá ficar em 2020.

É o caso de outras equipes também, como a Racing Point. Era importante para eles usar a temporada de 2019 para entender qual caminho seguir em 2020. Em menor medida, a Red Bull também entra nessa: eles ainda buscam saídas para o desequilíbrio do carro, que “teima” em ter a dianteira muito mais presa que a traseira dependendo do tipo de pista.

Já o caso da Mercedes é diferente. Eles acertaram logo de cara, e agora a tendência é darem passos mais lentos. Por outro lado, eles podem se dar ao luxo de pensar mais à frente, de criar algo para o ano que vem que vai fazer os outros quererem copiá-los. Mais uma vez.

 

Felipe Conte: Ju, quais são os boatos do paddock sobre o carro da Ferrari ter dado uma salto tão grande?

São duas áreas diferentes: há mais de um ano, a Ferrari tem o melhor motor da F-1, algo que não se vê tanto em velocidade máxima mas, sim, na aceleração e em quanto tempo eles conseguem estar perto do máximo. Isso faz com que eles ganhem até 1s da Mercedes em retas mais longas, uma eternidade. Fala-se que um sistema inteligente de arrefecimento melhora o fluxo de combustível, mas a verdade é que ninguém sabe.

O que é sabido é que a vantagem é mais da Ferrari em si e menos de seus clientes, o que indica um carro que gera menos arrasto. Do lado aerodinâmico, o time teve de mudar o conceito do bico e, consequentemente, do assoalho, para controlar a dianteira com a qual os pilotos sofriam desde o início do ano. Foi um longo caminho para conseguir isso sem acabar com o comportamento da parte traseira, mas juntando tudo o que eles mudaram no carro desde junho – com direito a uma copiada na Mercedes – eles finalmente conseguiram com o upgrade de Singapura. E o mais interessante é que a Rússia demonstrou que eles conseguiram isso sem adicionar tanto arrasto no carro, algo que a Mercedes não consegue.

 

Kezo Manabe e Ana Luiza Kalil querem saber do mercado: Hulk está fora? Teremos estreantes ano que vem? E para os brasileiros, sobra algum tipo de vaga? 

O mercado parece estar mais inclinado à estabilidade após as novidades anunciadas em Spa. Helmut Marko já falou que os quatro pilotos ficam, e adiantou que Kvyat permanece na Toro Rosso. Isso coloca Gasly e Albon na briga direta pela vaga da Red Bull, algo que será decidido após o GP do México, segundo o austríaco me disse no grid em Singapura.

Giovinazzi vem numa crescente. Está sendo consistentemente mais rápido que Raikkonen e há evolução em seu maior problema, que eram as corridas. Ele disse que sentiu ficar sem correr e voltar de cara encarando o grid da F-1, mas o que era um discurso tímido de corridas atrás virou um “se eu continuar assim, ninguém tira meu lugar”. 

E Hulk? Cada vez mais fala-se que ele sobra. Sua opção seria a Williams, mas ele deu a entender que não quer. E, se Nicholas Latifi confirmar sua superlicença, o time inglês tem milhões de motivos para promover a estreia do canadense.

Sobre os brasileiros, a melhor chance de Pietro Fittipaldi é seguir na Haas, ainda que o time negocie com Kubica para a vaga de piloto de testes. E para Sette Camara seria importante conseguir a superlicença neste ano para poder mostrar serviço também nessa vaga, uma vez que a McLaren segue confiante (e essa é a pergunta do Kleber Jorge) de que o contrato com a Petrobras é forte o bastante para que, mesmo que o governo brasileiro queira o rompimento, a conta fique mais cara do que continuar. Existe muita tranquilidade por parte da equipe de que o acordo é blindado.

 

Valdinar Gouveia: Algum piloto se manifesta para que o GP do Brasil fique em Interlagos pela sua importância e tradição no mundo do automobilismo mundial e nacional? Pois é um templo e deveria ser tombado. As autoridades aqui no Brasil já deveriam ter feito isso há muito tempo.

Não é algo que tem de vir dos pilotos, é São Paulo que tem de fazer uma proposta robusta para a Liberty Media. Basta ver o que aconteceu com a Alemanha. É caro para todos ir ao Brasil e, mesmo que não fosse, é inviável para um campeonato do tamanho da F-1 e que mexe tanto com a economia até mesmo de uma cidade como São Paulo ficar fazendo concessões. Mas sei que a prefeitura está se mexendo para manter a prova. Espero poder trazer novidades em breve.

3 Comments

  1. Kkkkk .. vamos ver ano q vem !!

  2. Olá Julianne!
    Uma pergunta um pouco fora do post:
    Haverá evento no GP desse ano com vossa presença?
    Grande abraço!


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