Pontos | 70 (6º) |
Abandonos | 2 (1 acidente e 1 falha mecânica) |
Posição média de largada | 6 |
Posição média de chegada | 6,2 |
Média de classificação em relação a companheiro | +0.347 |
Voltas à frente do companheiro em corrida | 117 (19,3%) |
Porcentagem de pontos da equipe | 33% |
No papel, a temporada de 2011 até aqui é ainda pior que o já decepcionante ano de 2010 para Felipe Massa. Desde que chegou à Ferrari, o brasileiro não passava por uma seca tão grande de pódios – já são 12 provas em sequência sem chegar sequer entre os quatro primeiros – nunca foi superado de maneira tão contundente no que costumava ser seu ponto forte, as classificações, e chega à 12ª etapa do ano com 70 pontos. Nesta mesma fase, ano passado, tinha 79, com dois pódios (descontando a etapa do Bahrein, que não foi realizada neste ano).
No entanto, a noção geral é de que temos visto um Felipe mais combativo, andando de igual para igual com a turma da frente com mais frequência – China e Turquia foram exemplos disso – e se provando um osso duro em ultrapassagens – Button e Vettel que o digam. Porém, se não é aquele piloto que levou muita gente a acreditar que fazia ‘corpo mole’ em 2010, claramente ainda não é o mesmo que andou de igual para igual com Kimi Raikkonen entre 2007 e 2009.
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O que tem prejudicado muito Felipe são os constantes erros, que às vezes podem parecer pequenos, mas que se tornam uma bola de neve em um mundo tão detalhista quanto o da F-1. Nos treinos livres, por várias vezes perde sua melhor volta rápida do pneu macio, comete um erro aqui e ali, que vai resultar em uma classificação longe da perfeita. Nas corridas, não tem conseguido capitalizar em seu ponto forte no ano, as largadas, ao se posicionar mal nas primeiras curvas; parece ir desaparecendo à medida que a corrida toma forma e, é claro, sofreu com alguns pit stops lentos, que acabaram levando a culpa, mas são parte de um todo que não está bem.
E tem os pneus. Nas avaliações de estratégias que fizemos até aqui, sempre ficou latente a preocupação da Ferrari em minimizar o tempo de Massa com o composto mais duro. No entanto, isso faz com que ele fique lento por voltas demais na pista com o pneu macio já desgastado. Assim, sua dificuldade com os compostos o prejudica três vezes: não consegue tirar o máximo do carro em classificação, não pode colocar o duro na corrida porque é lento demais com ele e demora para trocar o mole porque é lento demais com o duro.
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Isso leva a um dado revelador: observando os dados de ultrapassagens, uma das brigas que mais se repete é entre Massa e Rosberg. O brasileiro superou o alemão por oito vezes nas onze provas até agora, enquanto o inverso aconteceu outras três. E o lugar da Ferrari não é lutando com a Mercedes.
1 Comment
Olá Julianne,
Seus comentários como sempre coerentes e elucidativos, pena que estamos falando de nosso conterrâneo Felipe Massa. Nada podemos acrescentar sobre seu “desempenho” uma vez que ele é regido pelas estratégias da equipe, Massa apenas segue à risca o script, o que vier acima disso é lucro, criar expectativas em cima do piloto brasileiro é perda de tempo.
Abs