F1 Fernando Alonso está de volta - Julianne Cerasoli Skip to content

Fernando Alonso está de volta

Do lado da Fórmula 1, não poderia fazer mais sentido: tudo bem que nomes como Max Verstappen e Charles Leclerc têm gerado muito interesse no esporte, mas não o suficiente para a Liberty correr o risco de ter só um campeão no grid, caso Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel se forem ao final (ou, quem sabe, um deles nem chega ao final) desta temporada, ainda que a Racing Point comece a chamar de “interessante” a possibilidade de contar com o tetracampeão.

Do lado da Renault, não há muito para onde correr. O programa de jovens não tem exatamente um Leclerc ou um Russell para promover – tanto, que Abiteboul teve que bater na porta de Toto Wolff para emprestar Ocon para esta temporada. O programa tem Zhou e todo o mercado chinês por trás, o que poderia ser uma opção interessante, mas neste momento não se sabe nem se ele conseguirá a superlicença neste ano.

Não parece que Vettel esteve nos planos (ou se a Renault esteve nos planos de Vettel) e os franceses precisavam de um nome forte depois de perderem Ricciardo. A empresa tem despejado milhões de dólares na equipe de F1 e tem uma chance importante de crescer com o conjunto de mudanças dos próximos anos.

Primeiro, o teto de gastos, que vai ficar bem próximo do que a Renault gasta em sua operação atual (lembrando que salários de pilotos e os outros 3 maiores, além dos gastos com marketing, ficam de fora da conta dos 145 milhões de dólares para 2021). Segundo, a oportunidade de projetar um carro novo dentro deste limite. E terceiro, de usar mais o túnel de vento que as equipes que têm, no momento, um equipamento superior.  Olhando mais a médio prazo, espera-se um novo regulamento de motores em 2026.

O que é mais difícil de ver é como Fernando Alonso pode se beneficiar de tudo isso. Ele vai voltar aos 39 anos. Tirando os primórdios da F1, quando os pilotos eram geralmente mais velhos, só Nigel Mansell, no GP da Austrália de 1994, conseguiu ganhar uma corrida aos 40. E basicamente não coube no cockpit da McLaren no ano seguinte.

Não que o físico de Alonso esteja em questão. Ele inclusive está bem mais magro do que quando deixou a F1 no final de 2018. E, nesse meio tempo, a única mancha é ter ficado de fora das 500 Milhas ano passado (e, vamos combinar, o conjunto não ajudava). O que não deixa de ser curioso: ele andou em tudo o que era possível em alto nível (ok, não tudo, faltou a MotoGP), conseguiu manter seus salários milionários, bem acima de 30 milhões de dólares anuais, e não perdeu a vontade de pilotar um F1.

Mas qual Fernando volta pela segunda vez à Renault? Aquele que, por duas vezes, defendeu a equipe enquanto estava de olho em uma vaga melhor? Aquele que deixou para trás um climão em 2006 por lá, depois colocou fogo no parquinho na McLaren, e saiu também chamuscado da Ferrari para pagar pelos pecados na McLaren novamente? Aquele que é responsável por todas as glórias e não faz o que pode quando as coisas dão errado (por culpa do time, claro). Ou aquele piloto extremamente respeitado pelos engenheiros, com uma visão de corrida absolutamente espetacular, um ritmo avassalador? A carreira de Alonso mostra que não é possível separar um do outro.

7 Comments

  1. Alonso é um piloto espetacular, um dos melhores que vi pilotar, o considero melhor do que Hamilton. Não imagino Alonso perdendo título pra Nico Rosberg, nem perdendo corrida besta pra Bottas como a de domingo passado. Ele é arrasador. O arraso que ele impôs em Massa e Raikkonen era algo que eu não esperava, acho que ninguém esperava. Fisicamente, acgo que ele dá pau em qualquer um desses novatos, quem segue ele no instagram, sabe que ele é altíssimo nivel, não tem nada a ver com a geração de velhotes dos anos 80. Pode não ganhar titulo na renault, mas com certeza vai se divertir e fazer a alegria do fã de F1 que gosta de assistir um gênio correndo.

    • Excelente comentário.

      • Você só esqueceu de mencionar que em 2007 ele ficou atrás do então novato Lewis Hamilton no campeonato.

    • Você só esqueceu de mencionar que em 2007 ele ficou atrás do então novato Lewis Hamilton no campeonato.

  2. Seria espetacular se a Renault disponibilizasse um carro à altura de Alonso que permitisse lutar na frente. Mas o histórico da Renault desde 2007 como equipe não é nada bom. Sempre grandes decepções… mas pode ser no mínimo divertido ter o rabugento de novo nas suas impagáveis conversas pelo rádio.

  3. Só falta as 500 milhas para a tríplice coroa. Mesmo ganhando menos poderia fazer um ano na Indy, ou somente ovais… Este tem que ser o objetivo e ele já tem a Arrow McLaren SP na mão.

  4. Eu sou da opinião que o regresso do Alonso não vai ser benéfico nem para ele nem para a Renault, mas, espero que no final da temporada de 2021 eu esteja enganado.
    O Alonso é um grande piloto e é de saudar ter mais um campeão mundial na f1.
    Espero que tudo lhe corra bem, que faça a Renault crescer e que consiga lutar pelos primeiros lugares.

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/


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